Vídeos mostram deputados recebendo dinheiro vivo no Distrito Federal
29/11 - 21:56 , atualizada às 09:06 30/11 - Matheus Leitão, Erica Klingl e Fred Raposo, iG
BRASÍLIA - Vídeos obtidos em primeira mão pela reportagem do iG revelam que deputados distritais, entre eles o presidente da Câmara Distrital, Leonardo Prudente (DEM), recebiam dinheiro vivo do esquema de propina montado no governo do Distrito Federal. A imagem mais impressionante é do próprio Prudente, que guarda maços de dinheiro na meia.
O iG teve acesso às imagens em primeira mão, entrou em contato com os parlamentares, mas não obteve resposta.
Veja abaixo quem eram esses deputados e as respectivas quantias que cada um deles receberia, de acordo com depoimento do ex-secretário Durval Barbosa no inquérito da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.
Leonardo Prudente (DEM) - presidente da Câmara Legislativa
O presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), recebia todos os meses R$ 50 mil de acordo com o inquérito. No vídeo ele guardaria o dinheiro nas meias e nos bolsos do paletó. As imagens são de 2006. Além disso, a investigação da Polícia Federal, aponta para outras influências do deputado do Democratas. Ele teria forte influência no DETRAN do DF com parentes em cargos estratégicos para desviar recursos públicos. O inquérito da PF também fala que o presidente da Câmara era “dono” de parte do contrato de coleta de lixo.
Eurides Brito (PMDB) - líder do governo na Câmara Legislativa
O deputado Rubens César Brunelli Júnior, do PSC, também recebia R$ 30 mil todos os meses. Atualmente, é corregedor da Câmara. Foi eleito com 23 mil, pela segunda vez para a Câmara Legislativa. Na primeira eleição, só teve 7mil votos. Antes de ser corregedor, foi três vezes presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor. Foi eleito para integrar a Mesa Diretora da Câmara Legislativa, exercendo a função de Segundo Secretário para 2007/2008. Atualmente é o corregedor da Câmara, eleito para o biênio 2009-2010.
Odilon Aires (PMDB) - Ex-deputado distrital
Ex-deputado e atual presidente do Instituto de Atendimento à Saúde do Servidor do DF (Inas), Odilon Aires recebia R$ 30 mil por mês segundo o inquérito. Atualmente, ele está no governo do Distrito Federal gerindo um orçamento de R$ 138 milhões, dinheiro necessário para pagar o plano de saúde de mais de 100 mil funcionários do GDF e seus parentes.
Marcelo Carvalho - o amigo de Paulo Otávio
Braço direito do vice-governador Paulo Otávio, o empresário Marcelo Carvalho era apontado como responsável por pagamento de suposta propina em esquema de corrupção do governo do Distrito Federal. As informações estão no inquérito da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Segundo as investigações da PF, a "equipe de Paulo Octávio" recebia 30% do dinheiro arrecadado de empresas de informática que se beneficiariam com a aprovação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) do DF. Carvalho foi um dos responsáveis pelo pagamento dos deputados distritais da base do governo para aprovar o novo PDOT, segundo o inquérito. O vídeo, no entanto, não é conclusivo. Em nenhum momento Carvalho recebe dinheiro, apesar da Polícia Federal apontar que Marcelo era integrante do esquema. O iG entrou em contato com o grupo Paulo Octavio, mas não obteve retorno.
No inquérito da Polícia Federal, o sub-secretário de Justiça e Cidadania Luiz França aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa, o delator da operação Caixa de Pandora. "Aparece recebendo dinheiro do declarante a mando do governado em razão de ser gestor dos contratos (dos programas de governo) Na hora fixo e Na hora móvel", cita a investigação.
De acordo com o inquérito da operação Caixa de Pandora, José Luiz Vieira Naves era secretário de Planejamento do governo da ex-governadora Maria Lourdes Abadia (PSDB) na mesma época que o José Roberto Arruda concorria ao governo. A investigação da Polícia Federal aponta para duas ocasiões onde Naves recebeu recursos. "O candidato valia-se da influência com Naves para executar contratos", cita o documento. Por causa de Naves, Arruda prometeu às empresas de informática que não haveria fatura mensal menor que R$ 5 milhões assim que assumisse o governo. "Naves facilitava a liberação do dinheiro do orçamento."
João Luiz - subsecretário de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde
De acordo com o inquérito da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, o médico João Luiz, que hoje é subsecretário de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde do DF, recebeU R$ 20 mil referente à contratação da Unirepro, empresa de software de impressão, reprografia e gráfica. “Que os valores eram para o próprio João Luiz”, cita a investigação da PF.
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Leonardo Prudente (DEM) - presidente da Câmara Legislativa
O presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), recebia todos os meses R$ 50 mil de acordo com o inquérito. No vídeo ele guardaria o dinheiro nas meias e nos bolsos do paletó. As imagens são de 2006. Além disso, a investigação da Polícia Federal, aponta para outras influências do deputado do Democratas. Ele teria forte influência no DETRAN do DF com parentes em cargos estratégicos para desviar recursos públicos. O inquérito da PF também fala que o presidente da Câmara era “dono” de parte do contrato de coleta de lixo.
Eurides Brito (PMDB) - líder do governo na Câmara Legislativa
A líder do governo na Câmara Legislativa, Eurides Brito, recebia todos os meses R$ 30 mil. Ela teve o gabinete vasculhado na última sexta-feira durante a operação Caixa de Pandora. Primeira suplente do PMDB, ela tomou posse como deputada em agosto de 2007 a partir da renúncia do ex-deputado Pedro Passos. Anteriormente, Eurides foi depuatada em duas legislaturas (1999 a 2006).
Júnior Brunelli (PSC) - R$ 30 mil
Júnior Brunelli (PSC) - R$ 30 mil
O deputado Rubens César Brunelli Júnior, do PSC, também recebia R$ 30 mil todos os meses. Atualmente, é corregedor da Câmara. Foi eleito com 23 mil, pela segunda vez para a Câmara Legislativa. Na primeira eleição, só teve 7mil votos. Antes de ser corregedor, foi três vezes presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor. Foi eleito para integrar a Mesa Diretora da Câmara Legislativa, exercendo a função de Segundo Secretário para 2007/2008. Atualmente é o corregedor da Câmara, eleito para o biênio 2009-2010.
Odilon Aires (PMDB) - Ex-deputado distrital
Ex-deputado e atual presidente do Instituto de Atendimento à Saúde do Servidor do DF (Inas), Odilon Aires recebia R$ 30 mil por mês segundo o inquérito. Atualmente, ele está no governo do Distrito Federal gerindo um orçamento de R$ 138 milhões, dinheiro necessário para pagar o plano de saúde de mais de 100 mil funcionários do GDF e seus parentes.
Marcelo Carvalho - o amigo de Paulo Otávio
Braço direito do vice-governador Paulo Otávio, o empresário Marcelo Carvalho era apontado como responsável por pagamento de suposta propina em esquema de corrupção do governo do Distrito Federal. As informações estão no inquérito da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Segundo as investigações da PF, a "equipe de Paulo Octávio" recebia 30% do dinheiro arrecadado de empresas de informática que se beneficiariam com a aprovação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) do DF. Carvalho foi um dos responsáveis pelo pagamento dos deputados distritais da base do governo para aprovar o novo PDOT, segundo o inquérito. O vídeo, no entanto, não é conclusivo. Em nenhum momento Carvalho recebe dinheiro, apesar da Polícia Federal apontar que Marcelo era integrante do esquema. O iG entrou em contato com o grupo Paulo Octavio, mas não obteve retorno.
Luiz França - sub-secretário de Justiça e Cidadania
No inquérito da Polícia Federal, o sub-secretário de Justiça e Cidadania Luiz França aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa, o delator da operação Caixa de Pandora. "Aparece recebendo dinheiro do declarante a mando do governado em razão de ser gestor dos contratos (dos programas de governo) Na hora fixo e Na hora móvel", cita a investigação.
José Luiz Naves - ex-secretário de Planejamento do DF
João Luiz - subsecretário de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde
De acordo com o inquérito da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, o médico João Luiz, que hoje é subsecretário de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde do DF, recebeU R$ 20 mil referente à contratação da Unirepro, empresa de software de impressão, reprografia e gráfica. “Que os valores eram para o próprio João Luiz”, cita a investigação da PF.
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