segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pivô do dossiê deixa campanha de Dilma


Nos jornais: pivô do dossiê deixa campanha de Dilma

Folha de S. Paulo
Pivô do dossiê deixa campanha de Dilma
O jornalista Luiz Lanzetta, cuja empresa, Lanza, é contratada pelo PT, pediu ontem afastamento da pré-campanha de Dilma Rousseff. Lanzetta é apontado como o cérebro da tentativa de montar um grupo para espionar o adversário José Serra e produzir dossiês contra ele.

A decisão foi tomada na madrugada de ontem e comunicada por carta ao comando da campanha de Dilma, depois da divulgação de entrevista do delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa à "Veja".

Na entrevista, ele diz que Lanzetta, responsável pela área de imprensa da pré-campanha, pediu-lhe que fizesse investigações "pessoais" sobre Serra. O contrato não chegou a ser fechado. O pedido ocorreu em encontro no restaurante Fritz, de Brasília, em 20 de abril, relatado ontem pela Folha.

Participaram ele, Lanzetta, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior e dois membros da "comunidade de informações". Um deles seria Idalberto Matias de Araújo, ex-agente do Serviço Secreto da Aeronáutica, segundo o jornal "O Estado de S.Paulo".

"Tudo o que pudesse ser usado contra ele na campanha, principalmente coisas da vida pessoal. [...] O material não era para informação apenas. Era para ser usado na campanha", disse o delegado à "Veja".

Onézimo afirmou que a reunião foi marcada em nome de Fernando Pimentel, um dos coordenadores da pré-campanha de Dilma, que não compareceu.

Em nota, Pimentel negou a versão. "Não conheço esse senhor, nunca tive qualquer contato com ele nem com sua empresa. Repilo a insinuação de que eu teria tomado conhecimento de um encontro entre este sr. Onézimo e o jornalista Luiz Lanzetta." Lanzetta negou o esquema de espionagem e as acusações do delegado.

O jornalista Amaury Ribeiro Júnior também negou ontem à Folha que, no encontro, tenha sido pedido ao delegado que fossem feitas investigações contra Serra. Segundo ele, a intenção de Lanzetta era contratar uma empresa para averiguar a origem de vazamentos de informações da campanha. "[A entrevista] é uma retaliação porque ele não foi contratado. Acho que ele passou para o outro lado", disse Ribeiro Júnior.

Manobras de defesa travam o julgamento do mensalão
Cinco anos depois de revelado o maior escândalo de corrupção do governo Lula, o processo do mensalão enfrenta hoje sua fase mais burocrática na Justiça, sob manobras constantes dos advogados dos 39 réus, e ainda sem punição dos envolvidos.

Desde março de 2009, a ação penal no Supremo Tribunal Federal está "congelada", exclusivamente dedicada a ouvir as 640 testemunhas indicadas pelos investigados no Brasil e no exterior.

Essa fase, porém, deve terminar logo. Está programado para ocorrer em Rio Branco (AC), no dia 15 ou 16, o depoimento da última testemunha, um policial federal arrolado pelo publicitário Marcos Valério, o operador do esquema de pagamento de propina a congressistas da base do governo em troca de apoio, revelado pela Folha em junho de 2005, há cinco anos.

Assim que ele for ouvido, o processo entrará na etapa derradeira, com a abertura para as alegações finais, de todas as partes, e a preparação do voto do relator, ministro Joaquim Barbosa. Esse período, contudo, não levará menos de 12 meses.

O esquema foi denunciado ao Supremo pelo então procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, em 2006. Em 2007, o tribunal abriu ação contra os envolvidos, muitos deles políticos e empresários. São acusados de crimes como formação de quadrilha, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.

Barbosa, atualmente de licença médica do STF para tratar de uma doença crônica na coluna, quer julgar o mensalão até o final de 2011.

A interlocutores, o ministro diz que adotou um ritmo "aceleradíssimo", levando-se em conta o número de investigados e a complexidade do caso. Procurado, o relator não quis comentar o assunto.

Até o momento, a ação penal do mensalão tem 183 volumes, mais de 45 mil páginas que, juntas, somam 226 quilos -sem contar os apensos. O inquérito da Polícia Federal, base da investigação, tem 12.540 páginas. Digitalizado, o material está guardado na sala-cofre do Supremo.

Segundo relatos ouvidos pela Folha, a fase dos depoimentos das testemunhas de defesa pouco contribuiu para a elucidação judicial do mensalão. Poucas pessoas, entre as centenas de testemunhas indicadas, levaram ao Supremo informações relevantes sobre o caso.

Depoimentos reforçam elo entre Dantas e Valério
Depoimentos inéditos de executivos e autoridades portuguesas testemunhas no processo do mensalão revelam que o publicitário Marcos Valério intermediou um negócio na Europa de interesse direto do banqueiro Daniel Dantas.

Valério e Dantas são apontados, respectivamente, como operador e um dos financiadores do esquema de corrupção de congressistas.

A relação entre esses dois personagens nunca foi explicada pelas investigações e foi sempre negada por ambos.

À Justiça, porém, as testemunhas portuguesas revelaram que Valério foi a Portugal em 2004 participar das negociações da venda da Telemig Celular, à época controlada por Daniel Dantas.

Marcos Valério sempre alegou que esteve no país para expandir seus contratos de publicidade. Já Dantas afirmava que nunca contou com a ajuda do publicitário para vender a tele mineira.

Bancos ajudam Planalto a fazer lobby por Petrobras
Bancos privados nacionais e estrangeiros estão ajudando o governo Luiz Inácio Lula da Silva e a Petrobras a pressionar a oposição para aprovar no Senado o projeto de capitalização da estatal.

Pelos menos três instituições financeiras com interesse direto na operação procuraram senadores do PSDB e do DEM e pediram que eles não votassem contra a proposta, vital para os projetos da Petrobras de manter seu plano de investimento.

Aprovado o projeto no Senado, a estatal espera realizar a operação no final do mês que vem. Dirigentes da empresa e analistas estimam que ela possa chegar a R$ 100 bilhões, a maior da história da Petrobras e, talvez, do mercado mundial.

Com isso, o capital da empresa pode ser elevado em 38%, com base no valor de mercado de anteontem.

No discurso para convencer senadores da oposição, diretores e donos de bancos argumentam que a empresa poderá enfrentar dificuldades no final deste ano e no início de 2011 se a capitalização não for aprovada.

A informação é que a estatal já assumiu compromissos de investimento que exigem que ela capte entre este ano e o início do próximo pelo menos R$ 60 bilhões para manter seu cronograma.

Os bancos foram acionados a pedido da Petrobras e de assessores de Lula diante do risco de o projeto de capitalização não ser aprovado no início deste mês pelo Senado, o que comprometeria o cronograma da estatal.

PRESSA

A estatal tem pressa por dois motivos: 1) necessidade de aumentar seu capital; 2) captar recursos o mais rápido possível diante do aumento de seu endividamento líquido. Hoje, ele está na casa de 32%, o que ainda lhe garante acesso a financiamento a juros mais baixos.

Segundo analistas, se esse endividamento -usado pelas agências de risco para classificar as empresas- superar 35%, a Petrobras passará a captar recursos a um custo mais elevado.

Governo avalia plano B para capitalização
Governo Lula e Petrobras confiam na aprovação da capitalização no Senado, mas já trabalham por segurança na montagem de um plano B que garanta a operação de capitalização em julho.

Na semana passada, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, esteve em Brasília não só negociando a aprovação do projeto com senadores como também em reuniões no governo para discutir a eventualidade de um plano alternativo.

Ele, porém, afirma acreditar que o plano será aprovado. Mas disse a senadores que, se isso não ocorrer, a capitalização deverá cair de R$ 100 bilhões (US$ 54 bilhões) para algo entre R$ 28 bilhões e R$ 38 bilhões (de US$ 15 bilhões a US$ 20 bilhões).

É que, nesse caso, seria uma capitalização sem uso dos 5 bilhões de barris de petróleo que a União cederia para a Petrobras, regra prevista no projeto em tramitação no Senado -o texto já foi aprovado na Câmara e, passando pelos senadores, irá para sanção presidencial.

Segundo a Folha apurou, o governo usaria, então, títulos públicos para aumentar a sua parte no capital da Petrobras. A operação seria feita por intermédio de uma estatal, como o BNDES, ou com recursos do fundo soberano.

Nesse cenário mais pessimista, a Petrobras deve ser obrigada a reavaliar seu plano de investimento, tirando do cronograma projetos tidos como prioritários pelo governo: refinarias em Maranhão, Ceará e Pernambuco e investimentos no complexo petroquímico do Rio (Comperj).

O Estado de S. Paulo
Ibope mostra Serra e Dilma empatados
Primeira pesquisa feita após propagandas dos dois pré-candidatos na TV dá 37% das intenções de voto para cada um; igualdade persiste no segundo turno
Pesquisa do Ibope para o Estado e a Rede Globo, a primeira após a propaganda partidária nacional do PT e do DEM, indica empate entre José Serra e Dilma Rousseff.

Segundo o levantamento, o tucano e a petista aparecem, cada um, com 37% das preferências dos eleitores. Marina Silva, do PV, obteve 9%. Em relação à pesquisa anterior, em abril, Dilma subiu cinco pontos porcentuais, e Serra caiu três.

O empate persiste na simulação de um eventual segundo turno entre PT e PSDB: 42% para o tucano, 41% para a petista. Na pesquisa Ibope de abril, esse placar era de 46% a 37%.

Quanto ao índice de rejeição, Serra aparece com 24%, à frente de Dilma, com 19%. A petista assumiu a dianteira na pesquisa espontânea, aquela em que os entrevistados revelam suas preferências antes de ler a lista dos candidatos.

Nessa modalidade, a ex-ministra teve 19%, seguida pelo ex-governador paulista, com 15%. O presidente Lula, que não concorre, foi a opção de 12% dos entrevistados.

Delegado confirma negociação para espionar Serra
O delegado Onézimo de Souza confirma a montagem de força-tarefa, a pedido do comitê de campanha de Dilma Rousseff, para espionar o tucano José Serra. "Era para levantar tudo, inclusive coisas pessoais", disse.

Farc faz negócios com traficantes do Brasil, diz ex-chefe
Um ex-chefe das Farc revelou à repórter Ruth Costas que a base da guerrilha colombiana em Manaus desarticulada em maio é somente a ponta de uma rede de venda de drogas e de abastecimento de armas adquiridas de traficantes brasileiros.

O Globo
Ninguém nasce Fernandinho Beira-Mar
Dos 22 colegas de escola dele em favela de Caxias, nenhum virou bandido
Dos 22 alunos que estudaram com Fernandinho Beira-Mar de 1975 a 1978 na Escola Municipal Joaquim da Silva Peçanha, em Caxias, cursando o atual ensino fundamental, nenhum virou bandido.

Entre eles há um suboficial da Aeronáutica, um PM e até professores universitários, revela Antônio Werneck em mais uma reportagem da série "O x da questão", que há uma semana vem mostrando os desafios da educação em áreas de risco.

A trajetória de vida dos colegas de Beira-Mar mostra que um ambiente de miséria e violência não é determinante para a opção pelo crime. O próprio Beira-Mar - hoje cumprindo mais de cem anos de prisão por tráfico e homicídios - era um aluno aplicado.

Campanha para presidente custa R$ 600 milhões
Os partidos políticos estimam que os três principais candidatos à Presidência Dilma Rousseff{PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) - vão gastar cerca de R$ 600 milhões na campanha eleitoral.

Governo quer pacote para acelerar obras
0 ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o governo Lula prepara um pacote de medidas para acelerar as obras públicas no país, que será sugerido ao próximo presidente.


Israel aborda navio irlandês na costa de Gaza
Militares israelenses abordaram ontem o navio Irlandês Rachel Corrie, que tentava furar o bloqueio e levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Segundo autoridades, não houve violência.


Governo vai terceirizar seus parques
Sem conseguir prestar serviço de qualidade a turistas nos parques nacionais. O governo decidiu terceirizar o atendimento. Empresas poderão cobrar ingresso em troca de conforto para o visitante.

Correio Braziliense
Construir no DF ficou mais difícil
Demanda aquecida por tijolos, areia e brita provoca sumiço dos três produtos e aumento dos preços. Os fornecedores de material calculam que a situação ainda vai piorar no segundo semestre.

Funcionalismo
Salário maior que de ministro
Os rendimentos dos servidores recém-contratados no governo Lula invertem a lógica de qualquer organização. Muitos funcionários já recebem salários superiores aos R$ 10.748 pagos aos chefes mais graduados.

Jornal do Brasil
O poder de um homem ético
Ex-presidente revela: FHC não era seu preferido à sucessão
Legítimo representante da mistura mineira que une simplicidade e habilidade nata para a política, o ex-presidente Itamar Franco relembra os bastidores de seu governo, e diz que pensava em preparar seu conterrâneo José Aparecido de Oliveira para sucedê-lo.

Antônio Brito era o plano B e Fernando Henrique Cardoso surgia só como uma terceira opção. Apesar dos referentes afagos do governador Aécio Neves, Itamar, no seu estilo direto, diz que nas próximas eleições agirá "de acordo com a consciência".

Promessa de Justiça mais rápida e eficiente
Presidente da comissão de juristas que criou o texto do novo Código Civil, que agora seguirá para o Senado, o ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal de Justiça, diz em entrevista ao JB que a Justiça vai viver "uma nova era" no Brasil, e que "a morosidade vai custar caro".

Investimento na biodiversidade
A proteção de espécies como baleias, golfinhos e peixes-boi é uma das prioridades entre os diferentes programas ambientais da Petrobras este ano, declarado pela ONU como Ano da Biodiversidade.

Fonte: Congresso em Foco

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Homenagem a Luiz Gonzaga