Nos jornais: crimes de parlamentares terão força-tarefa no STF
Crimes de senador e deputado terão força-tarefa no STF
Uma força-tarefa contra os crimes cometidos por deputados, senadores e ministros está sendo montada no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma mudança no regimento, proposta pelos ministros Gilmar Mendes e Cezar Peluso, atual e próximo presidente do órgão, permitirá que uma unidade da Polícia Federal fique à disposição do tribunal para tornar mais ágeis as diligências necessárias para julgar os processos contra políticos. A alteração do regimento pode ser aprovada antes que Gilmar Mendes deixe o Supremo, no dia 23. A próxima sessão administrativa do STF deverá ocorrer na semana que vem. O objetivo da mudança regimental é regulamentar a tramitação dos inquéritos no STF para torná-los mais rápidos. Atualmente, não existe uma norma interna específica que trate desse assunto e, na opinião de ministros do Supremo, é necessário a aprovação para deixar claros prazos e procedimentos.
Presidente fará homenagem a Mendes e Peluso
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai oferecer um jantar, no próximo dia 28, no Palácio da Alvorada, em homenagem ao atual presidente do Supremo Tribunal Federal , Gilmar Mendes, e ao seu sucessor no tribunal, o ministro Cezar Peluso. A troca de comando no STF está marcada para o próximo dia 23. Foram convidados todos os ministros do STF, os presidentes, vice-presidentes e corregedores dos tribunais superiores - Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Superior Tribunal Militar (STM).
Os ministros que estão de alguma forma ligados à área jurídica do governo também foram convidados.
Caso Cunha Lima reforça imagem de impunidade
O ex-deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB) confessou ter atirado no adversário político Tarcísio Buriti em dezembro de 1993. Foi denunciado pelo Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal (STF) e passou a responder a uma ação penal. No final de 2007, depois de 14 anos tramitando no STF, Lima renuncia uma semana antes de ser julgado. A ação penal e tudo o que foi feito nesses anos, foi encaminhado para a primeira instância da Justiça. E o caso deve prescrever. Como este, há outros casos que levaram o Supremo a ser apontado como o principal responsável pela impunidade de políticos. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), foi denunciado por crime contra o sistema financeiro. Como sócio da empresa Frangonorte até 1996, ele teria dado sete fazendas inexistentes como garantia para um empréstimo do Banco da Amazônia. O caso chegou ao STF em 2005. Em 2008, foi arquivado. Já estava prescrito.
Planalto defende apuração de dossiê contra tucano
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, defendeu ontem o processo de investigação do dossiê sobre supostas contas do senador tucano Marconi Perillo (GO) no exterior. "O governo, as instituições, tem mecanismos próprios para acompanhar qualquer denúncia", disse. Em entrevista após encontro com líderes aliados, Padilha avaliou que a análise dos documentos que mostram uma possível movimentação bancária em paraísos fiscais de um dos mais ferrenhos adversários do governo teve tramitação correta e normal. Reportagem publicada ontem pelo Estado informou que o líder do PR na Câmara, deputado Sandro Mabel (GO), havia falado com o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, sobre as supostas contas do tucano em paraísos fiscais.
Dilma tem problema para montar palanque em 15 Estados; Serra, em 3
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, está com problemas na montagem de palanques em 15 Estados, que abrigam 63% do eleitorado. E alguns são muito sérios, como Bahia, Maranhão e Pará. O número de Estados é exatamente o mesmo em que seu principal rival, o tucano José Serra, já tem palanques prontos. Os percalços no caminho das coligações que vão apoiar Dilma são maiores e a explicação é simples, de acordo com políticos ligados às duas campanhas: o arco de partidos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta cooptar para a ex-ministra é superior a dez, muito maior do que os três que apoiam Serra - PSDB, DEM e PPS. E, como dificuldade adicional, PT e PMDB, hoje unidos pela cúpula, são partidos que possuem um histórico de trombada em vários Estados.
No Ceará, petista declara apoio a Cid Gomes, irmão de Ciro
A petista Dilma Rousseff fez questão de ir ontem à residência oficial do governador do Ceará, Cid Gomes e declarar apoio à sua reeleição. Cid é irmão do deputado Ciro Gomes (PSB), que quer entrar na disputa presidencial, apesar de o presidente Lula anunciar o desejo de dar às eleições de outubro caráter plebiscitário entre Dilma e o tucano José Serra. Em diversas situações na agenda que cumpriu no Ceará, Dilma disse que Ciro tem todas as credenciais para disputar o quiser e ela não seria empecilho. "Não me incluo entre pessoas que de alguma forma tenham pressionado ele. Acho que a decisão é estrita dele. E vou repetir: ele tem todas as condições para pleitear seja o que seja no País. Ele tem legitimidade para isso", afirmou em entrevista à Rádio Verdes Mares.
Marina busca 'multiplicar' imagem em mídias regionais
Em busca de difundir suas propostas em mídias regionais e se tornar mais conhecida do eleitorado, a senadora e pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, terá pela frente farta agenda de pré-campanha para "multiplicar" sua imagem no interior paulista, em Mato Grosso do Sul e nas regiões Sul e Nordeste. Até o fim desta semana, Marina passa por Sorocaba, Araçatuba, Três Lagoas (MS) e Presidente Prudente. Entre palestras e almoços com empresários, ela deverá atender aos meios de comunicação locais, especialmente emissoras de rádio e TV.
PSDB troca comício por mídia regional
Ideia de tucanos é evitar shows e longos discursos de políticos locais e apostar nas entrevistas de Serra para rádios e televisões
O PSDB começa a esboçar o perfil da campanha do pré-candidato do partido à Presidência, José Serra, com novo formato que contemple menos comícios e mais inserções na mídia regional. A ideia é evitar shows e longos discursos de políticos locais e apostar nas entrevistas para rádios e televisões e palestras em sindicatos e associações. Na avaliação de tucanos e aliados, esse tipo de campanha é mais compatível com o perfil de Serra e tem eficácia maior, principalmente se o candidato tratar de temas e problemas locais. "Vamos dar desdobramento regional aos temas", afirmou o senador Sérgio Guerra, que será coordenador da campanha e é atual presidente nacional do PSDB.
Tucanos fecham chapa e lançam Alckmin no dia 29
Num movimento para aproximar os alckmistas e os serristas e evitar uma divisão interna em plena campanha, o PSDB escalou o ex-secretário de Gestão Pública de São Paulo Sidney Beraldo para ser o suplente na chapa de Aloysio Nunes Ferreira para o Senado. Beraldo, que retomou à Assembleia depois da desincompatibilização, também vai coordenar a campanha de Geraldo Alckmin ao governo paulista, com lançamento oficial previsto para o próximo dia 29, no Shopping Center Norte ou no Anhembi. Aloysio ocupava a Casa Civil no governo paulista e disputava com Alckmin o direito de concorrer à sucessão de José Serra. O agora pré-candidato ao Senado desistiu após avaliar que a tentativa de receber a indicação poderia levar a um racha. Por esse motivo a escolha de Beraldo, muito ligado a Alckmin, como suplente de Aloysio, homem de confiança de Serra, é tão representativa.
Pesquisa mostra empate entre Serra e Dilma
Pesquisa divulgada ontem pelo instituto Sensus aponta empate técnico na corrida presidencial entre o tucano José Serra (33%) e a petista Dilma Rousseff (32%). Em relação ao levantamento anterior do mesmo instituto, feito no final de janeiro, Dilma subiu quatro pontos porcentuais, e Serra permaneceu estável. O melhor desempenho da pré-candidata do PT é registrado no Nordeste, onde ela tem 44% das intenções de voto e uma vantagem de 19 pontos sobre o principal adversário. Pela primeira vez, Dilma aparece como líder também na região Sul (40% a 33%), onde subiu 14 pontos em pouco mais de dois meses.
Nome de contratante foi alterado no TSE
A pesquisa Sensus foi divulgada pela Força Sindical, entidade que apoia a candidatura de Dilma Rousseff (PT), em meio a uma controvérsia sobre quem a encomendou. Na semana passada, o site do Tribunal Superior Eleitoral indicava que o levantamento, de R$ 110 mil, seria pago pelo Sindicato dos Empregados nas Empresas Concessionárias de Rodovias (Sindicrep). Mas a entidade negou ter conhecimento do caso.
Segundo o Sensus, houve um erro no registro da pesquisa no TSE, já corrigido, e o verdadeiro contratante seria o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sintrapav).
Família de missionária nos EUA comemora condenação de Bida
A família da missionária Dorothy Stang comemorou nos Estados Unidos a condenação, na segunda-feira, do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser um dos mandantes de seu assassinato. Ele deve cumprir em regime fechado a pena de 30 anos arbitrada por um júri popular composto por seis mulheres e um homem. "Nossa família sabia que aqueles que mataram nossa irmã seriam condenados, porque a polícia realizou um bom trabalho e o Ministério Público reuniu as provas suficientes", resumiu David Stang, irmão da missionária, ao Estado.
O Globo
Estado vai construir 10 mil casas para remover favelas
O vice-governador Luiz Fernando Pezão informou ontem que o governo pretende construir pelo menos dez mil moradias para famílias desabrigadas pelas chuvas e que vivem em áreas de risco iminente nos municípios fluminenses. Ontem, Pezão esteve no Alemão para remover as primeiras 150 famílias, de um total de cerca de 1.200 que estão em áreas de risco no complexo. O respaldo legal para as ações do estado está no decreto assinado ontem pelo governador Sergio Cabral Filho, que institui um plano de remoções batizado de Programa Morar Seguro. Pelo decreto, o governo vai retirar pessoas de áreas de risco, colocandoas em abrigos ou pagando aluguel social de R$ 500, enquanto não forem construídas moradias para o seu reassentamento.
Briga política por cargos de agências
Em meio às disputas e negociações para a montagem dos palanques eleitorais nos estados, os partidos da base aliada têm outra agenda urgente com o governo: tratar da ocupação imediata de seis cargos de diretorias das agências reguladoras que já estão vagos. Outros dez deverão ser desocupados até o fim do ano, e também já estão na mira. É grande a corrida de aliados do governo para indicar apadrinhados — ainda que sejam técnicos especializados nas respectivas áreas — para os colegiados que regulamentam atividades de setores que movimentam bilhões no país. A demanda será levada ainda esta semana ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Hélio Costa: 'Estão tentando brincar de Tiradentes com o meu pescoço'
O PT está enfrentando dificuldades com o principal aliado, o PMDB, em pelo menos dez estados — entre eles Minas Gerais, Rio, Pará, Bahia, Santa Catarina, Maranhão e Paraíba —, criando mais dificuldades para a aliança nacional em favor da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Em Minas, o clima voltou a ficar ruim. Após se irritar com a fala de Dilma em que ela não descartou uma associação informal com o candidato do PSDB ao governo mineiro, Antonio Anastasia, o senador Hélio Costa (PMDBMG) expôs ontem sua surpresa e insatisfação com a decisão do PT mineiro de realizar prévias para a escolha de seu candidato na disputa estadual. Estão na briga pela vaga o ex-prefeito Fernando Pimentel e o ex-ministro Patrus Ananias.
— Estávamos trabalhando pelo entendimento em Minas. Mas, a cinco meses da eleição, quando achávamos que estávamos caminhando para esse entendimento, o PT anuncia que vai realizar prévias.
Especialistas analisam tropeços de Dilma
Inexperiência eleitoral, falta de traquejo político e escolhas erradas de agenda. Assim especialistas em ciência política e marketing eleitoral analisam as causas dos tropeços da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) nas últimas semanas, quando ela irritou aliados no Rio, em Minas Gerais e no Ceará. Ela também causou polêmica ao dizer que não foge da luta — o que foi interpretado como uma crítica ao exílio do seu adversário tucano, José Serra, na ditadura, o que a petista nega.
— É uma candidata inexperiente, nunca disputou. É natural que cometa erros de “falta de rodagem”. As visitas são um erro do staff de campanha. Se deixou de conversar com aliados, feriu sensibilidades, foi mais falha da equipe. É possível que as pessoas a seu redor estejam mal acostumadas, porque Lula era um candidato muito experiente, capaz até de unir adversários.
Existe uma ansiedade em fazer a candidata ser conhecida, percorrer o país. Mas quem tem pressa come cru — diz Cláudio Couto, professor da Fundação Getulio Vargas em São Paulo.
Saiba mais: congressoemfoco.com.br
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