Deputados propõem à Comissão de Educação e Cultura audiência pública para que reitoria de universidade exlique expulsão de aluna por causa da roupa
Fábio Góis
Veja o vídeo:
O líder do Psol na Câmara, Ivan Valente (Psol–SP), apresentou hoje (segunda, 9) à Comissão de Educação e Cultura (CEC) requerimento de audiência pública para que a Universidade Bandeirantes (Uniban) explique os motivos da expulsão de uma estudante hostilizada por usar uma minissaia rosa em suas dependências. A iniciativa também é encabeçada pela deputada Ângela Portela (PT-RR), integrante da comissão.
Neste fim de semana, a Uniban veiculou nota em jornais de circulação por meio da qual diz que a estudante teve "postura incompatível com o ambiente da universidade", e "(...) buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar, o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar". A nota causou repúdio de entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), que classificou o desfecho do caso como "esdrúxulo".
Em entrevista coletiva concedida nesta tarde em São Paulo, a aluna do curso de Turismo Geisy Arruda e seu advogado, Nehemia Domingos, informaram que vão contestar a expulsão na Justiça, a fim de que ela possa concluir as matérias do semestre ainda neste ano. Segundo Ivan Valente, em vez de apurar e punir os responsáveis pela manifestação, que por pouco não descambou para a violência física, a Uniban preferiu expulsá-la, numa postura de conivência que classificou como "barbárie".
"É uma manifestação não só de machismo e intolerância, mas de barbárie", disse Ivan ao Congresso em Foco, reafirmando o que disse no discurso sobre a hipótese de cassação, por parte do Ministério da Educação (MEC), da licença de ensino da Uniban. "É uma injustiça praticada por uma instituição que deveria ser um centro de saber, um centro civilizatório. É mais grave ainda. O MEC precisa agir imediatamente."
O episódio ocorreu no último dia 22 de outubro. A jovem foi hostilizada por centenas de alunos apenas por usar uma minissaia, em episódio que ganhou rapidamente espaço em vídeos do Youtube e sites congêneres, com repercussão na imprensa internacional. Para deixar o local, ela precisou ser escoltada pela polícia usando um jaleco emprestado por um professor, diante das vaias dos estudantes. Cerca de 10 jovens envolvidos na confusão foram suspensos pela universidade após a repercussão do caso na opinião pública.
Neste fim de semana, a Uniban veiculou nota em jornais de circulação por meio da qual diz que a estudante teve "postura incompatível com o ambiente da universidade", e "(...) buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar, o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar". A nota causou repúdio de entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), que classificou o desfecho do caso como "esdrúxulo".
Em entrevista coletiva concedida nesta tarde em São Paulo, a aluna do curso de Turismo Geisy Arruda e seu advogado, Nehemia Domingos, informaram que vão contestar a expulsão na Justiça, a fim de que ela possa concluir as matérias do semestre ainda neste ano. Segundo Ivan Valente, em vez de apurar e punir os responsáveis pela manifestação, que por pouco não descambou para a violência física, a Uniban preferiu expulsá-la, numa postura de conivência que classificou como "barbárie".
"É uma manifestação não só de machismo e intolerância, mas de barbárie", disse Ivan ao Congresso em Foco, reafirmando o que disse no discurso sobre a hipótese de cassação, por parte do Ministério da Educação (MEC), da licença de ensino da Uniban. "É uma injustiça praticada por uma instituição que deveria ser um centro de saber, um centro civilizatório. É mais grave ainda. O MEC precisa agir imediatamente."
O episódio ocorreu no último dia 22 de outubro. A jovem foi hostilizada por centenas de alunos apenas por usar uma minissaia, em episódio que ganhou rapidamente espaço em vídeos do Youtube e sites congêneres, com repercussão na imprensa internacional. Para deixar o local, ela precisou ser escoltada pela polícia usando um jaleco emprestado por um professor, diante das vaias dos estudantes. Cerca de 10 jovens envolvidos na confusão foram suspensos pela universidade após a repercussão do caso na opinião pública.
Veja o vídeo:
No requerimento, Ivan Valente e Ângela Portela propõem que sejam convidados para a audiência pública, além da reitoria da Uniban, a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire; a secretária de Ensino Superior do Ministério da Educação, Maria Paula Dallari Bucci; e a antropóloga e professora da Universidade de Brasília Débora Diniz. O requerimento não registra convite à estudante para a audiência, ainda sem data definida.
“As cenas de fúria e delírio coletivo constatadas nos corredores da universidade beiram o fascismo que não pode ser tolerado sob nenhuma hipótese. O fato expõe a face perversa de um sistema de ensino que, nos últimos anos, vem insistindo num modelo tecnocrata, extremamente competitivo e individualista", arremata Valente.
Fonte: http://congressoemfoco.ig.com.br“As cenas de fúria e delírio coletivo constatadas nos corredores da universidade beiram o fascismo que não pode ser tolerado sob nenhuma hipótese. O fato expõe a face perversa de um sistema de ensino que, nos últimos anos, vem insistindo num modelo tecnocrata, extremamente competitivo e individualista", arremata Valente.
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