terça-feira, 4 de maio de 2010

"O Brasil não é pontual. O Brasil não está no rumo certo". (FIFA)

Nos jornais: alerta vermelho para a Copa no Brasil 

O Globo
Alerta vermelho para a Copa no Brasil

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez ontem suas mais duras críticas ao Brasil pelos atrasos nas obras e pelos projetos que não estão em conformidade com as exigências da entidade para a Copa do Mundo-2014. Durante o lançamento da campanha "Fundo de Ingressos", que vai doar 120 mil tíquetes de categoria 4 (140 rands ou R$35) para crianças, participantes de projetos sociais e humanitários e operários que trabalharam nas obras dos dez estádios do Mundial-2010, o dirigente francês deu entrevista no Estádio Soccer City, em Johannesburgo, e disse que "o número de estádios em que a luz vermelha já está acesa é incrível". E foi além: "O Brasil não é pontual. O Brasil não está no rumo certo". Responsável pelas áreas administrativa e financeira da Fifa, o número 2 da entidade coordena a organização das Copas do Mundo e contou estar aborrecido com os organizadores das cidades brasileiras: "Estamos querendo o comprometimento com a entrega do que eles assinaram". E mostrou que sabe como muitas coisas são adiadas no país: "Cada dia é importante porque há eleições (presidenciais) no Brasil, e nesse período de tempo muito pouca coisa acontece; depois, nós temos o carnaval, e nada vai acontecer".

Serra e Dilma juntos, contra invasões
A abertura da 76ª ExpoZebu no fim da manhã de ontem, com a presença dos pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), transformou-se num ato contra as invasões de terra patrocinadas pelo Movimento dos Sem Terra. Na disputa pelos votos do poderoso agronegócio do país, os dois principais presidenciáveis criticaram duramente ocupações de terras e, mesmo sem citar explicitamente o MST, defenderam a legalidade no campo. A estabilidade no meio rural é um dos principais itens da lista de reivindicações que a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), organizadora da exposição, entregou a Serra e Dilma, ontem.

D. Marisa usa avião oficial para ajudar Dilma 

A primeira-dama, Marisa Letícia, usou um Embraer 190, um dos aviões reservas da Presidência da República, para participar de um encontro promovido pela Associação das Mulheres Rurais de Uberaba (Amur), numa das barracas da 76 ª ExpoZebu, ao lado da ex-ministra e presidenciável petista Dilma Rousseff. O encontro, no qual Dilma fez discurso de candidata, se transformou num ato de apoio à pré-candidata petista. Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se confundiram no momento de justificar a viagem da primeira-dama, acompanhada apenas de alguns seguranças, num avião de alto custo.

PT prepara ação contra evento de Serra custeado com verba pública 

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse ontem que, mesmo que o projeto seja aprovado esta semana, não haverá tempo de as regras serem aplicados na eleição de outubro. Antes contrário à proposta, Vaccarezza diz que, agora, há condições de aprovar o projeto devido às mudanças feitas pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), relator do novo texto, apresentado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). 

Dilma convida Temer 

A possibilidade de esvaziamento da candidatura da petista Dilma Rousseff, com ameaças veladas feitas por pequenos e médios partidos aliados, está levando o presidente Lula a ter uma ação mais efetiva nos bastidores. Ele até voltou a se arriscar na cena pública com atitudes mais ousadas para explicitar seu apoio, após período de cautela por causa das duas multas da Justiça Eleitoral. O presidente tem conversado com Dilma para avaliar a campanha. Por orientação de Lula, a candidata tem encontro hoje à noite com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para sacramentar a chapa PT-PMDB. Ela vai oficializar o convite para Temer ser o vice. Amanhã, vai almoçar com o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), assediado pelo PSDB para ser o vice do tucano José Serra.
- Lula está se envolvendo de perto na campanha e vai orientar, onde for necessário, os ajustes. Até porque Dilma é candidata dele - disse o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). 

Aliança de Gabeira terá Marina e Serra
 
Em encontro ontem, na sede do PPS no Rio, para formalizar a coligação PV-PPS-DEM-PSDB, os partidos anunciaram que o pré-candidato ao governo fluminense pelo PV, deputado federal Fernando Gabeira, apoiará, no primeiro turno, dois pré-candidatos à Presidência: Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB). Os dois participarão juntos, em junho, da convenção da aliança no estado. Foi anunciada ainda a chapa de Gabeira para o Senado, que terá o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) e o ex-deputado federal Marcelo Cerqueira (PPS).
- O Serra tem agora um palanque bom, forte, no Rio. A Marina também tem. Nossa coligação está montada. Foi adotada por todos universalmente e vai fazer uma bela campanha para presidente da República. Tanto do Serra, quanto da Marina. O Gabeira não é mais candidato do PV. Ele é candidato da coligação - afirmou Márcio Fortes, um dos coordenadores da campanha de Serra no Rio e provável vice na chapa de Gabeira.

Marina: PSDB e PT são reféns do que há de pior 

A pré-candidata à Presidência pelo PV, senadora Marina Silva, atacou as alianças feitas pelos partidos de seus dois principais adversários, o PSDB de José Serra e o PT de Dilma Rousseff, ao se dizer despreocupada com o fato de sua legenda não estar fazendo coligações para fortalecer sua candidatura.

- O PT virou refém do que havia de pior no PMDB, e o PSDB virou refém do que há de pior no DEM. Uma coisa é a eleição, em que os partidos se transformam em máquina de ganhar o poder pelo poder, e se aliam levando em conta a estrutura e o tempo de televisão - disse Marina, em entrevista na TV Gazeta.
Sobre os enfrentamentos que teve com Dilma quando era ministra do Meio Ambiente, Marina disse não guardar mágoas:
- Tivemos divergências, divergências sérias, mas não me coloco na posição de vítima e nem guardo ressentimentos. 

ONG divulga lista de 40 'predadores' da imprensa
 
A organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras divulgou ontem lista de 40 políticos, representantes de governo, líderes religiosos, milícias e organizações criminosas considerados "predadores da liberdade de imprensa". São pessoas ou grupos que, segundo a entidade, não suportam a imprensa, tratada por eles como inimiga, e que atacam jornalistas. "Eles são perigosos, violentos e acima da lei", diz a nota divulgada pelo Repórteres sem Fronteiras. Entre os nomes estão o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-i, a máfia italiana, o grupo separatista espanhol ETA. Muitos já integravam a lista ano passado.

Lula: narcotráfico tem braço político
 
Após declarar que o narcotráfico é hoje uma poderosa indústria com braço na política e no Judiciário, o presidente Lula anunciou ontem, em sua visita à região de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, medidas para combater o tráfico de drogas nos 11 estados que fazem divisa com países da América do Sul. Segundo ele, o governo brasileiro instalará, até o fim de 2010, 11 bases da PF e da Força Nacional de Segurança nas regiões de fronteira. Serão 45 policiais em cada unidade, com investimento de R$144 milhões até 2012, incluindo compra de helicópteros, barcos e armamento. Ao lado do presidente paraguaio Fernando Lugo, Lula inaugurou um monumento na linha divisória entre os dois países. Cercados por atiradores de elite nos prédios, do lado paraguaio, os presidentes estiveram com o senador Robert Acevedo, vítima de atentado semana passada. 

Código Florestal: Greenpeace faz críticas à Câmara
 
O Greenpeace denunciou ontem que a comissão especial criada na Câmara para debater mudanças no Código Florestal tem preferido ouvir classes que defendem a reforma da lei, bandeira do setor do agronegócio. A ONG fez um levantamento sobre as posições colhidas pela comissão nas mais de 40 audiências públicas realizadas sobre o assunto. De 267 autoridades de diferentes setores ouvidas, representantes da agricultura são o maior número. Somados, patrões, trabalhadores rurais e produtores autônomos correspondem a 38% dos que tiveram a chance de se manifestar, segundo a ONG. Em seguida vêm os representantes de governos estaduais e municipais: 33%. Na outra ponta, somente 1% dos ouvidos são lideranças indígenas e 7%, ambientalistas. Outra área mal representada é a ciência, com apenas 6% do total.

Folha de S. Paulo
Ranking de doação a partidos é liderado por construtoras

As empreiteiras foram as principais financiadoras dos grandes partidos políticos em 2009, sendo responsáveis por 68% das doações recebidas por PT, PSDB, DEM e PMDB. Quatro dessas construtoras doaram 39% de tudo o que essas siglas receberam de doações no ano passado. Segundo as prestações de contas dos partidos entregues ao Tribunal Superior Eleitoral, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Carioca Christiani Nielsen e JM Terraplanagem transferiram para as principais siglas R$ 6,2 milhões.
Todas essas empreiteiras -o ramo é, ao lado dos bancos, o mais tradicional financiador de partidos- possuem ou possuíram contratos milionários com o governo federal ou com os principais governos estaduais.

Dirigentes de siglas defendem financiamento
Os dirigentes dos partidos políticos ouvidos pela Folha disseram considerar natural o financiamento por parte das empreiteiras. "Ninguém doa porque acha o partido bom ou ruim. Há uma correlação de interesses e isso é natural", afirmou o tesoureiro do DEM, Saulo Queiroz. Ele se refere a empresas que tinham contrato com o governo de José Roberto Arruda (DF), que deixou a legenda e o cargo após ter seu nome envolvido em suspeitas de corrupção. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que o partido recebeu doações das empresas que tradicionalmente contribuem com os partidos políticos.

Pré-campanha só é punida com multa

Ex-ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ouvidos pela Folha, além de dirigentes partidários, defenderam ontem mudanças nas regras eleitorais sob a alegação de que é impossível o país ignorar a disputa até a metade do ano. A legislação prevê como única punição neste período de pré-campanha a aplicação de multa em até R$ 25 mil. No início de abril, os candidatos que não disputam a reeleição tiveram que deixar o cargo, mas ainda não foram "oficializados" pelas convenções partidárias, o que será feito até o final de junho. Este período do início de abril até o final de junho é conhecido como um "vácuo" na campanha.

Pelo "agrovoto", Serra e Dilma dividem palanque e feijoada

Num clima de cordialidade, com cumprimentos protocolares, os pré-candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) dividiram o mesmo palanque e uma mesma feijoada ontem, no interior de Minas. Na tentativa de conquistar o apoio da nata do agronegócio brasileiro, Dilma e Serra sentaram-se praticamente lado a lado, durante cerca de uma hora de solenidade de abertura oficial da 76ª ExpoZebu, em Uberaba. Ficaram separados apenas pelo ex-ministro da Agricultura e deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB-PR). Antes, na sala VIP, cumprimentaram-se rapidamente e posaram para fotos juntos. Na solenidade, trocaram poucos olhares e nenhuma palavra.

Gabeira lança chapa sob fogo amigo

No dia em que foi anunciado oficialmente como pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) virou alvo de críticas de aliados por declarar apoio a José Serra (PSDB) num eventual segundo turno contra Dilma Rousseff (PT). Ele disse ao Blog do Noblat que votaria no tucano após apoiar Marina Silva (PV) no primeiro turno. A declaração gerou incômodo entre aliados da senadora. O ex-deputado Luciano Zica classificou a fala como "lamentável". "Foi uma declaração infeliz. Causa estranheza, porque Gabeira é um cara experiente. Não temos o direito de escorregar agora", disse à Folha. "Não perguntamos ao Gabeira quem ele vai apoiar no segundo turno do Rio. E se a disputa for entre Serra e Marina, ele também vota no Serra?", provocou Zica.

Resultado de MG facilita o roteiro traçado por Lula 

A vitória do ex-prefeito Fernando Pimentel nas prévias do PT em Minas é uma correção de rumo no roteiro traçado pelo presidente Lula para apoiar a candidatura de Hélio Costa (PMDB) ao governo mineiro. Lula não queria as prévias. Defendia que Pimentel e seu ex-ministro Patrus Ananias combinassem entre si quem seria o escolhido para negociar um acordo com o PMDB. Na cabeça de Lula, seria uma mera encenação para algo que já negociou com a cúpula peemedebista e que dará a Dilma Rousseff palanque único no segundo colégio eleitoral do país.

Em quadrinhos, PSDB faz propaganda da gestão de "Zé Serra" à frente da Saúde

Diante de uma emergência lotada, Glória entra em trabalho de parto, sem que um médico possa atendê-la. É aí que o simpático Chico Baleia intervém: "Pois é... No tempo do ministro Zé Serra não era esse caos na saúde pública". A cena não foi presenciada pela reportagem. Ela está em um gibi que será distribuído em todo o Brasil pelo PSDB a partir da próxima semana. Os personagens são moradores de uma fictícia Vila Brasil, mas o "ministro Zé Serra" ali citado nada tem de ficcional. É o pré-candidato tucano à Presidência da República. O trecho acima faz parte do segundo volume da série, idealizada pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN). O primeiro, lançado em setembro passado e distribuído em 17 Estados, discutia a paternidade de programas como o Bolsa Família.

PSDB escolhe Aloysio para o Senado em SP 

Por aclamação, o diretório do PSDB de São Paulo escolheu ontem o ex-secretário da Casa Civil do Estado Aloysio Nunes Ferreira pré-candidato ao Senado. Ele disputava a indicação com o deputado federal José Aníbal (PSDB-SP), que retirou a candidatura. "Ele preferiu evitar uma disputa que pudesse amarrar o processo até a convenção de junho", afirmou Aloysio sobre a decisão de Aníbal. Segundo o pré-candidato, a escolha foi feita para manter a unidade da sigla. "O entusiasmo contagiante do lançamento da candidatura de [José] Serra em Brasília acabou por nos mobilizar aqui", disse Aloysio.

Assembleia do Paraná é investigada por nomear criança

Documento que integra denúncia feita ontem à Justiça pelo Ministério Público do Paraná aponta que até uma criança de 7 anos foi nomeada funcionária comissionada da Assembleia Legislativa do Estado. Priscila da Silva Matos Peixoto tem hoje 22 anos. Em depoimento, confirmou ter sido funcionária da Assembleia, mas entre 2007 e 2009. O nome de Priscila foi localizado, segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em atos de nomeação de funcionários comissionados da diretoria-geral da Casa, em 1994, quando ela era uma criança.

Ficha limpa" ficará para 2012, diz deputado
Deputados prometem votar hoje projeto de lei que proíbe a candidatura de quem tenha sido condenado por decisão colegiada da Justiça (por mais de um juiz). "Para valer em outubro, teríamos de ter aprovado o texto até setembro do ano passado", disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT). Para integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, entidade autora da proposta, a lei pode ser aprovada em qualquer momento para valer no pleito deste ano.

O Estado de S. Paulo
Empresa que poluir além do limite terá de pagar, prevê Fazenda

Estudo da Fazenda prevê que empresas que lançarem na atmosfera quantidade de carbono acima de um limite a set fixado pelo governo terão de comprar "títulos" no mercado brasileiro de redução de emissões, informa a repórter Marta Salomon. Esse novo mercado funcionará com certificados de redução de emissões de gases do aquecimento global, e os papéis também poderão ser comprados por investidores comuns. O estudo dá início à regulamentação das metas do clima. No final do ano passado, o governo anunciou cone entre 36,1% e 38,9% das emissões de carbono previstas para 2020, mas esses limites ainda não saíram do papel. O modelo em discussão pane da ideia de que haverá "tetos" de emissão de carbono para os diferentes setores da economia. Estão sujeitos a esse tipo de restrição os setores de geração de energia, transportes, indústria em geral e agronegócio.

Câmara deve votar ''ficha limpa'' hoje e repassar pressão para Senado
Depois de impulsionado pela pressão popular, o projeto Ficha Limpa, que veda a candidatura de políticos com condenações na Justiça, ganhou velocidade e deve ser votado hoje no plenário da Câmara dos Deputados.
O plenário da Casa promete analisar tanto a urgência da proposta como o mérito. Em seguida, a matéria será encaminhada ao Senado, onde se fala em análise rápida. Em ano eleitoral, há senadores que defendem a aprovação sumária do projeto para livrar a Casa da marca de corporativista.  Ontem, véspera da esperada votação, senadores defenderam que a proposta seja votada no Senado como vier dos deputados. Qualquer eventual modificação no texto exige que a proposta volte para a Câmara, a Casa de origem, o que inviabilizaria a adoção da lei nas eleições deste ano. Para valer nas eleições de outubro próximo, o texto tem de encerrar sua tramitação no Congresso e receber sanção presidencial até 6 de junho, antes do início das convenções partidárias.

Quase 2 milhões assinam documento virtual

Até as 20 horas de ontem, exatos 1.991.612 brasileiros haviam assinado uma petição virtual do site www.aavaz.org em favor do projeto Ficha Limpa, que terá pedido de urgência urgentíssima apreciado pelo Congresso. A meta era alcançar, ainda ontem, a marca de 2 milhões de eleitores, endossando o pedido para votação, que é encaminhado aos e-mails dos deputados. A lista em papel já entregue ao Congresso para a apreciação do projeto de iniciativa popular chegou a 1,6 milhão de nomes. Juntando as duas, o projeto terá recebido o apoio de 3,6 milhões de eleitores. Com base em Nova York, nos Estados Unidos, o Aavaz - cujo nome remete ao significado de "a voz" em línguas asiáticas e do Oriente Médio - é uma organização não-governamental (ONG) que participa de mobilizações para variadas campanhas de opinião pela internet, com temas tão díspares quanto o aquecimento global, o conflito israelense-palestino e a guerra no Iraque. O diretor executivo da ONG é o canadense Ricken Patel. O site é hoje um dos mais importantes parceiros do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), rede de 44 entidades que lançou o projeto Ficha Limpa.

PV impede inscrição de 'fichas-sujas'

O PV foi a primeira agremiação a impedir - publicando no Diário Oficial da União e aumentando um parágrafo em seu estatuto - a filiação e candidatura dos chamados "fichas-sujas". Pela resolução não serão admitidos como candidatos do PV políticos condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de oito anos por crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública, por atos contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o meio ambiente, a saúde e contra a vida.  O texto da determinação impede ainda candidaturas de políticos com contas rejeitadas por irregularidade que configure ato de improbidade administrativa. "Quisemos mostrar à sociedade que estávamos antenados com a ideia do projeto Ficha Limpa. Os demais partidos têm dito que vão fazer o mesmo, mas por enquanto somente nós o fizemos e publicamos em nosso estatuto, a lei dos partidos", afirmou o integrante da direção nacional do PV, Marco Antonio Mroz.

Serra e Dilma criticam ações de sem-terra
Ao participarem ontem, em Uberaba, da Expozebu, a mais importante feira pecuária do País, os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) garantiram aos criadores de gado que são contrários às ações de ocupação de propriedades rurais por movimentos de sem-terra.
O vice-presidente José Alencar (PRB-MG), que participou do evento, chegou a assinar um documento que circulou na feira contra as invasões. "Fora da lei não há salvação", disse Alencar.

Vencedor, Pimentel acena para PMDB
O ex-prefeito Fernando Pimentel derrotou o ex-ministro Patrus Ananias na disputa pela indicação como pré-candidato do PT ao governo de Minas. O resultado facilita o acerto para que o partido ceda a cabeça de chapa ao senador Hélio Costa (PMDB) e garanta palanque único para a presidenciável petista Dilma Rousseff. Esse é o desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a exigência do PMDB para fechar o acordo nacional em torno da candidatura presidencial. A senha de que a renúncia de Pimentel em favor de Costa era questão de horas foi dada pelo próprio mineiro ao presidente da Câmara e do PMDB, deputado Michel Temer (SP).

Dilma lança ofensiva para conquistar o PP

Preocupada com a indefinição do PP, cortejado pelos tucanos, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, assume hoje as rédeas da ofensiva deflagrada pelos petistas para barrar o casamento do partido comandado pelo senador Francisco Dornelles com José Serra (PSDB).
Acompanhada pelo ministro das Cidades, Márcio Fortes - único representante do PP na Esplanada -, Dilma almoçará com Dornelles, hoje o nome mais cotado para vice na chapa tucana.

Brasil tem problemas de liberdade de imprensa
Em um mapa da entidade Repórteres Sem Fronteiras sobre a situação da liberdade de imprensa no mundo em 2010, dividindo 175 países em um espectro de cores que vai do branco (boa) ao preto (muito grave), o Brasil aparece coberto de laranja claro (com problemas sensíveis).
O desenho foi exibido ontem pelo presidente emérito do Grupo RBS, Jayme Sirotsky, no seminário Liberdade de Expressão, e mostra que, se o País não chega ao laranja escuro (difícil) de Venezuela e Equador e está muito distante do preto da Arábia Saudita, está longe da liberdade clara de Canadá, Austrália, Bélgica, países escandinavos e outros.

Protógenes nega ter vazado a Satiagraha

O delegado federal Protógenes Queiroz, mentor da Operação Satiagraha, afirmou ontem que não teve responsabilidade pela divulgação de informações sigilosas da investigação sobre supostos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo o banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity. "As provas conduzem para elementos de fora da operação", ele disse, na porta do Fórum Federal em São Paulo, sem citar nomes. Protógenes é réu em ação penal aberta pela 7.ª Vara Criminal Federal com base em denúncia da Procuradoria da República. Ele é acusado formalmente por vazamentos de informações e fraude processual, crimes que teria cometido na condução da Satiagraha que levou à condenação de Dantas a 10 anos de prisão por corrupção ativa - o banqueiro nega o crime.

Correio Braziliense
Acusações de Durval atingem PT e dois arrudistas
As denúncias do ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa não têm fim. Ele já prestou mais de 20 depoimentos ao Ministério Público e à Polícia Federal, mas toda vez que diz algo sobre o suposto esquema de corrupção instalado na capital do país provoca suspeitas de novos envolvidos na suposta distribuição de propina em troca de apoio ao governo de José Roberto Arruda. Na última quinta-feira, o colaborador da Operação Caixa de Pandora apontou mais dois deputados que seriam beneficiários de vantagens: Dr. Charles (PTB) e Batista das Cooperativas (PRP). E ainda mirou o PT. Disse, sem apontar nomes, que o partido também “tem os seus pecados” na ex-administração de Arruda.

Cobrança contra invasões de terra


Apontado pelo setor como um dos maiores eventos agropecuários do país, a abertura da ExpoZebu(1) 2010 se tornou palco para que os candidatos a presidente Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) tentassem atrair os votos do meio rural, visto hoje como a alavanca eleitoral e econômica. Na presença de Dilma, que conta com o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), José Olavo Borges Mendes, cobrou a aplicação da lei penal para os invasores de terras, uma política indigenista equilibrada e ainda um “código que não seja apenas florestal, mas ambiental”, abrangendo as cidades e ouras atividades econômicas.

O poder milionário do campo

O agronegócio quer mostrar na eleição de outubro o potencial de ser decisivo na escolha do futuro presidente da República. O setor que mobiliza cerca de 1,2 milhão de produtores rurais pretende usar suas cooperativas para doar até 2% do faturamento bruto para candidatos de todos os níveis — o movimento das cooperativas no geral, no ano passado, ficou em R$ 88 bilhões. A área agrícola representa 50% desse valor, ou seja, R$ 44 bilhões. Com isso, o total de doações pode chegar a R$ 880 milhões, mas o total ainda não está fechado porque depende da participação de cada produtor. Não é por menos que os pré-candidatos ao Palácio do Planalto Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) visitaram no intervalo de quatro dias as duas principais feiras de agropecuária do país: o Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), e a Expozebu, em Uberaba (MG). E nos dois locais fizeram discursos para agradar aos ouvidos dos ruralistas, condenando as invasões dos sem-terra.

Pimentel vence e quer conversar com o PMDB

O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel superou ontem o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias na disputa das prévias do PT de Minas Gerais. Teoricamente, com o resultado, caberia a Pimentel traçar o rumo que a legenda vai tomar na formação da chapa ao governo estadual na eleição de outubro, depois de meses de disputa com Patrus. Na prática, porém, o longo impasse petista será definido de uma maneira bastante amistosa. Apesar de ter conquistado as primárias, Pimentel não deve se colocar como candidato petista ao Palácio da Liberdade. Ao que tudo indica, o ex-prefeito vai seguir à risca a determinação da cúpula nacional petista e, principalmente, o desejo pessoal do presidente Lula e coligar com o PMDB para dar sustentação à candidatura da presidenciável Dilma Rousseff, com a construção de palanque único no segundo maior colégio eleitoral do país.

Ficha Limpa chega ao plenário

O projeto de lei que torna mais rígidas as regras para quem quer disputar as eleições — o chamado Ficha Limpa — chega hoje ao plenário da Câmara dos Deputados. O texto é de iniciativa popular e conta com a assinatura de cerca de 1,6 milhão de brasileiros. Para pressionar os parlamentares para a votação da matéria, a partir das 16h está prevista uma mobilização no gramado em frente ao Congresso Nacional, com baldes, vassouras e pás, um símbolo para a “limpeza” de corruptos e criminosos da política. Os defensores do Ficha Limpa querem evitar que o projeto fique parado na Câmara, onde chegou em setembro do ano passado. Desta vez a expectativa é maior porque foi aprovado o regime de urgência para a tramitação do projeto, o que significa que o texto pode ser discutido também em sessão extraordinária, evitando ficar parado por causa de medidas provisórias que trancam a pauta.

Com a corda no pescoço

Os 274 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes terão até 28 deste mês para lançarem na internet informações detalhadas sobre os gastos públicos. Sancionada em maio do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei da Transparência determina que União, estados, cidades e Distrito Federal tornem pública suas execuções orçamentárias e financeiras. A legislação fixou diferentes prazos, sendo que o primeiro vence no fim do mês. A data-limite têm tirado o sono de diversos prefeitos de cidades com população superior a 100 mil habitantes. Uma parte deles se mobilizou na semana passada, durante reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em Florianópolis, pelo adiamento do prazo. A prefeita de Valparaíso de Goiás, Leda Borges, foi uma das que reclamou do que chama de “curto período” para concluir o sistema. Os chefes municipais temem o elevado custo e a falta de equipe técnica para desenvolver o programa. 
Fonte: Congresso em Foco

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Homenagem a Luiz Gonzaga