Roriz usa vídeo para denunciar ministro do STF
Rudolfo Lago e Sylvio Costa
Na disputa para governador do Distrito Federal, já teve de tudo. Um tradicional político da cidade, por ele governada quatro vezes, que viu seu favoritismo na eleição definhar à medida em que a Lei da Ficha Limpa dificultava o registro da sua candidatura na Justiça eleitoral. Um julgamento que, realizado exatamente para definir o destino dessa candidatura, terminou numa inédita demonstração da mais alta corte judicial do país (sim, o Supremo Tribunal Federal) de tomar uma decisão. E, diante do impasse, a substituição do candidato por sua esposa, às vésperas do pleito.
Para quem achava pouco, o personagem em questão – Joaquim Roriz, 74 anos – acaba de voltar ao noticiário para acrescentar novos respingos de lama ao cenário de uma Brasília cuja imagem já fora bastante avariada pelo panetonegate protagonizado pelo seu ex-afilhado político, o ex-governador José Roberto Arruda.
Segundo reportagem publicada agora à noite pelo portal iG, o advogado de Roriz ingressará nesta sexta-feira no Supremo com uma queixa-crime contra um dos ministros do STF, Carlos Ayres Britto, o mesmo que, ao relatar o recurso do ex-governador, se manifestou pelo indeferimento definitivo de sua candidatura e pela validade da Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano.
Roriz e seu advogado, Eri Varela, se baseiam em gravações de vídeo que mostram o genro de Ayres Britto, o também advogado Adriano Borges, pedindo R$ 4,5 milhões para representar o ex-governador do Distrito Federal no processo. Com isso, Britto ficaria impedido de votar, facilitando assim o caminho para Joaquim Roriz se manter na disputa eleitoral. As imagens foram gravadas por Roriz em encontro entre os três.
Veja os vídeos: http://congressoemfoco.uol.com.br/
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