Nos jornais: Lula avisa que não dará reajuste a servidores
Lula avisa que não vai dar reajuste
Em reunião ontem à noite com 15 ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que todos os órgãos do governo deixem claro que não haverá mais reajuste a servidores. "A reunião foi para dizer que ministro e dirigente de autarquia não é sindicalista e não tem que defender reivindicação de servidor. Não haverá reajuste em 2010", disse o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) depois da reunião. Além da greve de servidores do Ibama e de algumas universidades federais, os funcionários do Judiciário também ameaçam parar. Mais cedo, Paulo Bernardo afirmou haver um "surto" de votações de projetos que aumentam as despesas do governo pelo Congresso.
Governo pressiona por saída de Tuma Jr.
A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu investigar a conduta do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., levando o governo a pressioná-lo a deixar o cargo. Segundo a Folha apurou, o presidente Lula espera que Tuma Jr. peça ao menos uma licença até que o caso envolvendo seu nome seja esclarecido. Um auxiliar do presidente disse que a situação do secretário está ficando "difícil" e que o ideal seria ele deixar o governo por conta própria, evitando a saída mais traumática que seria sua demissão. Esse desfecho, segundo a equipe de Lula, será o mais provável caso Tuma Jr. não peça a licença.
Senadora leva o "marinês" à campanha
Depois de transformar a questão ambiental em tema obrigatório na campanha, a pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, tenta promover uma pequena revolução no vocabulário eleitoral. Em discursos e palestras pelo país, ela tem surpreendido ao recitar expressões estranhas ao dicionário político, como "problemas multicêntricos" e "desadaptação criativa". A senadora jura não inventar nada, mas reconhece ter dado um sentido particular a alguns verbetes. Um de seus hits é "transversalidade", criado no tempo de ministra do Meio Ambiente e adotado pelos assessores mais próximos.
Crítica de Serra ao BC expõe divergência com adversárias
Os três principais pré-candidatos à Presidência revelaram ontem divergências sobre o grau de autonomia que o Banco Central teria em seus governos. O tema veio à tona depois de uma declaração de José Serra (PSDB), que pela manhã defendeu que "o presidente da República tem que fazer sentir sua posição" se houver "erros calamitosos" na condução da política monetária do país. Apesar de o tucano ter declarado ser favorável à autonomia do BC, suas principais adversárias, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), aproveitaram a frase para tentar se contrapor ao tucano, defendendo a autonomia da instituição e sua atuação na crise mundial -que havia sido criticada por Serra.
Dilma agora renega discurso que já foi dela
Enquanto Dilma Rousseff esconde seu pensamento recente, José Serra revela o que estava evitando expressar até aqui. Assim poderíamos traduzir o que os dois principais pré-candidatos à Presidência disseram ontem sobre a autonomia do Banco Central. Em outras palavras, na busca de ressaltar diferenças entre as candidaturas, Dilma renega hoje um discurso que, durante seu período de governo, em tudo parecia com o que Serra externou ontem durante entrevista à rádio CBN. Nos bastidores do governo Lula, a então ministra da Casa Civil não poupava de críticas a política monetária do presidente do BC, Henrique Meirelles. Dependesse apenas dela, por sinal, Meirelles poderia estar fora do governo.
TSE limita investigação de doações ilegais
Sob novo comando, o Tribunal Superior Eleitoral tomou duas decisões nas últimas semanas que limitam a ação do Ministério Público contra doações ilegais na campanha. As medidas tomadas após a posse do ministro Ricardo Lewandowski na presidência abrem espaço para impunidade, afirmam procuradores eleitorais ouvidos pela Folha. "Vamos perder todas as ações e, consequentemente, a lisura do processo eleitoral vai ficar muito abalada", afirmou a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau.
Empresa que usou "laranjas" não será punida
As decisões do TSE deixarão impune o uso de "laranjas" como doadores. Empresas e pessoas que tenham doado além do limite legal também não serão punidas. Ficarão igualmente livres as que declararam faturamento zero ou baixo e mesmo assim contribuíram com campanhas. As ações envolvem grandes empresas e poderiam gerar multas de até R$ 400 milhões. As grandes empresas sempre negaram as irregularidades, mas casos julgados pelos Tribunais Regionais Eleitorais vão além dos grandes grupos empresariais.
SP e Rio são os piores gestores do Bolsa Família, diz governo
A gestão do Bolsa Família é pior nos Estados do Rio e de São Paulo por causa do fraco monitoramento das condicionalidades de saúde. É o que mostra um índice do Ministério do Desenvolvimento Social que avalia o desempenho dos gestores e premia os melhores com recursos adicionais.
O índice considera tanto a gestão dos municípios, principais executores do programa, quanto dos Estados, cuja função maior é de orientação e articulação das prefeituras. São consideradas informações sobre o cumprimento das condicionalidades de saúde e educação -como o cumprimento do calendário de vacinas ou a realização de exames pré-natais- e a atualização e cobertura do cadastro de famílias.
Comissão de Ética Pública abre investigação contra Tuma Júnior
Comissão de Ética Pública abre investigação contra Tuma Júnior
O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, terá de dar explicações oficiais à Presidência da República sobre seu envolvimento com a máfia chinesa em São Paulo. Ontem, a Comissão de Ética Pública abriu investigação formal sobre o caso. Foi estipulado um prazo de cinco dias para o secretário dar sua versão, por escrito, sobre as ligações com Li Kwok Kwen. Conhecido como Paulo Li, ele é apontado pela Polícia Federal como um dos chefes da máfia chinesa. Com esse movimento da Comissão de Ética, vinculada à Presidência, está aberto o caminho para Tuma Júnior sofrer um processo disciplinar dentro do governo. A comissão tem o poder, no fim da apuração, para recomendar as punições ao secretário, inclusive sua demissão do cargo.
PF vê gabinete como 'central de favores'
A mesma investigação da Polícia Federal que descobriu ligações estreitas do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, com o homem apontado como um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo revela em detalhes a maneira como ele e seus auxiliares mais próximos transformaram seus gabinetes em Brasília, a poucos metros de onde despacha o ministro da Justiça, numa central de solução de problemas de amigos, familiares, aliados e até de escritórios de advocacia com interesses no ministério. Os diálogos e documentos colhidos ao longo da investigação mostram Tuma Júnior e assessores usando a secretaria - e o prestígio dos cargos que ocupam - para, por exemplo, agilizar processos de naturalização de estrangeiros ilegais e obter na PF a emissão a jato de passaportes para atender pedidos que chegavam diariamente por telefone.
''Autonomia é inquestionável'', reage Dilma
A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse ontem no Rio que a relação do governo com o Banco Central deve ser marcada pela "serenidade" e considerou "importantíssima" a autonomia operacional da instituição. Ela defendeu a atuação do BC durante a crise econômica global. Foi uma resposta às críticas do tucano José Serra à instituição.n"Acho importantíssima a autonomia operacional que o Banco Central teve durante o governo do presidente Lula. As relações institucionais têm que se pautar pela maior tranquilidade possível. Sempre tivemos uma relação muito tranquila com o Banco Central, de pouca turbulência, pouca confusão", afirmou.
Ambiguidade é marca dos pré-candidatos
A ambiguidade parece ser a marca registrada das posições dos pré-candidatos em relação ao Banco Central. O BC, na verdade, ocupa uma posição curiosa no imaginário dos políticos e da maior parte da população. Por um lado, trata-se de um grupo de tecnocratas sisudos, dominado pelo mercado financeiro, e responsável direto pelas altíssimas taxas de juros nacionais. Obcecado com a inflação, o BC mostra-se frio e distante em relação ao drama do desemprego, e não pode ver crescimento sem pisar no freio. Por outro lado, o BC é responsável por manter a inflação em níveis civilizados há mais de uma década, garantindo o espetacular aumento recente do poder de compra dos mais pobres. Além disso, seria preciso muita má-fé para negar o prestígio e a confiança internacional trazidos pela atuação do BC brasileiro.
PSDB entra com nova ação contra PT
O PSDB tenta novamente suspender uma propaganda do PT. A inserção, de 30 segundos, está programada pela Justiça Eleitoral para ser veiculada hoje. Na sexta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar aos tucanos para que duas inserções petistas fossem retiradas do ar e substituídas. Os tucanos acusaram os petistas de terem feito "promoção pessoal" da presidenciável petista, Dilma Rousseff, e de terem apresentado a ex-ministra "como a pessoa mais apta a dar continuidade às ações do atual governo". O advogado eleitoral do PSDB, Afonso Ribeiro, explicou que devem ser usados argumentos semelhantes no novo pedido, que seria entregue até a noite de ontem, no máximo no início da manhã de hoje, ao TSE. "Iremos alegar que a inserção faz propaganda eleitoral antecipada."
PT e PSDB divergem sobre 'meritocracia'
Tema recorrente no discurso dos ex-governadores tucanos José Serra e Aécio Neves e invocada como a marca de gestão do PSDB, a meritocracia entrou no vocabulário do PT, ainda que o partido, por sua relação simbiótica com o sindicalismo, tenha mais dificuldade em transpor a resistência de corporações ao sistema de avaliação e promoção por mérito no serviço público. Sem alarde, o governo federal implantou por decreto, assinado dia 19 de março, a avaliação de desempenho entre servidores da União. Na semana passada, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu uma reforma administrativa "com meritocracia e profissionalismo". Nas diretrizes do PT para o programa de governo de Dilma é feita a defesa do "serviço público de qualidade, submetido a processos meritocráticos de seleção e promoção".
Política externa e Previdência São maiores diferenças
Os temas política externa e reforma previdenciária colocaram em lados opostos os presidentes do PSDB e do PT no debate de ontem, promovido pelo Estado. Sérgio Guerra e José Eduardo Dutra também mostraram posições convergentes, como nos elogios à política social do governo.
O tucano criticou o governo por não ter feito uma reforma na Previdência. Já o petista disse que as iniciativas nesse sentido acabam provocando a aposentadoria precoce dos que temem ser atingidos. Ele defendeu "ajustes pontuais" e ressaltou que não está nos planos do PT propor uma reforma no setor caso Dilma Rousseff vença as eleições. Para o tucano, o Brasil comete "desvios de conduta" ao não condenar o desrespeito aos direitos humanos em países como Cuba e Irã. Guerra também criticou a proximidade entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez.
Rivais também mostram muitas semelhanças
No encontro organizado pelo Estado, José Eduardo Dutra e Sérgio Guerra se esforçaram para expor as diferenças no ideário político e no estilo de agir entre PT e PSDB, os dois partidos mais influentes do País. Ao final de duas horas de debate, porém, era quase inevitável a sensação de que os dois são mais parecidos do que se supõe. Já na apresentação, o tucano e o petista se aproximaram ao lembrar sua presença na luta pela redemocratização. Os dois também manifestaram confiança na continuidade do amadurecimento democrático e declararam que são contrários ao radicalismo político. "O povo não é radical", disse o senador Guerra.
Comissão da Verdade vai ao Congresso
O governo federal já concluiu a redação do projeto de lei para a criação da Comissão da Verdade, destinada a apurar casos de violação de direitos humanos ocorridos no período da ditadura militar. Ele deve ser divulgado e enviado ao Congresso nos próximos dias. O texto está pronto desde a semana passada. Mas o governo decidiu segurar sua divulgação, com a intenção de fazê-lo simultaneamente à apresentação pública da nova redação do decreto presidencial que instituiu, em dezembro ano passado, o 3.º Programa Nacional de Direitos Humanos. Na época de sua apresentação, o programa sofreu críticas, provenientes de diferentes setores da sociedade. Pressionado, o governo decidiu recuar prometendo rever alguns dos pontos mais polêmicos do texto.
O Globo
Serra critica BC, Telebrás, Belo Monte, Mercosul...
Após um mês de pré-campanha em que dosava críticas com elogios ao governo Lula, o précandidato tucano à Presidência, José Serra, ontem deixou aflorar mais os ataques, indicando diversas mudanças que faria no governo, caso eleito. Em entrevista à rádio CBN, ele mostrou desconforto ao falar sobre se manteria ou não a autonomia do Banco Central e até foi ríspido com a colunista Míriam Leitão, da equipe de entrevistadores. Mais tarde, o notívago Serra tentou justificar dizendo que não podia estar de bom humor às 8h da manhã, hora da entrevista. Além do BC que não baixou os juros quando devia, na opinião dele , o tucano criticou o aparelhamento do Estado pelo PT; o processo de construção de Belo Monte; o Mercosul; e a Telebras, entre outros programas do governo. Ao mesmo tempo, destacou que respeitará a decisão do Congresso quanto ao aumento das aposentadorias acima do mínimo e disse que o presidente Lula reduziu o clima de terrorismo ao afirmar que nada de anormal acontecerá no país, independentemente de quem seja eleito.
Depois da polêmica, Serra fala em 'sintonia e diálogo' entre BC e Planalto
Em visita à Feira Internacional de Supermercadistas, na Zona Norte da capital, o pré-candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, buscou detalhar sua posição em relação à autonomia do Banco Central (BC) e à queda nas taxas de juros, explicitada mais cedo em entrevista à rádio CBN. Serra afirmou que é possível calibrar melhor as taxas de juros se houver mais sintonia e diálogo entre o Planalto e o BC. E, para ele, a sintonia é possível quando o presidente do BC é indicado pelo presidente da República, bem como a diretoria do banco.
Dilma e Marina rebatem críticas de tucano ao BC
A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu de imediato as críticas ao Banco Central (BC), feitas ontem de manhã por seu adversário, o précandidato presidencial do PSDB, José Serra. E, em seguida, refutou a afirmação de Serra de que a campanha dela se baseia em terrorismo eleitoral, por sugerir que quem votar nele estaria apoiando alguém que quer levar o país a um retrocesso. Dilma afirmou que o BC teve vários acertos nos últimos anos, em especial na condução da política monetária durante a crise internacional: Não vou deixar de reconhecer a quantidade de acertos que o BC teve no enfrentamento da crise. Na forma como liberou o crédito, inclusive quanto do financiamento de nossos exportadores, quando o mercado internacional de crédito teve aquele imenso choque disse ela, em entrevista no Rio.
Cabral leva prefeitos até Dilma, em almoço fechado
Acompanhada de dois ministros Márcio Fortes (Cidades) e Carlos Lupi (Trabalho) , a pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, reuniu-se ontem com 86 dos 92 prefeitos do Estado do Rio, incluindo os de oposição, como DEM e PSDB. No discurso, a petista prometeu compromisso e continuidade, mesmo admitindo ser inexperiente em disputas eleitorais. Dilma também criticou adversários, dizendo que o Brasil estava de joelhos diante dos credores no governo Fernando Henrique. O almoço foi numa churrascaria em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, para 400 convidados, entre prefeitos, deputados e vereadores. A maioria usou carros oficiais. A festa, que custou pelo menos R$ 24 mil, foi paga por PT e PMDB, e funcionou como demonstração de força política do governador Sérgio Cabral, pré-candidato à reeleição pelo PMDB. A imprensa não pôde acompanhar.
PT e PSDB prometem barrar fichas-sujas
Apesar de terem evitado o bate-boca, os presidentes do PT, José Eduardo Dutra, e do PSDB, Sérgio Guerra, trocaram provocações ao falar sobre as pré-candidaturas do tucano José Serra e da petista Dilma Rousseff, em debate promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo ontem. Dutra reclamou que a oposição tenta desqualificar Dilma. Guerra, por sua vez, disse que a ex-ministra não tem liderança para governar o país. Os presidentes das legendas só concordaram ao serem perguntados se seguiriam a posição do PV, que promete barrar os candidatos fichas-sujas da legenda na eleição deste ano. Os dois assumiram o compromisso de não permitir a candidatura de quem tiver condenação judicial por órgão colegiado em segunda instância, independentemente da aprovação do projeto que tramita no Congresso.
Em 5 anos, rombo de R$ 60 bi com aumentos
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, estimou ontem que a decisão da Câmara de reajustar em 7,7% as aposentadorias acima de um salário mínimo e acabar com o fator previdenciário terá, em cinco anos, um impacto de R$ 60 bilhões nas contas da Previdência. Ele criticou o surto de votações no Congresso Nacional de projetos que não têm sustentabilidade fiscal, citando outras demandas por reajuste em tramitação no Legislativo. E criticou também categorias do serviço público federal que entraram em greve mesmo tendo reajustes programados para julho, para tirar proveito do ano eleitoral. No caso dos aposentados, afirmou: Tivemos no Congresso um verdadeiro torneio para ver quem dava mais disse, na abertura do II Seminário Nacional de Orçamento Público. Se querem fazer essa bondade adicional, vamos estabelecer de onde vai sair o dinheiro para isso.
Marina: novo ministério é 'puxadinho'
A pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva (AC), criticou ontem em São Paulo, durante debate sobre segurança pública promovido pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), a proposta do ex-governador José Serra, pré-candidato do PSDB à presidência, de criar o Ministério da Segurança Pública na hipótese de ser eleito. Para ela, a criação do ministério exclusivo para a Segurança Pública seria um puxadinho ou um bolo sem cereja, pois não seria a solução para os problemas de violência do país, consequência de entraves enraizados na sociedade e que exigem uma reforma profunda do setor. Criar esse novo ministério é como fazer um puxadinho. Não vai resolver o problema da segurança pública. (...) A segurança no país exige uma reforma sistêmica, senão vamos criar instituições em cima de uma base que está deteriorada. Não basta colocar uma cereja, um ministério que seja, caso não tenha bolo criticou Marina.
Folga antecipada em nome da Copa
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), vai propor aos demais líderes partidários que o recesso branco dos deputados, comum em ano eleitoral, comece a partir de 10 de junho. O deputado alega que, com Copa do Mundo e as convenções partidárias para as eleições de outubro ao longo do mês de junho, será difícil segurar deputados em Brasília. Vaccarezza quer ainda fazer acordo para votar, antes de 10 de junho, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2011. O Congresso só entra em recesso, marcado para 18 de julho, após aprovada a LDO. Temos a Copa do Mundo. A partir do dia 10 ninguém fará com que os deputados venham aqui (ao Congresso). Vou tentar um acordo para votarmos a LDO até 10 de junho disse o líder.
FH diz que Lula indicou Dilma no 'dedaço
A indicação da exministra Dilma Rousseff como candidata à Presidência foi feita pelo presidente Lula com um dedaço, segundo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele fez a afirmação em uma entrevista descontraída com direito até a uma imitação do jeito de Lula falar dada ao programa É notícia, no domingo à noite, na RedeTV!. De alguma maneira, ele (Lula) ficou muito maior do que o PT e ele destruiu o PT. Ele escolheu a Dilma como? No dedaço disse FH, lembrando o modo como os políticos mexicanos do PRI (Partido Revolucionário Institucional) agiam na sucessão presidencial do país: É ou não é autoritário isso? (A escolha) Não passou pelo crivo de ninguém. Nem pelas conversas. O tucano também citou a inexperiência de Dilma em um papel de liderança.
Ministro pede a Tuma Jr. para se afastar
O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, sugeriu ontem ao secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, que peça um afastamento temporário do cargo, como solução para o impasse criado a partir das denúncias sobre suas ligações com o chinês Li Kwok Kwen, o Paulo Li, preso por contrabando. Tuma Júnior não aceitou a sugestão, alegando que não cometeu crime. Para ele, se desligar do ministério agora, em meio ao escândalo, seria uma punição antecipada e injusta. Diante da resistência do secretário, até ontem à noite a permanência de Tuma continuava indefinida. A questão deveria ser decidida em reunião à noite entre Barreto e o presidente Lula, em Brasília. A situação do secretário está cada vez mais complicada. A Corregedoria Geral da Polícia Federal determinou a abertura de um inquérito específico para apurar as supostas ligações de Tuma com Paulo Li.
Prefeitura do Rio deve R$ 5,5 bilhões ao Fundeb
A prefeitura do Rio recorre a um artifício contábil para descumprir a Constituição e gastar menos do que deveria com ensino público. A irregularidade, que já havia sido constatada pelo Ministério da Educação, foi condenada pela 18ª Vara da Justiça Federal do Rio, mês passado. Segundo cálculos do gabinete da vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB), só em 2009 a prefeitura deixou de investir R$ 510 milhões em educação. Desde 1998, a dívida alcança R$ 5,5 bilhões, em valores corrigidos pela inflação.
Correio Braziliense
Em clima de Copa, Câmara escala seleção de gazeteiros
Quando as seleções da África do Sul e do México entrarem em campo para o jogo inaugural da Copa do Mundo, em 11 de junho, a maioria dos trabalhadores não poderá acompanhar a partida. Afinal, será uma sexta-feira, às 11h. Mas os deputados federais devem ganhar folga a partir do dia 10 para conferir o principal torneio do futebol mundial. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), anunciou ontem que levará ao colégio de líderes a ideia de antecipar o recesso da Casa, que só teria início em 18 de julho, para a agenda de trabalhos legislativos não se chocarem com a Copa. “A partir do dia 10 não vai ter ninguém mais na Câmara, porque vai ter Copa”, aposta o líder. Segundo Vaccarezza, a proposta é correr para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2011 até a primeira semana de junho, para deixar os deputados livres até o primeiro turno das eleições, em 3 de outubro.
Ataque ao Ficha Limpa
O projeto do Ficha Limpa terá de vencer hoje as últimas trincheiras na Câmara dos Deputados antes de ser analisado pelo Senado. Os deputados devem votar, no início da noite, seis modificações que tornam mais branda a proposta de inelegibilidade para candidatos condenados pela Justiça. A principal barricada montada contra a aprovação do texto original do Ficha Limpa vem da bancada ruralista. Defensores do agronegócio dentro da Câmara dos Deputados querem retirar os crimes ambientais das hipóteses de inelegibilidade. Outras propostas, mais nocivas ao projeto, não têm a mesma força de sustentação entre os parlamentares, mas também serão apreciadas.
Aposentados cobram rapidez
Uma semana após o plenário aprovar o reajuste de 7,7% para aposentados que ganham mais de um salário mínimo e o fim do fator previdenciário, o controverso projeto de lei permanece parado na Câmara dos Deputados. Os aposentados reclamam que a demora do presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), em assinar a proposta para encaminhá-la ao Senado é uma manobra do governo para deixar correr o tempo e engavetar a votação, levando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a editar nova medida provisória. Se a proposta não for votada pelos senadores até 1º de junho, a MP vai caducar e a vitória dos aposentados na Câmara não será levada em conta.
PSDB renova carga para conquistar o PP
Reunidos em São Paulo ontem, os tucanos decidiram fazer uma nova investida sobre o PP nos estados. O alvo da vez é o Rio Grande do Sul, onde o partido do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) já esteve bem próximo de fechar o acordo com o PSDB, mas terminou recuando por causa da resistência tucana em fechar a coligação para deputado federal. A avaliação feita pelo PSDB é a de que a aliança está emperrada por conta de apenas um deputado federal, o que é muito pouco diante de um partido que pode atrair uma boa estrutura para auxiliar na campanha, tanto para o governo estadual quanto para a Presidência da República. Afinal, o staff do PP gaúcho inclui hoje cinco deputados federais, 150 prefeitos e 1.500 vereadores, números nada desprezíveis para quem concorrerá ao governo estadual e ao Planalto. Por isso, a ideia dos tucanos é tentar convencer o partido no Rio Grande do Sul a aceitar a proposta pepista.
Saída de ministros favorece PT
Somente três dos sete ministros titulares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já votaram contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-ministra Dilma Rousseff ou o PT em processos nos quais a oposição os acusa de propaganda eleitoral antecipada. Outros dois magistrados sempre rejeitaram as ações e os outros dois ainda não julgaram representações contra os petistas (veja quadro). Levantamento do Correio aponta que os julgamentos que resultaram nas punições de R$ 5 mil e R$ 10 mil a Lula, no começo de abril e fim de março, respectivamente, tiveram votos decisivos de três ministros que não fazem mais parte do quadro do TSE: Carlos Ayres Britto, Fernando Gonçalves e Felix Fischer encerraram seus mandatos no mês passado.
Tuma Júnior na frigideira
O governo espera que o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, peça licença do cargo até que sejam apuradas as denúncias de seu envolvimento com o empresário Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, acusado de chefiar a máfia chinesa em São Paulo. Ontem, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, esteve reunido na Presidência da República com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, para tratar da situação, e levou consigo dados de uma investigação da PF que aponta a relação de Tuma Júnior com Paulo Li. Na tarde de ontem, Barreto e Corrêa se reuniram com Gilberto Carvalho, secretário particular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No encontro, os dois apresentaram a Carvalho os documentos sobre as investigações da PF. No fim da tarde, o ministro da Justiça esteve pela primeira vez com Tuma Júnior, quando o secretário se explicou e disse que há uma condenação antecipada de seus atos.
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