sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PSOL contra a "Tesoura Governamental"


Psol quer ouvir ministra sobre corte no orçamento

Fábio Góis
A bancada do Psol no Senado, que reúne dois representantes, vai propor uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos para “cobrar explicações” da equipe econômica do governo sobre o corte de R$ 50 bilhões no orçamento, anunciado ontem (quarta, 9). A ideia, segundo a líder do partido na Casa, Marinor Brito (PA), é chamar a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para detalhar o assunto no colegiado.

O partido vai requerer, segundo comunicado da assessoria de imprensa, um detalhamento sobre quais serão os programas, ações e áreas sociais atingidos pelas restrições orçamentárias. O partido também demonstra preocupação com o “provável corte” de 80% das emendas parlamentares.

Para Marinor, a decisão do governo “incita a cultura da fidelização partidária”, ou seja, impõe a lealdade de representantes dos partidos da base sob a condicionante da liberação de verbas. Assim, acredita a liderança do Psol, “é preciso estabelecer bem os critérios que serão utilizados para definir quais emendas serão ou não salvas da ‘tesoura governamental”.

Para o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), o corte executado pelo governo é corriqueiro. “Sempre há esse corte, todos os anos tem. Trata-se de um contingenciamento”, disse Renan à reportagem. Questionado sobre uma eventual reação de senadores da base, mas com postura independente – como os peemedebistas Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS) –, às restrições orçamentárias, o parlamentar alagoano disse confiar na força da base governista.         

“A base é uma coisa muito firme. Isso facilita na hora das votações”, ponderou Renan. Para ele, a ação do Psol não terá consequências práticas relacionadas à tramitação de propostas como salário mínimo e reajustes na administração pública federal.
Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/

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