Nos jornais: Filho de Sarney fraudou operação, diz PF
Folha de S.Paulo
Filho de Sarney fraudou operação, diz PF
O empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), lavou e repatriou US$ 1 milhão enviado ilegalmente para fora do país, diz a Polícia Federal.
Ele usou um esquema fraudulento de comércio exterior para trazer o dinheiro de volta ao Brasil -a conclusão consta de um dos inquéritos da Polícia Federal oriundos da Operação Faktor (ex-Boi Barrica).
Ele usou um esquema fraudulento de comércio exterior para trazer o dinheiro de volta ao Brasil -a conclusão consta de um dos inquéritos da Polícia Federal oriundos da Operação Faktor (ex-Boi Barrica).
A Folha revelou no final de março que a PF suspeitava desse tipo de transação envolvendo Fernando. Agora os policiais afirmam, no relatório final da investigação, ter comprovado que a operação foi feita.
De acordo com a PF, o filho do presidente do Senado usou recursos de uma conta nas Bahamas, não declarada à Receita Federal, para quitar uma dívida de um grupo empresarial do Piauí com um exportador chinês. Em troca, Fernando recebeu no Brasil o equivalente ao dinheiro depositado lá fora.
O mecanismo é chamado de dólar-cabo, instrumento financeiro operado por doleiros ao qual brasileiros que têm contas ilegais no exterior recorrem quando precisam dos recursos em reais aqui no país.
Por conta desse artifício, Fernando Sarney foi indiciado, na semana retrasada, sob acusação de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. No mesmo inquérito foi indiciado, sob acusação de crime contra a ordem tributária, um empresário piauiense que também teria feito parte do esquema, segundo a PF. Fernando Sarney nega ter cometido irregularidades.
Empresário tem negado que haja irregularidades
A reportagem não conseguiu ontem contato nem com os advogados de defesa nem com o empresário Fernando Sarney.
Nos últimos meses, Fernando tem negado irregularidades e se recusado a comentar as acusações da Polícia Federal alegando que os inquéritos que envolvem o seu nome correm em segredo de Justiça.
Segundo o empresário, o vazamento do conteúdo dos inquéritos é criminoso.
Empresários elogiam Marina, mas hesitam em votar nela
O anúncio do empresário Guilherme Leal como vice na chapa de Marina Silva não rendeu adesão imediata de pesos-pesados do empresariado à pré-candidatura do Partido Verde à Presidência.
A Folha aproveitou a sabatina informal à qual Marina foi submetida por cerca de 350 executivos, ontem em São Paulo, para promover uma enquete sobre a pré-candidata.
Sob a condição de anonimato, foram ouvidos 25 empresários. Apenas quatro afirmaram que pretendem votar em Marina. Os executivos foram ouvidos aleatoriamente.
Sob a condição de anonimato, foram ouvidos 25 empresários. Apenas quatro afirmaram que pretendem votar em Marina. Os executivos foram ouvidos aleatoriamente.
Ao lado de Leal, executivo da Natura e dono de fortuna estimada em US$ 2,1 bilhões, a pré-candidata falou durante 20 minutos e, em seguida, respondeu a 11 perguntas feitas pela plateia, sobre temas como reformas fiscal, tributária e agrária, mídia e meio ambiente.
Gabeira diz que Marta ainda lhe pedirá desculpas
O pré-candidato do PV ao governo do Rio, Fernando Gabeira, disse ontem que a pré-candidata ao Senado por São Paulo Marta Suplicy (PT) ainda lhe pedirá desculpas por suas declarações sobre o sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em 1969.
"Daqui a alguns anos a Marta vai me pedir desculpas, e eu certamente vou aceitar", disse Gabeira no Facebook.
Anteontem, em São Paulo, Marta disse que a mídia tem dois pesos e duas medidas ao tratar do passado guerrilheiro da ex-ministra Dilma Rousseff.
"Notaram (...) que do Gabeira ninguém fala? Esse sim sequestrou. Eu não estou desrespeitando ele, ao contrário, mas ele sequestrou. Ele era o escolhido para matar o embaixador. Ninguém fala porque o Gabeira é candidato ao governo do Rio e se aliou com o PSDB", disse.
Serra roga ao padre Cícero para ser eleito
Em visita ontem a Juazeiro do Norte (CE), o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, pediu a ajuda a padre Cícero para ganhar a eleição.
"Fiz três pedidos", disse Serra. "Primeiro, que essa região possa progredir muito mais do que já progrediu. Melhorou, mas que possa progredir ainda mais do ponto de vista econômico, do emprego e do social. Segundo, pelos meus netos.
Terceiro, pela eleição. Que todos ganhemos", afirmou. Serra passou três vezes por baixo da mão da estátua do religioso, entre a bengala e a batina. Diz a tradição que, quando uma pessoa passa três vezes, ela consegue salvar sua alma.
No rádio e na TV, Dilma evita tema polêmico
A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, fez uso ontem da tática de quem quer evitar o confronto e esquivou-se de tomar posição sobre temas espinhosos, como redução da jornada de trabalho, Previdência e a volta de um imposto, como a CPMF, para a saúde.
Em São Paulo, Dilma concedeu entrevista pela manhã à Rádio CBN. À tarde, foi ao "Programa do Ratinho" (SBT).
Pela manhã, afirmou que uma reforma ampla da Previdência "apresentou armadilhas" em outros países. Ela defendeu "ajustes sistemáticos".
A prudência também dominou sua fala ao ser questionada se era a favor da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Dilma disse que a decisão não cabe ao governo federal, mas deve ser discutida entre movimento sindical e empresários. Chegou a dizer que o governo "impor uma política" é "voltar à década de 30".
"Eu não posso apoiar nem não apoiar porque eu não acredito que isso seja matéria governamental", disse a petista.
Comparação: Pré-candidata admite ter usado dado incerto sobre PF
À rádio CBN Dilma reconheceu ter usado dados não confirmados sobre o número de operações da PF sob FHC (1995-2002). Em três ocasiões, afirmara terem sido apenas 29 contra mais de mil no governo Lula. "É difícil levantar o que foi feito no governo anterior, não está transparente." Dilma dizia usar dados de livro não publicado de Aloizio Mercadante.
Petista se preparou, mas também escorregou
Dilma Rousseff (PT) estava visivelmente treinada para a sua entrevista ao vivo ontem, das 8h às 9h, à emissora de rádio CBN. Da roupa ao gestual, da maquiagem ao cuidado na hora de se despedir das entrevistadoras do sexo feminino, a petista quis evitar equívocos.
A ideia parecia ser apresentar-se como contraponto ao adversário direto, José Serra (PSDB), que havia se submetido à mesma entrevista na segunda-feira anterior. Dilma não demonstrou a irritação do tucano, mas acabou também cometendo deslizes.
Há uma semana, Serra havia sido indagado pela colunista Miriam Leitão sobre como reagiria diante de um erro cometido pelo Banco Central. Um pouco exasperado, respondeu classificando de "grande bobagem" a dúvida sobre sua atitude nessa situação hipotética.
Dilma não fez o mesmo. Mas, ao ser questionada sobre ter sido parcialmente contra a política de austeridade fiscal de Lula, reagiu assim: "Miriam, me desculpa, eu acho que você está errada no conceito". Embora fortes, as palavras saíram num tom ensaiado e comedido, fugindo da beligerância.
Colômbia quer extradição de membro das Farc preso no AM
O governo da Colômbia vai pedir a extradição de José Samuel Sánchez, que foi preso há 12 dias pela Polícia Federal do Amazonas sob suspeita de tráfico internacional de drogas e formação de quadrilha e é apontado como membro da comissão de finanças e logística das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Documento enviado ao Brasil pelo DAS (serviço de inteligência e imigração colombiano) da cidade de Letícia confirma que ele integra as Farc. Em depoimento à PF, porém, ele negou participação no grupo.
De acordo com o DAS, Sánchez tem duas ordens de captura expedidas pela Justiça de Letícia pelas acusações de morte de civis e tráfico de drogas.
Roraima: Exército prende 11 em garimpo em terra indígena
Oito homens e três mulheres foram detidos sob suspeita de garimpagem ilegal na reserva Ianomâmi, na fronteira com a Venezuela. A exploração mineral em reservas é proibida por lei e depende de aprovação do Congresso. A detenção ocorreu no dia 10, mas, por causa das fortes chuvas em Boa Vista, só anteontem eles foram entregues à PF. As mulheres, que trabalhavam como cozinheiras, já foram soltas.
O Globo
Dilma diz que fim da CPMF não teve resultado concreto para consumidor
Sem ser taxativa na necessidade de criação de novo imposto, a pré-candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff, defendeu a destinação de mais recursos para a saúde e criticou o fim da CPMF, extinta em 2008, na maior derrota do governo Lula no Congresso. De acordo com Dilma, o fim do tributo tirou R$ 40 bilhões por ano do setor.
Em entrevista à Rádio CBN, na manhã de ontem, Dilma cometeu uma gafe ao chamar o deputado federal Michel Temer (PMDB-SP), que deve ser o vice em sua chapa, de presidente do Senado e não da Câmara. Afirmou que o fim da cobrança do imposto não trouxe redução de preços de produtos para o consumidor, como era afirmado na época da extinção por entidades representativas de empresários.
Também disse que se perdeu a possibilidade de usar a CPMF para monitorar transações financeiras suspeitas.
'Ano que vem podemos discutir outra contribuição'
Governistas e integrantes da coordenação da pré-campanha de Dilma Rousseff consideraram temerária sua declaração defendendo novas fontes de financiamento da saúde. Em entrevista à rádio CBN, ontem, ao lamentar o fim da CPMF, a petista sugeriu aumento de impostos para recompor as verbas para a saúde pública e defendeu a regul amentação da chamada Emenda 29, que prevê mais recursos para o setor.
O líder do governo na Câmara e um dos coordenadores da campanha de Dilma, Cândido Vaccarezza (PT-SP), fez uma ginástica para dizer que fontes alternativas de financiamento da saúde vão ser debatidas no âmbito de uma ampla reforma tributária.
Embora não tenha descartado uma nova contribuição, Vaccarezza disse que é um assunto proibido neste momento.
Esse é um debate que não vamos discutir agora. Ano que vem podemos discutir a criação de outra contribuição. Não tem como regulamentar a Emenda 29 sem criar novas fontes de financiamento.
Cabelo alto e salto baixo
A pré-candidata Dilma Rousseff (PT) comentou sua subida nas pesquisas eleitorais com sorrisos, um penteado alto e sapato baixo. O visual novo um corte repicado moderno e quase loiro, assinado pelo hairstylist Celso Kamura foi um dos pontos altos na gravação do programa do Ratinho (do SBT), ontem. O apresentador se desfez em elogios e quis saber se o aspecto alegre da petista se devia ao resultado das pesquisas, com a petista à frente de José Serra (PSDB).
Ninguém vence eleição com salto alto, e pesquisa é um indicador do momento. Considero importante ter saído de uma posição bem modesta e hoje estar numa situação, num nível que as pesquisas revelam, um nível significativo disse Dilma. Não acho que podemos pegar uma pesquisa e dizer: Ah, ganhei a eleição.
Ninguém vence eleição com salto alto, e pesquisa é um indicador do momento. Considero importante ter saído de uma posição bem modesta e hoje estar numa situação, num nível que as pesquisas revelam, um nível significativo disse Dilma. Não acho que podemos pegar uma pesquisa e dizer: Ah, ganhei a eleição.
Ganha-se a eleição no dia da eleição.
A pesquisa CNT-Sensus indicou que Dilma tem 35,7% das intenções de voto, contra 33,2% de Serra. A margem de erro é de 2,2 pontos.
Tasso recebe Serra e promete 'corpo e alma'
Oito anos depois de trocar o apoio à candidatura presidencial de José Serra pela do amigo Ciro Gomes, o senador Tasso Jereissati (PSDB) agora assume no Ceará o papel de principal cabo eleitoral do précandidato tucano à Presidência.
Ele está sendo o anfitrião e cicerone dos dois dias da visita de Serra ao estado, iniciada ontem pelo Cariri, e que prossegue hoje, em Fortaleza. Sem candidato ao governo pelo PSDB, Tasso emprestará a Serra seu palanque para o Senado. E diz que eleger Serra é até mais importante que sua própria reeleição: Estou empenhado de corpo e alma na campanha do Serra.
Não só por mim, mas pelo futuro do Brasil. Acho que mais oito anos de Dilma (Rousseff, do PT) para o país será uma tragédia.
Sérgio Guerra é internado
O senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB, passou ontem por um checkup no Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. De acordo com a assessoria do Diretório Nacional do PSDB, não foi uma emergência médica: os exames a que o senador foi submetido são de rotina e já tinham sido agendados previamente.
O senador, coordenador da campanha do tucano José Serra à Presidência da República, sofre de diabetes e vai periodicamente a São Paulo para ser submetido a exames.
Cesar compara Gabeira a d. Pedro II
Na tentativa de fortalecer a coligação, que chegou a ser ameaçada por sucessivos impasses, o pré-candidato ao governo do Rio pelo PV, Fernando Gabeira, participou ontem à noite de um ato com a presença do ex-prefeito Cesar Maia, pré-candidato ao Senado pelo DEM, e de outros líderes do PSDB e do PPS. O presidente regional do PV, Alfredo Sirkis, que vem medindo forças com Gabeira no partido, não compareceu ao evento, que reuniu cerca de 400 pessoas a maioria, pré-candidatos a deputado do PPS e do PSDB na Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
A vereadora Aspásia Camargo, do PV, pivô da crise interna e que insiste na sua pré-candidatura ao Senado, também não foi ao encontro. Gabeira, ao falar sobre a polêmica no PV, demonstrou, mais uma vez, estar descontente com Sirkis: Sei que ele tem sido o meu maior adversário disse o verde, confirmando que o objetivo de Sirkis ao tentar manter a pré-candidatura de Aspásia possa ser desestabilizar a coligação. O desejo talvez seja esse (criar instabilidade), mas não vai conseguir porque já estamos definidos, e a coligação está seguindo. A própria Marina sabe disso e respalda.
Itamaraty oficializa direitos de gays
Numa ação inédita e comemorada pelas organizações de defesa dos direitos de homossexuais, o Ministério de Relações Exteriores passou a conceder passaportes diplomáticos ou oficiais para companheiros de servidores que trabalham nas representações do Brasil no exterior. A circular com a mudança nas normas foi enviada às embaixadas e aos consulados no último dia 14, e já está em vigor.
O documento, que oferece aos companheiros homoafetivos o mesmo tratamento dispensado aos casais heterossexuais, foi distribuído para representações diplomáticas em 207 países. O passaporte diplomático será entregue a quem estiver registrado na Divisão de Pessoal do Itamaraty como dependente de assistência médica, benefício estendido a parceiros homossexuais em 2006.
O Estado de S.Paulo
Vannuchi admite Brasil condenado na corte da OEA
O ministro Paulo Vannuchi, da secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, reconheceu ontem que há possibilidade de uma sentença negativa para o Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Em audiência marcada para os dias 20 e 21, o País será submetido a julgamento por não apurar o desaparecimento, a tortura e a morte de guerrilheiros no Araguaia na primeira metade dos anos 70.
"Eu temo pelo pior", disse Vannuchi, após participar do 22º Fórum Nacional, no auditório do BNDES. "É claro que quando uma solução amistosa não segue adiante é ruim. A imagem do Brasil de um país muito sensível aos direitos humanos então sofre danos."
Desvio no PR pode ter sido de R$ 13 mi
O Ministério Público Estadual do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), detectou que pelo menos R$ 13 milhões (valor sem atualização monetária) já foram desviados da Assembleia Legislativa do Estado desde 1994.
"Esses são valores de um núcleo apenas, há outros núcleos muito maiores", afirmou o coordenador do Gaeco, procurador Leonir Batisti. O caso é investigado também pela Polícia Federal, em razão de suposto crime de sonegação fiscal.
De acordo com Batisti, o esquema teria sido montado por um grupo liderado pelo ex-diretor-geral da Assembleia, Abib Miguel, que estava no cargo havia mais de 20 anos. Ele está preso juntamente com os ex-diretores administrativo, José Ary Nassiff, e financeiro, Cláudio Marques da Silva. Os três pediram exoneração quando as denúncias vieram a público.
A denúncia apresentada pelo Gaeco e aceita pela Justiça apontou que o grupo incluía funcionários fantasmas na folha de pagamento da Assembleia para desviar o dinheiro. "Na qualidade de diretor-geral da Assembleia Legislativa, Abib Miguel exercia grande poder para a nomeação e exoneração de servidores comissionados e, assim, promover o desvio de dinheiro público", registrou o procurador.
Serra pede a padre Cícero 'para ganhar a eleição'
Em visita a Juazeiro do Norte, no sertão do Cariri cearense, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, admitiu ter feito alguns pedidos aos pés da imagem de Padre Cícero, na Serra do Horto. "Pedi por meus netos e para ganhar a eleição", disse, acrescentando que visitar o local "é bom para iluminar os próximos meses que serão decisivos".
Serra foi recebido em clima de campanha, com foguetório, banda de música e carreata com 50 motos que o acompanharam por 15 quilômetros, do aeroporto regional até o local onde fica a estátua do religioso cearense.
Em frente à estátua, o pré-candidato assistiu à apresentação do reisado Estrela Guia, de quem recebeu uma pequena imagem do religioso - considerado santo pela população embora não seja reconhecido pela Igreja Católico como tal.
Em programa popular na TV, Dilma exalta feitos de Lula
Mais pareceu um encontro de comadres do que propriamente uma entrevista a participação da pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, no Programa do Ratinho, no SBT, ontem à tarde. O apresentador rasgou elogios à convidada, do cabelo ao programa Luz para Todos. "Quem consertou esse cabelo, que agora está bonito?", perguntou o apresentador, sem rodeios.
Em relação à última pesquisa de intenção de voto, do Instituto Vox Populi, que mostra a petista à frente do principal adversário, o tucano José Serra, Dilma fez a linha modesta. "Ninguém vence eleições subindo em salto alto", disse. "Considero importante ter saído de uma posição modesta e hoje estar em um nível significativo, mas só se ganha a eleição no dia em que o povo põe seu último voto na urna."
Executiva do PMDB confirma hoje Temer como vice da petista
O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), reúne a Executiva Nacional do partido hoje, em Brasília, para sacramentar a vaga de vice na chapa presidencial da petista Dilma Rousseff.
Mas por pouco o anúncio oficial não foi adiado. Antes de confirmar a pauta da reunião, Temer teve de consultar os dirigentes regionais. Motivo: o PT mineiro adiou o encontro partidário em que o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel deve renunciar à candidatura ao governo estadual para apoiar o senador Hélio Costa (PMDB).
As disputas entre os dois partidos já haviam transformado a festa que o PMDB programara para anunciar a aliança, no último dia 15, em reunião burocrática da Executiva. Preocupado com o vaivém do PT, Temer procurou Hélio Costa ontem para reafirmar que a aliança nacional está condicionada à solução dos problemas estaduais. Temer insiste na tese de que, se não houver acordo em Minas, no Pará, na Bahia, no Maranhão e no Ceará, não há como fechar a parceria.
Ministro do STF critica campanha antecipada de pré-candidata do PT
"O dirigente maior do País não pode ter candidato a ponto de praticamente sair em campanha", advertiu ontem Marco Aurélio Mello (foto), ministro do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral. "O presidente deve adotar postura equidistante. Eu fico muito triste quando vejo o que houve com a propaganda partidária do PT em termos de deturpação, que se tornou em apologia de uma pré-candidata à Presidência da República."
Após evento na FMU, em São Paulo, Marco Aurélio se disse perplexo com o que classifica de campanha antecipada de Dilma Rousseff (PT). "É abandono a princípios, perda de parâmetros, inversão de valores." Ele sugere "pena mais incisiva para o beneficiário do ato ilegal, com suspensão do programa na TV". "O presidente não pode tripudiar e impor goela abaixo certa candidatura."
Após evento na FMU, em São Paulo, Marco Aurélio se disse perplexo com o que classifica de campanha antecipada de Dilma Rousseff (PT). "É abandono a princípios, perda de parâmetros, inversão de valores." Ele sugere "pena mais incisiva para o beneficiário do ato ilegal, com suspensão do programa na TV". "O presidente não pode tripudiar e impor goela abaixo certa candidatura."
Município que não abrir as contas perde receita
A menos de dez dias do prazo para abrir suas contas "em tempo real" na internet, parte dos 273 municípios com mais de 100 mil habitantes ainda não sabe como cumprir a exigência. A punição para descumprimento da chamada Lei da Transparência é o corte das transferências voluntárias da União, que no ano passado somaram R$ 8,7 bilhões.
A exigência foi criada por meio de acréscimo à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) aprovado pelo Congresso em 2009. Começa a valer em 27 de maio para a União, todos os Estados e os municípios maiores. Os demais municípios terão até 2013 para abrir seus gastos com dinheiro público.
Até agora, a Casa Civil não se manifestou sobre a edição de um decreto com regras mais detalhadas para assegurar a transparência. Uma minuta de decreto preparada pela Secretaria do Tesouro Nacional foi submetida à equipe da ministra Erenice Guerra e não chegou ao gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas o governo insiste em que não há margem para adiamento: "A regra é autoaplicável, e a sanção por descumprimento é aquela já prevista na lei", diz o ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União (CGU). A lei prevê que qualquer cidadão pode denunciar a falta de transparência.
Estudo mostra queda no endividamento médio das cidades
Entre 2002 e 2008, o endividamento médio dos municípios brasileiros diminuiu de 8,04% para 0,81% da Receita Corrente Líquida (RCL), aponta estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Divulgado ontem, o levantamento foi elaborado para calcular a edição de 2008 do Índice de Responsabilidade Fiscal, Social e de Gestão (IRFS) dos municípios brasileiros, espécie de IDH mais amplo que avalia 16 indicadores.
O estudo mostra que o panorama municipal melhorou, saindo de uma situação de insuficiência de caixa (mais restos a pagar do que disponibilidade orçamentária) em 2002 para um cenário de sobra de caixa a partir de 2004.
"Estamos cumprindo o nosso papel, minha preocupação é com a União, que não tem limite de endividamento", disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. "A Grécia estourou porque não tinha limite fiscal. E o Brasil também não tem. Será que o Brasil não poderá ser uma Grécia?"
Mundo recebe com ceticismo acordo mediado por Brasil e Turquia com Irã
Apesar de o acordo ser ainda mais detalhado do que a proposta feita a Teerã em outubro pela Agência Internacional de Enercia Atômica (AIEA), o Departamento de Estado americano anunciou ontem que o pacto não mudava em nada a disposição de Washington de impor, por meio das Nações Unidas, uma nova série de sanções ao Irã (mais informações na página A13).
Brasil e Turquia, porém, prometeram intensificar a oposição às sanções contra o Irã. Com o acordo turco-brasileiro para troca de urânio iraniano por combustível nuclear, o avanço das medidas punitivas do Conselho de Segurança (CS) "perde todo seu fundamento", defendeu o chanceler Celso Amorim pouco antes de deixar Teerã. Seu colega turco, Ahmet Davutoglu, endossou a posição brasileira. "Não há mais razão para encaminhar as sanções", afirmou.
Instituto tucano fala em transição 'civilizada'
Análise produzida pelo Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, afirma que a transição de governo deverá ser feita de forma “civilizada". O documento elogia as "corajosas medidas impopulares" adotadas pela equipe econômica, como o corte de R$ 10 bilhões no orçamento anunciado semana passada. Segundo o texto, a iniciativa é um exemplo de que a "luta renhida pelos votos não resultará no sangramento da saúde que exibe o País".
“Após inúmeros sinais amarelos, o governo tirou o pé do acelerador do aumento descontrolado dos gastos públicos”, afirmaram os técnicos do instituto no boletim de ontem chamado Pauta em Ponto. "Como o governo já havia contingenciado outros R$ 21,8 bilhões anteriormente, serão mais de R$ 30 bilhões bloqueados. Isso significa retirar cerca de 1% do PIB de circulação."
Suplicy é cotado para ser vice de Mercadante
Os 11 partidos que apoiam a pré-candidatura de Aloizio Mercandte ao governo paulista definiram ontem os nomes de dirigentes que vão atuar na coordenação da campanha eleitoral. Em reunião realizada na capital também foi debatida a possível indicação do senador Eduardo Suplicy para a vaga de vice. Os dois conversam hoje em Brasília. Caberá ao PDT dar sinal verde às negociações com Suplicy.
Correio Braziliense
Rosário de Serra na terra dos romeiros
Ao pé da estátua de Padre Cícero, ponto de romaria dos católicos, ladeado por antigos aliados de Ciro Gomes (PSB), o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, desfiou um rosário de promessas: acabar com a demora nas consultas médicas, criar centros públicos de tratamento de drogados, fazer a ferrovia transnordestina, que não saiu do papel. Reivindicou, ainda, a autoria de parte do Bolsa Família. Eu, aliás, fiz um componente do programa, o Bolsa Alimentação, quando era ministro da Saúde. Vou manter. O que as pessoas do programa desejam é futuro para os jovens, emprego, e isso virá com projetos que irradiem desenvolvimento, que eu farei. Já fiz em São Paulo, disse, em entrevista nas escadarias que levam à estátua.
A menção ao Bolsa Família tinha sentido. Pouco antes de o candidato chegar, o vereador Deuzinho (PMN) contou que, numa conversa com pescadores sobre a corrida presidencial, ouviu o seguinte comentário: Rapaz, eu não posso faltar com o Lula. Ele me dá esse dinheiro, que é uma ajuda. Não posso deixar de atender a ele. Deuzinho conta que apenas repetiu ao interlocutor. É, mas pode ter certeza que o Serra não vai tirar o seu dinheiro. Eu garanto. Além disso, o candidato do PT agora não é o Lula.
Alívio no comando do PT
A ascensão da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, nas pesquisas de intenção de votos colocou o partido e a cúpula da campanha petista numa perspectiva otimista. No outro lado da corrida presidencial, a luz amarela foi acesa entre os aliados (1)do ex-governador de São Paulo José Serra, embora o tucanato oficialmente discurse em torno da irrelevância das estatísticas atuais.
A pesquisa do Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada ontem, confirmou a tendência do levantamento do Vox Populi, publicado no domingo pelo Correio. Dilma ultrapassou Serra, com 35,7% das intenções de voto, contra 33,2% do tucano. Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, ainda se mantém a aura de empate técnico. O Vox Populi tinha mostrado Dilma com 38% e Serra, com 35%, também dentro da margem de erro.
Trajetória ascendente
A curva de crescimento da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, nas pesquisas, é inequívoca na avaliação de cientistas políticos. Os últimos números da corrida presidencial, divulgados ontem, pela CNT/Sensus, reforçam os resultados apresentados pela Vox Populi no sábado. Segundo o professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) Marcus Figueiredo, especialista em pesquisas eleitorais, um quadro esperado. Os resultados eram previsíveis, assinala, respaldado nas simulações a partir das médias das intenções de voto, de 2008 para cá, das pesquisas divulgadas pelos principais institutos do país.
A pesquisa CNT/Sensus, realizada com 2.000 eleitores em 136 municípios de 24 estados e divulgada ontem, aponta Dilma com 35,7% das intenções de voto e José Serra, pré-candidato do PSDB, com 33,2% dos votos. Situação de empate técnico. Marina Silva, do PV, obteve 7,3% das preferências. Os outros oito pré-candidatos de partidos pequenos receberam menos de 1,5 % das intenções de voto.
Prefeitos sabatinam triunvirato
Representantes de 4 mil cidades darão início à 13ª Marcha dos Prefeitos hoje, de olho na sucessão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O evento, que dura até quinta, é promovido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e terá o seu ponto alto amanhã, quando os pré-candidatos Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) disputarão o apoio de prefeitos, vereadores e secretários municipais em debate promovido pela organização. A chance de explorar a capilaridade dos políticos municipais terá uma fatura prévia. Os principais concorrentes deverão responder sobre a criação de outro imposto e a regularização dos repasses para a saúde e, claro, a redistribuição dos royalties do pré-sal.
O conjunto de reivindicações tem como prioridade a regulamentação da Emenda 29(1), que define a distribuição mínima de verbas para a saúde. O projeto foi aprovado pelo Senado, mas está engavetado desde 2008 na Câmara dos Deputados. De acordo com a CNM, a perda anual dos municípios na área de saúde tem sido superior a R$ 25 bilhões. Não há interesse nem do governo nem da oposição. Partidos dos dois lados estão bloqueando a aprovação e, com isso, perpetuando essa injustiça. Enquanto isso, as pessoas morrem em cadeiras de rodas, em ambulâncias e ganham bebê no meio da rua porque não há leito, faltam recursos, criticou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Voo rasante tucano nos votos verdes
O resultado das últimas pesquisas eleitorais, que apontaram o crescimento da pré-candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República, deve antecipar uma estratégia prevista apenas para a reta final do primeiro turno, em outubro. Os tucanos pretendem investir sobre o eleitorado que hoje declara voto à senadora Marina Silva (PV) concorrente ao Palácio do Planalto, para tentar recolocar José Serra (PSDB) no mesmo patamar da petista. Os potenciais eleitores da ex-ministra do Meio Ambiente podem pender a balança presidencial para uma decisão já no primeiro turno.
Com a saída do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) da corrida presidencial, estrategistas tucanos apostavam em atrair os eleitores de Marina no sprint final do primeiro turno para garantir a vitória antecipada de Serra. A segunda rodada de votações, avaliam os coordenadores do tucano, aumentaria as chances de Dilma, que contaria com reforço ainda maior da máquina administrativa, além da presença mais forte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante eventos de campanha. O crescimento de Dilma, contudo, deve reforçar a tendência do PSDB em desidratar a pré-candidata verde.
Jucá na mira do Supremo
Enquanto a Polícia Federal (PF) pede à Justiça a prorrogação de um inquérito contra o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o senador articula o adiamento da votação do Ficha Limpa, o que enterraria a possibilidade de o projeto valer nas eleições de outubro. A proposta que veta a candidatura de políticos com histórico criminal deve ser apreciada amanhã, embora o líder do governo já tenha afirmado que o assunto não é prioridade.
Na mesma semana em que o Senado discute o Ficha Limpa, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve analisar o pedido de prorrogação do prazo para a investigação contra Jucá, conduzida pelo delegado José Antônio Amaral Neto. O parlamentar também responde a outros processos no STF, mas nunca foi condenado. Em caso de punição no futuro, a aprovação do Ficha Limpa poderia inviabilizar a continuidade de sua carreira política.
Em 22 de março, a PF abriu inquérito para apurar denúncia recebida pelo Ministério Público Federal (MPF) em Roraima de que os gestores da TV Caburaí que já teve Jucá no quadro de sócios teriam praticado uma série de ilícitos tributários, tais como o desvio de contribuições previdenciárias descontadas dos empregados, segundo despacho da procuradora Laura Gonçalves Tessler.
De acordo com o inquérito, para se livrar de dívidas e complicações tributárias, o senador teria transferido a empresa para o nome de seus filhos, apontados como atuais controladores da TV. Em face da notícia sobre a possível prática de crime de falsidade ideológica, supostamente para ocultar crimes contra a ordem tributária e contra a Previdência Social, requisite-se instauração de inquérito policial, despachou o procurador Rodrigo Golívio Pereira, em 5 de março.
Fonte: Congresso em Foco
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