domingo, 25 de abril de 2010

PT pernambucano acusa PSB de ataque aos trabalhadores da Educação

A nova crise do PT

O que deveria ser um encontro para referendar o nome de Humberto ao Senado, acabou virando um confronto partidário

O encontro estadual do PT, encerrado ontem, deveria ser uma aclamação da pré-candidatura de Humberto Costa ao Senado e a confirmação da política de alianças do partido. Deveria. Mas transformou-se em mais um episódio de divergência interna entre os petistas. Dessa vez, com um ingrediente a mais: a interferência do Palácio do Campo das Princesas nos assuntos internos do PT. Os 250 delegados presentes ao evento deveriam cumprir a formalidade de aprovar o apoio à eleição da ex-ministra Dilma Rousseff à Presidência da República (PT) e à chapa de reeleição do governador Eduardo Campos (PSB). Mas um "detalhe" gerou uma confusão que pode alimentar ainda mais o racha do partido, poucos dias após o trauma da escolha entre Humberto e João Paulo para concorrer ao Senado.


Depois de muita confusão, Perez discursou defendendo a necessidade de superar o "desencontro" e de todos trabalharem para reunificar o PT no estado Foto: Sérgio Figueirêdo/Divulgação
Os delegados aprovaram por unanimidade a tática eleitoral do PT, mas fizeram questão de registrar no relatório do encontro uma moção contra a gestão estadual. O texto condenava "o brutal ataque do governo Eduardo Campos contra os trabalhadores da Educação, que desmonta o Plano de Cargo e Carreira da categoria e provoca redução nominal dos salários". O documento desagradou o governador Eduardo Campos e deixou as lideranças petistas temerosas de que pudesse haver prejuízo para a aliança entre o partido e o PSB. Então, começou uma operação para alterar a redação final do relatório. "É uma questão de coerência. Se o PT é governo e quer fazer parte da coligação, não pode trazer a temática sindical para essa discussão", justificou Humberto.

No início da tarde, as lideranças do PT e os representantes das diversas tendências da legenda, além de dirigentes sindicais, reuniram-se a portas fechadas para decidir a estratégia a ser adotada. Três horas depois, deixaram a sala com uma solução. Apresentaram um recurso, a ser votado no plenário, para a retirada da moção. E assim foi feito. Mas boa parte dos delegados deixou o auditório aos gritos de "tapetão", "fraude". "O governo não gostou da moção e se articulou nacionalmente para a retirada dela do relatório final. Isso foi dito pelo próprio Humberto e por Jorge Perez (presidente estadual do PT)", afirmou Gilson Menezes, membro da executiva estadual. A informação foi negada por Humberto, por Perez e pelo líder da bancada do governo na Assembleia Legislativa, Isaltino Nascimento.

Aprovado o recurso, teve início o encerramento do encontro. Esperava-se que fosse um ato político em prol de Humberto, inclusive com a participação de Eduardo e de outras lideranças da base governista, cancelado diante do impasse de última hora. Os líderes petistas (Humberto, João Paulo, o prefeito do Recife, João da Costa, deputado federal Fernando Ferro e deputados estaduais) foram convidados para compor a mesa e discursar. João Paulo, Isaltino e Sérgio Leite se recusaram a falar. Humberto, João da Costa, Teresa Leitão, Isabel Cristina e Perez falaram sobre a necessidade de superar o "desencontro"e unificar o partido para a campanha e para a defesa do projeto estratégico que pretende para o estado.

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/



2 comentários:

  1. Aqui também está em pé de guerra, o divorcio do PTralha com o PMDBesta está dando pano pra manga.
    Tudo pela briga do poder.
    Abraço

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  2. Contra fatos não há argumentos. Esse tipo de procedimento de arrogância, petulância, soberba, onde atropelam a tudo e a todos, inclusive nas próprias hostes internas, as tendências, é absolutamente comum dentro desse partido.

    De onde afirmo isso? Eu convivi por muito tempo, enquanto membro do diretório municipal petista, não faltava a uma reunião sequer, participei de seminários, congressos e presenciei esse tipo de atitudes.

    Um exemplo para meditar a respeito:
    Há vários nomes que não foram envolvidos nos escândalos noticiados.

    Mercadante, Suplicy, Tarso Genro, Paulo Paim e tantos outros, seriam nomes com a "ficha limpa", conhecidíssimos em todo o Brasil e, no entanto, o Sr. Da Silva "empurra goela abaixo" do próprio partido, a SUA opção pela D. Dilma.

    Isso é patrolar, é ser arrogante, é desrespeitar a história de cada um de seus companheiros.

    Qualquer um dos nomes citados teria um currículo exemplar, teria um passado imaculado, sendo comparado às referências da candidata de Lula.

    Qual é a lógica disso tudo?

    Parece-me ser algo macabro. Parece-me que o Sr. Da Silva não passa de uma marionete, de um fantoche nas mãos de algo obscuro, poderoso e perigoso ao futuro do Brasil.

    Talvez por isso, recebemos as notícias de seus devaneios etílicos habituais.

    Ele tem carisma, isso é indiscutível. Mesmo não gostando de ler, não tendo estudos, criticando aos que pensam de forma contrária, ele é esperto o suficiente para saber que não passa de um joguete, de um títere que será descartado assim que não servir mais aos objetivos sorrateiros que estão sendo consumados.

    Como as bebedeiras não são paliativo suficiente para apagar da consciência a culpa pela traição ao povo, que sempre confiou nele, sua eventual reação a esse "status quo" é arrefecida com quantias fabulosas de nossos recursos (talvez até externos), que vão sendo aglutinados para si e para os que o cercam.

    Por derradeiro, havendo qualquer tentativa futura de responsabilização por tais atos, todos sabem que ele e a família já têm a cidadania italiana.

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Homenagem a Luiz Gonzaga