Por Regina Xeyla - Agência Sebrae de Notícias
As microfinanças na América Latina estão se desenvolvendo de forma muito rápida. Entre os vários produtos que compõem o setor, o microcrédito é o que tem mais crescido. A constatação é do gestor de investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Sergio Navajas.
O gestor foi um dos palestrantes do I Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira, que teve início nesta segunda-feira (16) e prossegue até o dia 18 de novembro em Salvador (BA). Segundo estudo apresentado por ele, o Brasil está no 14ª lugar numa lista de 55 países que tem se destacado nas microfinanças.
A informação dada por Sergio consta na terceira edição do relatório Microscópio Global sobre o Ambiente de Negócios para as Microfinanças. Trata-se de estudo piloto elaborado pela Economist Intelligence Unit (EIU), com apoio técnico e financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Corporación Andina de Fomento (CAF), que traz informações sobre o universo de negócios do setor das microfinanças em 55 países no mundo.
Publicado em outubro de 2008, o relatório apresenta análise das características das microfinanças em países da América Latina e do Caribe. O resultado do levantamento permite a comparação entre países e regiões com base em 13 indicadores que se subdividem em três categorias: Marco Regulatório, Clima de Inversão e Desenvolvimento Institucional.
Dos primeiros países do ranking, seis são da América Latina e Caribe. Peru, Bolívia e Filipinas encabeçam o índice Global de Microfinanças, com pontuação de 73.8, 71.7 e 68.4, respectivamente, de uma máxima de 100 pontos. Entre os países da Ásia estão Filipinas e Índia. Na África, os países em destaque são Gana e Uganda. Os últimos lugares ficaram com Vietnam, na 54ª posição, seguido da Tailândia, na 55ª posição.
O Brasil ocupa a 14ª lugar (nota 41.6) no ranking geral, obtendo a nota 43.8 (13 posição) para a categoria estrutura regulatória, 53.7 (7ª posição) para ambiente de investimento e 33.3 (11ª posição) para desenvolvimento institucional. O Brasil ficou a frente de países como Argentina, na 43ª posição, com 30.8 pontos, Uruguai, na 50ª posição, com 28.4 pontos, e Venezuela, no 51º lugar, com 24.1 pontos
De acordo com Sergio Navajas, nos países que ocupam os primeiros lugares do índice competem uma série de características. “Em primeiro lugar, seus governos buscam fomentar o desenvolvimento do mercado mediante políticas favoráveis às atividades de microfinanças”, disse. Ao fazer uma macroanálise, ele conclui que as microfinanças tem se desenvolvido bem ao longo dos anos. O destaque está para o microcrédito. "Ha muitos instrumentos de microfinanças. O microcrédito é o mais desenvolvido no Brasil e no mundo".
Em 2001, o valor estimado para o setor era de US$ 1 milhão. Em 2009, esse recurso saltou para US$ 11 bilhões. “O crescimento é evidente nas instituições que trabalham de forma regulada, aquelas que trabalham sob a supervisão do Banco Central”, afirma. As instituições de microcrédito são oriundas de ONGs, que passaram a ser reguladas pelo Banco Central e ganharam força de instituição financeira.
Ao explicar as transformações pelas quais as instituições de microcrédito têm passado, o especialista do BID destaca a questão das fontes de recursos. Segundo ele, há alguns anos, os recursos que abasteciam as operadoras de microcrédito vinham em sua maioria de instituições internacionais. Hoje a realidade é outra. Os recursos são formados por fontes locais.
Ao relembrar os efeitos da crise financeira internacional, Sergio Navajas citou dados levantados em 51 instituições de microcrédito atendidas por programas do BID. Sergio explica que houve queda no crescimento que vinha ocorrendo no setor de 40% para 25% em junho de 2009. "Estamos avançando, mas ainda há muito o que ser feito. Esperamos que outros mecanismos sejam desenvolvidos à exemplo das microfinanças", afirma.
Fórum
Depois das palestras no fórum são formados grupos de discussão. Ao todo estão programados oito grupos de discussão por dia. O evento será dividido em dois momentos: nos dias 16 e 17 o tema central é Articulando a Indústria das Microfinanças; no dia 18 o assunto em pauta é Moedas Sociais Bancos Comunitários e Outras Iniciativas.
No dia 17, Carlos Alberto dos Santos, diretor do Sebrae, ministra a palestra Inclusão Financeira e as Microfinanças: desafios e oportunidades com o Empreendedor Individual. “O avanço representado pela figura do Empreendedor Indvidual abre janelas de oportunidades sem precedentes para o processo da formalização da economia e que precisa ser amparado por políticas consistentes de acesso à capacitação e a serviços financeiros, entre outros”, adianta.
Fonte: http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?cod=9170328&canal=210
O gestor foi um dos palestrantes do I Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira, que teve início nesta segunda-feira (16) e prossegue até o dia 18 de novembro em Salvador (BA). Segundo estudo apresentado por ele, o Brasil está no 14ª lugar numa lista de 55 países que tem se destacado nas microfinanças.
A informação dada por Sergio consta na terceira edição do relatório Microscópio Global sobre o Ambiente de Negócios para as Microfinanças. Trata-se de estudo piloto elaborado pela Economist Intelligence Unit (EIU), com apoio técnico e financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Corporación Andina de Fomento (CAF), que traz informações sobre o universo de negócios do setor das microfinanças em 55 países no mundo.
Publicado em outubro de 2008, o relatório apresenta análise das características das microfinanças em países da América Latina e do Caribe. O resultado do levantamento permite a comparação entre países e regiões com base em 13 indicadores que se subdividem em três categorias: Marco Regulatório, Clima de Inversão e Desenvolvimento Institucional.
Dos primeiros países do ranking, seis são da América Latina e Caribe. Peru, Bolívia e Filipinas encabeçam o índice Global de Microfinanças, com pontuação de 73.8, 71.7 e 68.4, respectivamente, de uma máxima de 100 pontos. Entre os países da Ásia estão Filipinas e Índia. Na África, os países em destaque são Gana e Uganda. Os últimos lugares ficaram com Vietnam, na 54ª posição, seguido da Tailândia, na 55ª posição.
O Brasil ocupa a 14ª lugar (nota 41.6) no ranking geral, obtendo a nota 43.8 (13 posição) para a categoria estrutura regulatória, 53.7 (7ª posição) para ambiente de investimento e 33.3 (11ª posição) para desenvolvimento institucional. O Brasil ficou a frente de países como Argentina, na 43ª posição, com 30.8 pontos, Uruguai, na 50ª posição, com 28.4 pontos, e Venezuela, no 51º lugar, com 24.1 pontos
De acordo com Sergio Navajas, nos países que ocupam os primeiros lugares do índice competem uma série de características. “Em primeiro lugar, seus governos buscam fomentar o desenvolvimento do mercado mediante políticas favoráveis às atividades de microfinanças”, disse. Ao fazer uma macroanálise, ele conclui que as microfinanças tem se desenvolvido bem ao longo dos anos. O destaque está para o microcrédito. "Ha muitos instrumentos de microfinanças. O microcrédito é o mais desenvolvido no Brasil e no mundo".
Em 2001, o valor estimado para o setor era de US$ 1 milhão. Em 2009, esse recurso saltou para US$ 11 bilhões. “O crescimento é evidente nas instituições que trabalham de forma regulada, aquelas que trabalham sob a supervisão do Banco Central”, afirma. As instituições de microcrédito são oriundas de ONGs, que passaram a ser reguladas pelo Banco Central e ganharam força de instituição financeira.
Ao explicar as transformações pelas quais as instituições de microcrédito têm passado, o especialista do BID destaca a questão das fontes de recursos. Segundo ele, há alguns anos, os recursos que abasteciam as operadoras de microcrédito vinham em sua maioria de instituições internacionais. Hoje a realidade é outra. Os recursos são formados por fontes locais.
Ao relembrar os efeitos da crise financeira internacional, Sergio Navajas citou dados levantados em 51 instituições de microcrédito atendidas por programas do BID. Sergio explica que houve queda no crescimento que vinha ocorrendo no setor de 40% para 25% em junho de 2009. "Estamos avançando, mas ainda há muito o que ser feito. Esperamos que outros mecanismos sejam desenvolvidos à exemplo das microfinanças", afirma.
Fórum
Depois das palestras no fórum são formados grupos de discussão. Ao todo estão programados oito grupos de discussão por dia. O evento será dividido em dois momentos: nos dias 16 e 17 o tema central é Articulando a Indústria das Microfinanças; no dia 18 o assunto em pauta é Moedas Sociais Bancos Comunitários e Outras Iniciativas.
No dia 17, Carlos Alberto dos Santos, diretor do Sebrae, ministra a palestra Inclusão Financeira e as Microfinanças: desafios e oportunidades com o Empreendedor Individual. “O avanço representado pela figura do Empreendedor Indvidual abre janelas de oportunidades sem precedentes para o processo da formalização da economia e que precisa ser amparado por políticas consistentes de acesso à capacitação e a serviços financeiros, entre outros”, adianta.
Fonte: http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?cod=9170328&canal=210
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