quinta-feira, 6 de maio de 2010

Jennifer Marion Nadja Kloker

Concerto na Itália em memória de Jennifer

Assassinada com três tiros, diante do filho de dois anos, às margens de uma rodovia em São Lourenço da Mata, vítima da armação criminosa da própria família.

Valor arrecadado será doado ao filho da alemã, que está morando com a tia, Roberta. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press 26-3-10
Assim foi encerrada a vida da alemã Jennifer Marion Nadja Kloker, 22 anos. Quase três meses após sua morte, ocorrida no dia 16 de fevereiro, os amigos de Jenny, como era chamada, querem quebrar o ritmo de crueldade dessa história por meio da música. Um concerto está sendo organizado em memória de Jennifer na cidade onde ela morava, Coriano, na Itália. A apresentação será no dia 14 de maio, às 21h, no Teatro Corte.

O concerto foi a forma encontrada pelos amigos de Jennifer para desejar, de uma forma simples e sublime, votos de descanso eterno à alma da alemã. No teatro, o público sensibilizado com a trágica morte da jovem e simpatizantes da música clássica poderão ver o Conjunto Il Vero Modo, com apresentação do tenor Giovanni Cantarini, que será acompanhado por Sven Schwannberger, no bandolim. Será uma noite para lembrar Jennifer e o sofrimento de mulheres que, do mesmo modo, tiveram sonhos e planos de vida interrompidos pela crueldade humana. Uma série de madrigais e odes que têm como tema a mulher, apresentada por meio da sua beleza e sua capacidade de amar, será executada.

No convite enviado aos membros da comunidade Justiça para Jennifer Kloker, na rede de relacionamentos Facebook, os organizadores do evento detalham que a mulher em questão "conhece o sofrimento de se encontrar num certo ponto da sua vida diante de um malvado rosto que lhe tolhe toda a esperança, os momentos felizes, os presentes que a vida lhe pode oferecer". A proposta é relevar "o drama da morte física" e vislumbrar um outro plano, no qual Jennifer estaria celebrando um novo momento de "glória e esplendor".

Além da homenagem póstuma, o concerto terá a função social de arrecadar recursos para o filho da alemã, hoje com três anos, que voltou para a Itália com a tia Roberta Freire, já que seu pai, Pablo Tonelli, 22 anos, está preso como suspeito de ter participado do assassinato da turista. Segundo informações dos membros da comunidade, o menino está retomando sua rotina na Itália aos poucos. Em abril, os amigos de Jennifer conseguiram juntar cerca de 850 euros num jantar beneficente, dinheiro que servirá para cobrir os custos do garoto na Itália, como escola e acompanhamento psicológico.

Cinzas - A burocracia tem adiado a realização do desejo dos amigos de Jennifer Kloker de que a alemã descanse em paz. Até o final da noite de ontem, um dia após o corpo ter sido cremado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, a urna com as cinzas da jovem ainda não havia sido entregue ao Consulado da Alemanha. Funcionários da Casa Batista, funerária contratada pelo consulado, passaram o dia providenciando a documentação necessária para que os restos mortais sejam trasladados para a Europa, onde serão encaminhados à família na Alemanha. O corpo de Jennifer ficou congelado no Instituto de Medicina Legal, em Santo Amaro, por mais de dois meses, à espera de uma autorização judicial para ser liberado. Com a notícia da cremação, a cunhada de Jennifer, Roberta Freire, já solicitou à paróquia de Coriano a celebração de uma missa em memória à alemã.

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