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Gabryella Ruiz
Construindo a ANEL
"Lutar, quando é fácil ceder"
Gabryella Ruiz
Construindo a ANEL
"Lutar, quando é fácil ceder"
Não ao Novo ENEM!
Alertado pelo jornal Estado de São Paulo, o Ministério da Educação decidiu cancelar, na madrugada de quarta para quinta, dia 30 de setembro, a data do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), pois já havia certeza do vazamento da prova a partir da gráfica onde são impressas mais de 4 milhões de provas. A data da nova prova será nos dias 5 e 6 de dezembro.
O prejuízo para o Ministério da Educação gira em torno de 34 milhões para mudar a data do exame. Porém, isso não é nem comparado com o prejuízo que gera para os milhões de estudantes que prestariam o exame. Para não bater com a data de muitos vestibulares e para que a nota dessa prova possa ser aproveitada em muitos exames de seleção, muitos vestibulares mudaram de datas (com exceção da USP, UNICAMP e PUC) adiantando ou adiando provas e atrapalhando todo o calendário dos vestibulandos e mostrando um verdadeiro show de desrespeito aos estudantes.
A Assembleia Nacional dos Estudantes- Livre esteve e estará presente nas mobilizações que ocorreram por todo o Brasil, junto com milhares de estudantes secundaristas e universitários, exigindo tanto a punição dos culpados, quanto a indenização ao governo pelos prejuízos por parte da iniciativa privada culpada pelo vazamento da prova. Mas os problemas sobre o novo ENEM vão muito além destes.
Qual a verdade sobre o novo ENEM?O prejuízo para o Ministério da Educação gira em torno de 34 milhões para mudar a data do exame. Porém, isso não é nem comparado com o prejuízo que gera para os milhões de estudantes que prestariam o exame. Para não bater com a data de muitos vestibulares e para que a nota dessa prova possa ser aproveitada em muitos exames de seleção, muitos vestibulares mudaram de datas (com exceção da USP, UNICAMP e PUC) adiantando ou adiando provas e atrapalhando todo o calendário dos vestibulandos e mostrando um verdadeiro show de desrespeito aos estudantes.
A Assembleia Nacional dos Estudantes- Livre esteve e estará presente nas mobilizações que ocorreram por todo o Brasil, junto com milhares de estudantes secundaristas e universitários, exigindo tanto a punição dos culpados, quanto a indenização ao governo pelos prejuízos por parte da iniciativa privada culpada pelo vazamento da prova. Mas os problemas sobre o novo ENEM vão muito além destes.
O novo Enem se tornou tão popular e tão cobiçado depois do decreto do governo federal que estabeleceu o ENEM como um exame nacional único para o acesso as universidades de todo país: o estudante escolhe cinco cursos e universidade pelo país e, dependendo de sua pontuação será classificado para alguma universidade. O exame pode ser usado tanto como etapa única do exame de seleção, como pode estar junto com o vestibular tradicional.
Assim, o governo propagandeia o fim do vestibular e a democratização do acesso ao ensino público superior. Mas, na verdade, o ENEM não é nada disso, o caráter do projeto só aprofunda ainda mais no caráter elitista e excludente dos exames seletivo, já que hoje, no Brasil, apenas 3% dos jovens de 18 a 24 anos têm acesso à universidade pública, é necessário fazer uma seleção, que coloque os melhores (aqueles que estudaram em escola particular e tiveram acesso a cursinhos), nas melhores universidades públicas.
Para falar do ENEM, primeiramente, podemos abordar a adesão extremamente antidemocrática de governo e reitorias. A grande massa dos professores e estudantes, que são quem sofre diretamente com a mudança, não foram consultados, e muitas vezes nem sabiam sobre o que se tratava e ficaram sabendo somente depois da aprovação. O que é mais uma das conseqüências das estruturas antidemocráticas dentro das escolas e universidades.
Segundo, que o conteúdo do projeto do novo ENEM só vem para segregar e beneficiar mais aqueles alunos que tiveram as melhores condições de estudos nas escolas particulares e nos cursinhos (que são ferrenhos apoiadores do Novo ENEM), já que o projeto trabalha com os centros de excelência, aquelas universidades com mais investimentos, que receberão os melhores alunos. Os estudantes da rede pública brasileira, que é extremamente precarizada, com certeza não ficarão nesses centros. Serão localizados em universidades periféricas, longe de sua preferência, sem sequer receber uma bolsa de assistência estudantil. Universidades essas que vão sofrer constantes ataques do governo e tenderão a ser abandonadas cada vez mais.
Uma outra questão que é necessário colocar é o método antipedagógico do novo projeto. O exame pretende avaliar em uma única prova para todo o Brasil, alunos que tem as diferenças culturais e econômicas mais variadas, não respeitando as particularidades regionais de ensino que temos num país tão extenso como o Brasil.
Em defesa do acesso livre às universidades públicas e de um projeto de lei que garanta a expansão com qualidade!Assim, o governo propagandeia o fim do vestibular e a democratização do acesso ao ensino público superior. Mas, na verdade, o ENEM não é nada disso, o caráter do projeto só aprofunda ainda mais no caráter elitista e excludente dos exames seletivo, já que hoje, no Brasil, apenas 3% dos jovens de 18 a 24 anos têm acesso à universidade pública, é necessário fazer uma seleção, que coloque os melhores (aqueles que estudaram em escola particular e tiveram acesso a cursinhos), nas melhores universidades públicas.
Para falar do ENEM, primeiramente, podemos abordar a adesão extremamente antidemocrática de governo e reitorias. A grande massa dos professores e estudantes, que são quem sofre diretamente com a mudança, não foram consultados, e muitas vezes nem sabiam sobre o que se tratava e ficaram sabendo somente depois da aprovação. O que é mais uma das conseqüências das estruturas antidemocráticas dentro das escolas e universidades.
Segundo, que o conteúdo do projeto do novo ENEM só vem para segregar e beneficiar mais aqueles alunos que tiveram as melhores condições de estudos nas escolas particulares e nos cursinhos (que são ferrenhos apoiadores do Novo ENEM), já que o projeto trabalha com os centros de excelência, aquelas universidades com mais investimentos, que receberão os melhores alunos. Os estudantes da rede pública brasileira, que é extremamente precarizada, com certeza não ficarão nesses centros. Serão localizados em universidades periféricas, longe de sua preferência, sem sequer receber uma bolsa de assistência estudantil. Universidades essas que vão sofrer constantes ataques do governo e tenderão a ser abandonadas cada vez mais.
Uma outra questão que é necessário colocar é o método antipedagógico do novo projeto. O exame pretende avaliar em uma única prova para todo o Brasil, alunos que tem as diferenças culturais e econômicas mais variadas, não respeitando as particularidades regionais de ensino que temos num país tão extenso como o Brasil.
A UNE e a UBES se colocam como linha de frente na defesa do novo ENEM como o fim do problema do acesso à universidade pública.
Mais uma vez, nós, estudantes que construímos a Assembleia Nacional dos Estudantes- Livre, queremos nos diferenciar dessa posição e chamar todos os estudantes a construírem a luta conosco em defesa da verdadeira democratização da universidade.
Para resolver o problema da elitização das universidades, precisamos de investimentos massivos na universidade pública, gratuita e de qualidade, que proporcionem vagas a todos os estudantes, assim como bolsas de assistência estudantil. Para isso, precisamos de uma política bem diferente da que o governo vem implementando hoje, como o Reuni, o Prouni, o IFET, que só precarizam nossas escolas e universidades. Precisamos de 10% do PIB para a educação, para garantirmos expansão com qualidade. Por isso, estamos construindo um projeto de lei como uma alternativa de modelo de expansão ao modelo que o governo federal vem impondo.
Somente assim, poderemos avançar para o fim do vestibular no Brasil e ofertar vagas a todos os jovens, oferecendo acesso ao ensino à educação de qualidade, pesquisa e extensão voltados para o bem-estar da sociedade.
Mais uma vez, nós, estudantes que construímos a Assembleia Nacional dos Estudantes- Livre, queremos nos diferenciar dessa posição e chamar todos os estudantes a construírem a luta conosco em defesa da verdadeira democratização da universidade.
Para resolver o problema da elitização das universidades, precisamos de investimentos massivos na universidade pública, gratuita e de qualidade, que proporcionem vagas a todos os estudantes, assim como bolsas de assistência estudantil. Para isso, precisamos de uma política bem diferente da que o governo vem implementando hoje, como o Reuni, o Prouni, o IFET, que só precarizam nossas escolas e universidades. Precisamos de 10% do PIB para a educação, para garantirmos expansão com qualidade. Por isso, estamos construindo um projeto de lei como uma alternativa de modelo de expansão ao modelo que o governo federal vem impondo.
Somente assim, poderemos avançar para o fim do vestibular no Brasil e ofertar vagas a todos os jovens, oferecendo acesso ao ensino à educação de qualidade, pesquisa e extensão voltados para o bem-estar da sociedade.
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