Presidente do Irã evitou repetir declarações polêmicas que fez recentemente contra a liberdade sexual e religiosa e reconheceu o massacre que matou milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.
Rodolfo Stuckert
Temer, Sarney e Ahmadinejad (C) na entrada do Congresso.
Segundo ele, não houve solução até hoje para a questão palestina porque as propostas de paz formuladas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para a região não são baseadas na justiça. Por isso, Ahmadinejad informou que apoia a escolha do Brasil como membro permanente do Conselho.
Mediador internacional
O presidente da Câmara, Michel Temer, disse esperar que o encontro com o presidente do Irã resulte na atuação do Brasil como mediador internacional. Temer viu com naturalidade os protestos que marcaram a visita de Ahmadinejad. “De qualquer maneira, ele é presidente de um país, não há como deixar de recebê-lo. Podem haver observações críticas, mas não há como deixar de cumprir o protocolo”, afirmou.
Para o presidente do Senado, José Sarney, o mais importante da visita foi a oportunidade que ele e o presidente da Câmara, Michel Temer, tiveram de reafirmar o compromisso do Brasil com a paz entre os povos e a tolerância com as diferenças. “Tivemos oportunidade de dizer tudo aquilo que nós pensamos sobre democracia, sobre liberdade religiosa, práticas que no Brasil são permanentes”, afirmou Sarney.
O presidente do Senado ainda lembrou que, no encontro, ele e Temer também reafirmaram que são contrários à proliferação nuclear e manifestaram o desejo que a paz volte ao Oriente Médio. “Nós também manifestamos nossa discordância quanto à afirmação de que não houve Holocausto em relação ao povo judeu.”
Reportagem – Alexandre Pôrto/Rádio Câmara
Edição – Paulo Cesar Santos
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