Outro dia uma jovem profissional na casa de seus vinte anos chegou para mim dizendo que pediria demissão do seu trabalho. Questionei sua decisão e quis saber o motivo que o levara a pensar desta forma. Para minha surpresa, escutei:
- Minha chefe não tem coração. Já tive oportunidade de vê-la trapacear e passar por cima de algumas pessoas diversas vezes. Não quero trabalhar num lugar assim.
O cenário me fez lembrar exatamente os ensinamentos do Professor Thomas Malone, professor de management da Sloan School of Management, do MIT, e diretor-fundador do Centro de Inteligência Coletiva do MIT, que esteve no Brasil ano passado pela HSM e veio falar sobre A Inteligência nas Organizações e o Futuro do Trabalho.
Uma das questões apresentadas pelo professor diz respeito justamente à tomada de decisão baseada em valores. O palestrante explicou que a primeira razão para definir o que realmente importa para você é o fato de que terá de fazer mais escolhas em seu trabalho e precisará pensar mais cuidadosamente sobre os seus valores antes de fazê-las. Ele explicou que se você quer criar um negócio que realmente inspire felicidade e compromisso com os seus funcionários, clientes e outros, precisa apelar para os seus valores humanos além dos econômicos. “Se você quer mesmo tirar vantagem da capacidade de uma organização descentralizada para aproveitar a profunda motivação e criatividade das pessoas, precisa apelar para o que realmente importa a essas pessoas”.
As necessidades e as escolhas profissionais
Uma coisa que muitos querem dos negócios é dinheiro. “O dinheiro lhe permite todos os tipos de coisas, que vão daquelas que as pessoas precisam àquelas que elas querem”. Claramente, explicou Malone, todos os administradores querem que suas empresas sejam produtoras eficientes de valor econômico. “Mas as pessoas também fazem escolhas profissionais por outras razões”, reitera Malone, explicando que talvez tenham escolhido seu emprego porque os deixa desenvolver novas tecnologias estimulantes, ter um senso de realização, passar mais tempo ar livre. Se levarmos em conta a Geração Y e o perfil profissional desses jovens, entenderemos o porquê do fato de perceber um chefe com caráter duvidoso pode ser a gota d’água para ir embora de uma empresa.
O professor afirmou que os detalhes de cada indivíduo podem variar, mas as necessidades e desejos em geral são muito semelhantes, destacando os conceitos de Maslow sobre as necessidades básicas de sobrevivência das pessoas que precisam ser satisfeitas. “Uma vez satisfeitas essas necessidades, outras coisas se tornam mais importantes, como relacionamentos com pessoas, realizações de vários tipos e encontrar um sentido para a vida”. Malone destacou que em nosso mundo de hoje, principalmente nas regiões industriais avançadas, essas necessidades básicas de muitas pessoas já estão satisfeitas. Portanto, essas pessoas procurarão os negócios para satisfazer suas outras necessidades.
E o que me fez pensar profundamente a respeito do assunto, foi o fato do professor ter destacado que finalmente os negócios bem-sucedidos precisarão dar às pessoas uma noção de sentido em suas vidas, o que geralmente vem de um compromisso com algum propósito maior que eles mesmos. Ele acredita que às vezes este sentido virá dos produtos ou serviços essenciais que a empresa fornece; às vezes virá da maneira como a empresa fabrica seus produtos ou serviços; e às vezes virá da maneira decente como as pessoas tratam seus clientes e funcionários. Pode parecer demais para a nossa cabeça se pensarmos em um presente imediato e em nível de empresas brasileiras, mas é fato que esta mudança deve acontecer em todo o mundo num futuro não tão distante assim, talvez dois ou três anos, no máximo.
O papel e o valor do dinheiro
Malone afirmou que ninguém deveria se surpreender ao ouvir que dinheiro não é tudo e que as empresas deveriam pensar no que motiva as pessoas. “Muitos ignoram sistematicamente essas verdades óbvias quando pensam em negócios”. E de fato, muitos pensam que o único objetivo legítimo, ou talvez o único objetivo legal para um negócio seja ganhar dinheiro. E como podemos conciliar este ponto de vista com o fato evidente de que pessoas diferentes querem muitas coisas diferentes: algumas econômicas e outras não?
O professor Malone ponderou tudo isso e afirmou que provavelmente teremos mais liberdade para perseguir o que consideramos mais importante para as nossas vidas. Mas também significa que você tem mais escolhas pela frente do que imagina. “Para fazer escolhas sábias, você precisa refletir sobre o que realmente lhe é importante”. Então esse talvez seja o grande significado do sentido da frase “colocar as pessoas no centro dos negócios”. “Não significa apenas colocar mais pessoas no centro da tomada de decisão, mas principalmente, significa colocar os valores humanos no centro de nosso pensamento empresarial”, concluiu Malone.
Isso significa que cada vez mais, as empresas provavelmente competirão de acordo com a sua capacidade de dar sentido à vida das pessoas. Simples, não? Que sentido a empresa que você trabalha dá para a sua vida?
- Minha chefe não tem coração. Já tive oportunidade de vê-la trapacear e passar por cima de algumas pessoas diversas vezes. Não quero trabalhar num lugar assim.
O cenário me fez lembrar exatamente os ensinamentos do Professor Thomas Malone, professor de management da Sloan School of Management, do MIT, e diretor-fundador do Centro de Inteligência Coletiva do MIT, que esteve no Brasil ano passado pela HSM e veio falar sobre A Inteligência nas Organizações e o Futuro do Trabalho.
Uma das questões apresentadas pelo professor diz respeito justamente à tomada de decisão baseada em valores. O palestrante explicou que a primeira razão para definir o que realmente importa para você é o fato de que terá de fazer mais escolhas em seu trabalho e precisará pensar mais cuidadosamente sobre os seus valores antes de fazê-las. Ele explicou que se você quer criar um negócio que realmente inspire felicidade e compromisso com os seus funcionários, clientes e outros, precisa apelar para os seus valores humanos além dos econômicos. “Se você quer mesmo tirar vantagem da capacidade de uma organização descentralizada para aproveitar a profunda motivação e criatividade das pessoas, precisa apelar para o que realmente importa a essas pessoas”.
As necessidades e as escolhas profissionais
Uma coisa que muitos querem dos negócios é dinheiro. “O dinheiro lhe permite todos os tipos de coisas, que vão daquelas que as pessoas precisam àquelas que elas querem”. Claramente, explicou Malone, todos os administradores querem que suas empresas sejam produtoras eficientes de valor econômico. “Mas as pessoas também fazem escolhas profissionais por outras razões”, reitera Malone, explicando que talvez tenham escolhido seu emprego porque os deixa desenvolver novas tecnologias estimulantes, ter um senso de realização, passar mais tempo ar livre. Se levarmos em conta a Geração Y e o perfil profissional desses jovens, entenderemos o porquê do fato de perceber um chefe com caráter duvidoso pode ser a gota d’água para ir embora de uma empresa.
O professor afirmou que os detalhes de cada indivíduo podem variar, mas as necessidades e desejos em geral são muito semelhantes, destacando os conceitos de Maslow sobre as necessidades básicas de sobrevivência das pessoas que precisam ser satisfeitas. “Uma vez satisfeitas essas necessidades, outras coisas se tornam mais importantes, como relacionamentos com pessoas, realizações de vários tipos e encontrar um sentido para a vida”. Malone destacou que em nosso mundo de hoje, principalmente nas regiões industriais avançadas, essas necessidades básicas de muitas pessoas já estão satisfeitas. Portanto, essas pessoas procurarão os negócios para satisfazer suas outras necessidades.
E o que me fez pensar profundamente a respeito do assunto, foi o fato do professor ter destacado que finalmente os negócios bem-sucedidos precisarão dar às pessoas uma noção de sentido em suas vidas, o que geralmente vem de um compromisso com algum propósito maior que eles mesmos. Ele acredita que às vezes este sentido virá dos produtos ou serviços essenciais que a empresa fornece; às vezes virá da maneira como a empresa fabrica seus produtos ou serviços; e às vezes virá da maneira decente como as pessoas tratam seus clientes e funcionários. Pode parecer demais para a nossa cabeça se pensarmos em um presente imediato e em nível de empresas brasileiras, mas é fato que esta mudança deve acontecer em todo o mundo num futuro não tão distante assim, talvez dois ou três anos, no máximo.
O papel e o valor do dinheiro
Malone afirmou que ninguém deveria se surpreender ao ouvir que dinheiro não é tudo e que as empresas deveriam pensar no que motiva as pessoas. “Muitos ignoram sistematicamente essas verdades óbvias quando pensam em negócios”. E de fato, muitos pensam que o único objetivo legítimo, ou talvez o único objetivo legal para um negócio seja ganhar dinheiro. E como podemos conciliar este ponto de vista com o fato evidente de que pessoas diferentes querem muitas coisas diferentes: algumas econômicas e outras não?
O professor Malone ponderou tudo isso e afirmou que provavelmente teremos mais liberdade para perseguir o que consideramos mais importante para as nossas vidas. Mas também significa que você tem mais escolhas pela frente do que imagina. “Para fazer escolhas sábias, você precisa refletir sobre o que realmente lhe é importante”. Então esse talvez seja o grande significado do sentido da frase “colocar as pessoas no centro dos negócios”. “Não significa apenas colocar mais pessoas no centro da tomada de decisão, mas principalmente, significa colocar os valores humanos no centro de nosso pensamento empresarial”, concluiu Malone.
Isso significa que cada vez mais, as empresas provavelmente competirão de acordo com a sua capacidade de dar sentido à vida das pessoas. Simples, não? Que sentido a empresa que você trabalha dá para a sua vida?
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