segunda-feira, 10 de maio de 2010

Dilma terá palanque 'frágil' no Ceará


Nos jornais: MEC aponta desvio de R$ 1,2 bilhão da educação

O Globo
Dinheiro da educação é desviado 
O Ministério da Educação (MEC) constatou que 21 estados deixaram de aplicar R$ 1,2 bilhão em ensino básico no ano passado. O dinheiro deveria ter sido repassado ao Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica), principal mecanismo de financiamento da rede pública. Mas, numa espécie de sonegação contábil, acabou livre para custear outras atividades. O MEC já alertou os tribunais de contas dos estados e municípios, os ministérios públicos federal e estadual, os conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb e os respectivos governos estaduais. Convencido de que é preciso aumentar os investimentos em educação, o ministério quer evitar desvios nas verbas legalmente reservadas para o ensino. O balanço de contas foi publicado no Diário Oficial em 19 de abril. Ele mostra que o rombo pode ser ainda maior, totalizando R$ 2,1 bilhões, se forem contabilizados R$ 921 milhões que o governo do Distrito Federal deixou de injetar no Fundeb.

Investimento por aluno é insuficiente

O Fundeb vai garantir um investimento mínimo de R$ 1.414,85 por aluno de ensino fundamental da rede pública, em 2010. É o equivalente a R$ 117 por mês, valor considerado insuficiente para oferecer ensino de alta qualidade, segundo especialistas e o próprio Ministério da Educação (MEC). O gasto mínimo por aluno/ ano é calculado com base nas estimativas de receita do Fundeb para o ano. Inicialmente, o ministério havia projetado um valor ligeiramente maior: R$ 1.415,97. O resultado de um novo cálculo foi divulgado na sexta-feira pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE): o gasto mínimo por aluno caiu para R$ 1.414,85 (menos 0,1%).
Lula diz que não vê hipótese de derrota do PT

Em entrevista publicada na edição de ontem do jornal espanhol “El País”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não vê possibilidade de que o PT perca as eleições deste ano. Segundo ele, porém, qualquer um que seja vencedor não “fará nenhum disparate”.

— Ganhe quem ganhar, ninguém fará nenhum disparate. O povo quer seguir caminhando e não voltar para trás. Mas deixe-me dizer que não vejo a possibilidade de perdemos as eleições — afirmou Lula.
Questionado se uma possível vitória da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, não seria, na verdade, mérito dele próprio, o presidente afirmou não acreditar em lulismo”: — Sei que muita gente, para se justificar, diz que não gosta do PT, mas gosta do Lula. (...) Mas não creio que haja um lulismo como tal.

Pré-candidata almoça no Rio hoje

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, começa a semana em encontros com políticos do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, onde terá que enfrentar palanque duplo de aliados. Hoje, ela almoça no Rio, sob o patrocínio do governador Sérgio Cabral (PMDB) e do ex-prefeito de Nova Iguaçu Lindberg Farias (PT), com prefeitos da Baixada. Ouvirá as demandas e sugestões dos aliados na região. Será o primeiro evento de pré-campanha de Dilma com políticos locais. O encontro restrito na Baixada evitou um inconveniente: a prefeita de Campos, Rosinha Matheus, desafeta do governador, não comparecerá e, com isso, Dilma será poupada de uma saia justa.
PT desafia TSE e mantém Dilma na TV
A determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de liminar na sexta-feira à noite, de que o PT não poderia repetir na TV inserções publicitárias de promoção da pré-candidata Dilma Rousseff e de comparação do governo Lula com o anterior, não impediu o partido de repetir a dose na sábado. A oposição já prepara novas ações contra o PT e Dilma, pedindo que a candidata seja multada. Amanhã, o PT volta a veicular dois comerciais de 30 segundos cada, e o programa nacional de 30 minutos está previsto para ir ao ar dia 13, quintafeira. Amanhã à noite, o TSE julga se esse programa de quintafeira será mantido. Como as inserções consideradas ilegais já foram ao ar, e tendo em vista a reincidência do partido, a oposição aposta numa decisão do TSE favorável a uma ação impetrada pelo DEM e pelo PSDB. A ação é contra o programa do PT levado ao ar em dezembro, considerado ilegal pela oposição. Se o TSE concordar com a alegada ilegalidade, poderá suspender a veiculação do programa de terça-feira.

Serra homenageia mães com fotos da família no Twitter 
O ex-governador de São Paulo José Serra, pré-candidato à Presidência pelo PSDB, dedicou-se ontem, em São Paulo, ao Dia das Mães. Em sua página no Twitter, o tucano pôs fotos de sua mãe, Serafina, já falecida, com ele, aos 3 meses, no colo. Outra foto é de Serra, ainda no exílio, no Chile, com a filha, Verônica. Em uma terceira, ele dá um beijo em sua mulher, a chilena Mônica. “Um beijo carinhoso a todas as mães. E a minha mãe, em pensamento, com saudade e gratidão”, escreveu Serra. Ele explicou também que passaria o domingo sem agenda: — Domingo dedicado à minha mulher, mãe dos meus filhos, e à minha filha, mãe dos meus netos.

Especialistas: tom mais crítico do PSDB é estratégia

A subida no tom de críticas ao governo do presidente Lula, adotada sábado pela cúpula do PSDB no lançamento da candidatura de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo, foi interpretada por cientistas políticos e sociólogos como uma mudança estratégica do partido diante da sensação de que, por hora, a popularidade de Lula não vem sendo suficiente para compensar os erros da campanha da candidata Dilma Rousseff junto do eleitorado. Para eles, a mudança é real e pode se sustentar até as eleições, caso o quadro de alianças estaduais permaneça difuso e instável como o atual, ou seja, sem reproduzir, nos estados, alinhamentos a nível federal, como parece ocorrer neste momento entre, por exemplo, o PT e seus aliados PMDB e PP.

Partidos nanicos cobram taxas de candidatos

Na cartilha dos partidos nanicos, vencer nas urnas e representar a sociedade é apenas um detalhe. Para eles, o que importa é estar na disputa e aproveitar as oportunidades. Sendo assim, a cada ano eleitoral, as legendas lançam meios — alguns eticamente questionáveis e escandalosos — para atrair nomes e fontes de recursos. Um deles é cobrar “taxas de inscrição” para os candidatos: no PRP do Rio, por exemplo, quem quer entrar na disputa para deputado estadual ou federal tem que desembolsar cerca de R$ 2 mil. Nem todos os partidos pequenos — como PRTB, PHS, PSL, PTN e PTdoB — afirmam cobrar a mesma taxa ou valores acima de R$ 1 mil de seus candidatos, mas abrigam outras práticas comuns. Uma delas é oferecer aliança em troca de estrutura para suas campanhas, além de espaço no governo.

Procuradora diz que legislação não é clara

"É até imoral. Mas, do ponto de vista jurídico, não temos como coibir"
A procuradora eleitoral do Rio, Silvana Batini, explica que algumas práticas ocorrem por problemas na chamada lei dos partidos políticos (9096/95). Siglas como o PRP se valem da legislação pouco clara para, por exemplo, instituir a “taxa de inscrição”. No PRP, o valor pode chegar a R$ 7.650 — segundo o teto de 15 salários mínimos previsto no estatuto da legenda — se a vaga for para candidato a senador, e R$ 10.200 — 20 salários mínimos — para governador. A procuradora chama a cobrança de “imoral e antiética”, mas afirma que não é ilegal.

Novas denúncias complicam situação de Tuma Jr.

As novas denúncias de envolvimento com Li Kwok Kwen — preso como um dos chefes da máfia chinesa no Brasil e acusado de contrabando pelo Ministério Público Federal — complicaram a situação do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., dentro do governo. Depois que o presidente Lula disse, no sábado, que Tuma Jr. terá de ser punido “como qualquer brasileiro”, se as denúncias forem comprovadas, o Palácio do Planalto já admite que ele precisará dar explicações plausíveis se quiser se manter no cargo e estancar o estrago causado pelo escândalo. O governo avalia que a situação de Tuma Jr. piora à medida que são reveladas novas conversas interceptadas pela PF demonstrando a intimidade do secretário com Kwen. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse ontem que Tuma Jr. precisa dar mais explicações para afastar as dúvidas sobre sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Justiça.
— Se não tiver uma explicação plausível, não tem alternativa senão afastar o servidor. Neste caso, essa é uma decisão que deve ser avaliada pelo ministro da Justiça — afirmou.

OAB defende afastamento temporário 
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, defendeu o afastamento temporário do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., pelo tempo que durarem as investigações na PF de São Paulo. Em respeito à sociedade brasileira e para resguardar o Poder Executivo de acusações quanto à possível interferência nas investigações levadas a efeito pela PF, o recomendável seria o seu afastamento até que o inquérito seja encaminhado ao Ministério Público — disse Cavalcante. Tuma Jr. apareceu em conversas com Kwen, conhecido como Paulo Li, e com outro investigado, Fang Ze, supostamente tratando da liberação de material contrabandeado. A acusação é grave e precisa ser esclarecida por se tratar do secretário nacional de Justiça, função importante no Ministério da Justiça reforçou o presidente da OAB.
Folha de S. Paulo
"PF cometeu abusos na minha investigação", afirma Tuma Jr.

O secretário nacional do Ministério da Justiça, Romeu Tuma Jr., diz que a investigação da Polícia Federal que vinculou seu nome ao de um suposto integrante da máfia chinesa cometeu abusos. "Não da PF, mas de pessoas da PF. Fui investigado e chegou-se à conclusão que eu não deveria ser denunciado. O caso foi "arquivado", afirma. Na investigação, a PF diz que há suspeitas de que Tuma Jr. ajudou o chinês naturalizado brasileiro Paulo Li a regularizar a situação de imigrantes ilegais e interveio para liberar mercadoria apreendida. Li, que foi assessor de Tuma Jr. quando ele era deputado estadual, está preso desde setembro do ano passado. O secretário não foi acusado formalmente à época porque o Ministério Público entendeu que não havia provas contra ele. Em entrevista, Tuma Jr. diz que o caso foi encerrado no ano passado e voltou à tona por causa de seus ataques ao crime organizado. "O objetivo não é me investigar, é me desmoralizar".

Ação põe em risco hospital e centro de ciência

Uma sessão do Supremo Tribunal Federal colocará o PT e o PSDB do mesmo lado no calor do período pré-eleitoral. O tribunal julgará neste mês a Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.923, que questiona a legalidade da gestão pública no modelo de contratação de Organizações Sociais.
A Adin foi proposta pelo PDT e pelo próprio PT, quando se opunha a esse modelo no governo Fernando Henrique Cardoso. Se a ação for considerada procedente pelo STF, petistas e tucanos ficarão igualmente em apuros: várias instituições estaduais e federais, hoje administradas por OSs, terão de ser imediatamente "estatizadas".

Lula se define como "multi-ideológico"

Depois do "Lulinha, paz e amor", depois da "metamorfose ambulante", Luiz Inácio Lula da Silva achou uma nova e inédita maneira de auto-definir-se: "multi-ideológico". O novo rótulo apareceu em uma entrevista-reportagem feita por Juan Luis Cebrián, o principal executivo do grupo espanhol Prisa, cuja nau-capitânia é o jornal "El País". A conversa foi capa do caderno "Domingo". Nela, em vez de "multi-ideológico", Lula aparece pouco ou nada ideológico, como se vê na frase completa: "Um chefe de Estado não é uma pessoa, é uma instituição, não tem vontade própria todo santo dia, mas tem que levar a cabo os acordos que sejam possíveis. Aprendi isso no poder e creio que foi bom para o Brasil", afirma.
Criticado, horário "gratuito" custará R$ 850 mi
O chamado horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão custará aos cofres públicos -em isenções tributárias previstas em lei- quase R$ 900 milhões. E, para dois dos mais conhecidos marqueteiros do país, poderia ser extinto. Duda Mendonça e Antonio Lavareda afirmam que as inserções eleitorais (propagandas curtas) são importantes na campanha, mas os dois programas diários de 25 minutos cada um encarecem as disputas, têm efeito limitado e poderiam ser substituídos por debates temáticos entre os candidatos. "Programa eleitoral em bloco só serve para encarecer campanha. Não tem papel de persuasão. Eleitor não presta atenção e, quando presta, é pouco afetado", diz Lavareda, 76 campanhas no currículo. "Para ser persuadido, o eleitor não deve estar ciente de que está sob tentativa de convencimento."

Uso do "medo" deve marcar campanhas, avalia publicitário

O uso do medo -frequente nas campanhas eleitorais no país, desde a redemocratização- será uma das marcas da eleição presidencial deste ano, avalia o publicitário Antonio Lavareda, autor do livro "Emoções Ocultas e Estratégias Eleitorais", lançado no final do ano passado pela Objetiva. Medo da mudança  do que tem dado certo, tentará demarcar a campanha da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. Medo do despreparo e da inexperiência, replicará a do pré-candidato do PSDB, José Serra.
"A campanha de Dilma deve trabalhar sentimentos como o orgulho (em relação às conquistas do país), a compaixão (políticas de inclusão e distribuição de renda) e o entusiasmo", avalia Lavareda.
Grupos separatistas tentam subdividir Pará em três Estados

Segundo maior Estado do país em área, o Pará vê o crescimento de movimentos separatistas que querem reduzi-lo a menos de 20% de seu atual tamanho. A ideia é criar dois novos Estados: Tapajós no oeste e Carajás no sudeste paraense. De olho nas eleições, deputados das regiões separatistas se movimentam para aprovar ainda neste ano os projetos de plebiscitos sobre a divisão. Em abril, a Câmara dos Deputados deu regime de urgência para as duas propostas, que agora podem ser votadas a qualquer momento. Os projetos já passaram pelo Senado. Santarém é o centro de um movimento pró-Tapajós, que já tem até hino e bandeira. Na cidade, é comum locutores de rádio informarem "a hora do Tapajós", apesar de ela ser a mesma do resto do Pará. A Prefeitura de Rurópolis já está preparando uma placa de boas vindas ao Estado ainda inexistente.

Máquina pública é mais cara em novas unidades, diz estudo

O exemplo do Pará mostra que criar novos Estados no país cria máquinas públicas mais caras. Cálculos da Folha com base em um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que as máquinas de Tapajós e Carajás custariam mais em relação aos PIBs dessas regiões do que o atual Estado do Pará. Se passasse a existir, a estrutura oficial do Tapajós representaria 34,1% de seu PIB, enquanto Carajás custaria 18,6% das próprias riquezas. O atual Pará custa 17,2% de seu PIB.

Com deputado vilão, "Tropa de Elite 2" tem pedido para gravar na Câmara vetado

A Câmara dos Deputados barrou o capitão Nascimento e não permitiu a gravação de cenas do filme "Tropa de Elite 2" no plenário da Casa.
Segundo o diretor José Padilha, a produção do filme procurou a Câmara de dezembro a janeiro, mas jamais recebeu resposta oficial. "Disseram que foi Michel Temer quem barrou, a pedido da bancada do Rio. Eu preferi não acreditar." A assessoria de Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara, confirma que não foi dada autorização por decisão técnica-administrativa. Motivo: o plenário da Casa é destinado a sessões políticas.
O Estado de S. Paulo

Nanicos têm 27% do horário eleitoral e custam R$ 34 milhões para o País
Os 10 micropartidos que já lançaram pré-candidatos à Presidência vão ocupar 27% da propaganda eleitoral no rádio e na TV, apesar de sua escassa representatividade política ? somados, eles elegeram menos de 2% dos deputados federais em 2006. Graças à profusão de "nanicos", a eleição de 2010 deve ter 13 candidatos ? o maior número desde 1989. Seis deles integram partidos que não elegeram um único representante na Câmara dos Deputados: PCB, PRTB, PSDC, PCO, PSTU e PSL. O PV, apesar de ser pequeno, não se enquadra na categoria dos nanicos por conta da força eleitoral da candidata Marina Silva, terceira colocada nas pesquisas.
Dividida, extrema esquerda terá mais tempo que coligada

O PSOL, o PSTU e o PCB, três dos micropartidos que lançarão candidatos próprios à Presidência, terão, somados, 2 minutos no horário eleitoral. Se repetissem a coligação que os uniu há quatro anos, teriam apenas 51 segundos. As legendas, porém, negam que a pulverização das candidaturas no campo da extrema esquerda ? o PCO também lançará candidato ? seja uma forma de ganhar espaço na televisão. "Não houve nenhuma combinação. A divisão em vários candidatos pode até nos dar uma soma de tempo maior, mas não foi isso que nos motivou", disse Ivan Pinheiro, pré-candidato pelo PCB.

PMDB quer Lula longe do PT nos Estados rachados

O PMDB não quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de cabo eleitoral de adversários petistas nas eleições estaduais. É este temor que está por trás do adiamento da festa para anunciar a chapa presidencial de Dilma Rousseff (PT), com o PMDB do deputado Michel Temer na vice. Dilma até preparou jantar de homenagem ao vice na terça, mas em vez da confirmação da data de 15 de maio para comemorar a parceria , o encontro produziu o que um dirigente peemedebista batizou de "aliança da desconfiança". A tradução da falta de confiança entre os aliados é o adiamento duplo das convenções que o PMDB nacional e o PT mineiro fariam para celebrar acordos.

'Abusos estão mais engenhosos'


A vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau não tem dúvida de que está havendo abuso dos políticos em relação à legislação eleitoral. Na semana passada, apresentou parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sugerindo que seja retirado do ar o programa de TV que o PT apresentará no horário de propaganda partidária e que contará com falas da pré-candidata Dilma Rousseff. No seu parecer, ela pede que a peça não seja apresentada, avaliando que pode representar propaganda eleitoral fora de hora. Em entrevista ao Estado, ela afirma que tentativas de contornar as regras eleitorais estão acontecendo constantemente e admite que os métodos usados pelos políticos estão se tornando mais "engenhosos". "Está havendo e sempre houve esse tipo de abuso", diz. "A cada ano, os pré-candidatos se tornam mais engenhosos no uso da propaganda antecipada, em inaugurações, solenidades, uso de outdoors, da internet."

Na TV, humor torna pré-campanha palatável


Não é todo dia que alguém tem o descaramento de perguntar para Marina Silva quem é o político mais sexy do Brasil. Nem de sugerir que José Serra dance o rebolation, hit do verão passado. Nem de pedir para Dilma Rousseff fritar um ovo em rede nacional. Mas os programas de humor e os populares têm. Atrações como CQC, Pânico na TV e Superpop acabam tendo um papel não só de deixar a corrida eleitoral mais leve - ou constrangedora, por vezes -, mas de atrair um público que talvez não se interesse tanto pelo assunto.  "Ouço jovens dizendo que não queriam mais saber de política e voltaram a ler jornal depois de ver denúncias ou piadas no CQC", diz Marcelo Tas, apresentador do programa. "O humor desperta consciência crítica."

Dilma terá palanque 'frágil' no Ceará

No Ceará, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, subirá no palanque do governador e candidato à reeleição, Cid Gomes (PSB). Mas o apoio à petista no Estado deve ser tímido. Apesar de magoado com a forma com que o irmão, deputado Ciro Gomes, foi tirado da disputa presidencial, assessores próximos a Cid dizem que ele vai seguir a orientação do PSB nacional e pedir votos para Dilma, porém, sem empolgação. Cid não fala sobre o assunto até o próximo dia 17, quando o PSB deve oficializar a aliança com o PT. Por enquanto, o governador ganha tempo não apoiando ninguém e tenta costurar o mesmo arco de alianças com 21 partidos que o elegeu.

Tasso tenta atrair eleitores de Ciro para PSDB
O Ceará deve ser o único Estado do Nordeste em que o presidenciável do PSDB, José Serra, não terá palanque de governador. Caberá ao senador tucano Tasso Jereissati, candidato à reeleição, pedir voto ao paulista. Com o deputado Ciro Gomes eliminado da disputa presidencial, Tasso está à vontade para fazer campanha para Serra. A estratégia do tucano é fazer com que os votos do seu afilhado no Estado não migrem para Dilma.

Serra programa nova ofensiva no Nordeste


O candidato do PSDB a presidente, José Serra, deve cumprir um circuito nordestino na próxima semana, com o objetivo de reduzir a vantagem da adversária petista Dilma Rousseff na região. O roteiro completo ainda não está fechado, mas o tucano já confirmou que visita o Ceará no dia 17.
A escolha do Estado para ser a primeira parada não é por acaso. O tucanato quer começar o giro no rastro dos tropeços da candidata do PT.
Depois da passagem de Dilma pelo território cearense há cerca de um mês ? sem comunicado prévio ao governador Cid Gomes (PSB) e em meio à operação do Palácio do Planalto para desmontar a candidatura presidencial do deputado Ciro Gomes (PSB-SP) ? , a ideia é aproveitar o clima de solidariedade aos irmãos que sempre atuaram em parceria com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) no Estado.

Lula: 'Ninguém fará nenhum disparate'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em entrevista publicada ontem pelo jornal espanhol El País, que não vê possibilidade de o PT perder a disputa presidencial neste ano. Lula pondera, entretanto, que, independentemente do vencedor, não haverá absurdos no comando do Brasil. "Ganhe quem ganhar, ninguém fará nenhum disparate. O povo quer seguir em frente e não voltar atrás. Mas deixe-me dizer que não vejo a possibilidade de perdermos as eleições" afirmou. O El País destacou a franqueza de Lula e disse que, por estar "em campanha eleitoral", aproveitou para "fazer propaganda de seu partido".

Correio Braziliense

Brasil exporta bombas para países em guerra
No fim de 2008 e no primeiro semestre do ano passado, as Forças Armadas do Sri Lanka realizaram a ofensiva final e mais sangrenta contra os separatistas tâmeis do Norte do país, produzindo o que organizações internacionais consideraram uma das maiores crises humanitárias de 2009. Por conta do ataque, o governo do Sri Lanka foi acusado pela Organização das Nações Unidas (ONU) de cometer crime de guerra e violar direitos humanos. “Os aviões chegavam jogando bombas, e nós corríamos para os abrigos”, conta Karmenkam Thaviththra, uma adolescente franzina e tímida, de 14 anos, que morava em Kilinochchi, cidade semidestruída pelos bombardeios, e hoje vive em um acampamento para refugiados. “A gente caminhava entre os corpos, alguns sem mãos, outros sem cabeça.” O Brasil contribuiu para a tragédia. Em janeiro do ano passado, 116 toneladas de bombas brasileiras foram vendidas para a Força Aérea do Sri Lanka.

Ficou para depois

Os números gigantescos anunciados a cada balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não mostram os atrasos em obras que somam mais de R$ 100 bilhões. Os valores de investimentos e os prazos para conclusão previstos no primeiro balanço, no início de 2007, foram sendo revistos ao longo dos anos. No balanço de três anos do programa, aparecem apenas os valores finais e os novos prazos. Levantamento feito pelo Correio mostra três tipos de atrasos em 100 grandes obras investigadas. Num primeiro grupo, estão as obras que seriam entregues até o fim deste ano, quando acaba o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Orçadas num total de R$ 67 bilhões, serão concluídas no próximo governo. São obras de saneamento, habitação, aeroportos, metrôs, rodovias, ferrovias.

Catadores esperam casas

Gilson Barbosa, 34 anos, pai de oito filhos, revira o lixo catando materiais que podem ser reaproveitados. O sol está forte na manhã de quinta-feira. O calor acentua o cheiro de podre que exala do lixão da Vila Estrutural. Ele senta para descansar numa das cadeiras de um boteco montado sobre a montanha de lixo. E fala das casas populares que estão em construção perto dali. “Já tem tempo que a gente espera”, lamenta. Não dá para construir uma casa com a própria renda. “Dá para tirar um salário, no máximo”, diz. Ele trabalha no local desde os 14 anos. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prometeu atender 9,4 mil famílias da vila até o fim deste ano, num projeto de reassentamento de população em área de lixões, mas havia construído apenas 339 casas até o final de 2009. Só 69 foram entregues.

Lula diz não ver chance de derrota
Usando uma metáfora futebolística, tão comum nos discursos de Luíz Inácio Lula da Silva, o presidente da República parece um daqueles jogadores que entram na reta final de um campeonato com excesso de confiança. Comportamento perigoso, responsável por algumas das grandes decepções do esporte bretão. Em entrevista ao jornal espanhol El País(1), publicada ontem, Lula se gabou de ter feito um governo com muitas alegrias para a população e disse que “nunca antes na história desse país, aconteceram coisas tão importantes” como na gestão do petista. A declaração mais polêmica, no entanto, foi dada quando questionado sobre a corrida presidencial: “Deixe-me dizer que não vejo a possibilidade de perdermos as eleições”.

Sobrou para os “mordomos”

A culpa do mordomo sempre foi um final previsível para filmes policialescos de Hollywood, mas, no Brasil, essa máxima chega à Justiça, que tem conseguido punir apenas intermediários de organizações criminosas, a maioria responsável pelo desvio de dinheiro dos cofres públicos. Os exemplos se multiplicam e é possível detectar o tratamento diferenciado em relação aos réus num mesmo processo, como aconteceu com o diretor do cartório da 12ª Vara da Justiça Federal de Minas, Anibal Brasileiro, demitido a bem do serviço público, sob a acusação de participar de um grupo especializado na venda de sentenças, identificado a partir da Operação Pasárgada, em abril de 2008. Funcionário subalterno, Aníbal está na rua. Já o juiz Welinton Militão, um dos cabeças da organização, de acordo com as investigações, trabalha normalmente e sofreu, até agora, apenas um pena de censura, aplicada em novembro passado, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Fonte: Congresso em Foco

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Homenagem a Luiz Gonzaga