sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Harvard não contribuiu com a Educação no Ceará

Imagem Google 

"No dia 2 de janeiro de 1995, depois de cumprir sua missão no comando da economia nacional, Ciro viajou para os EUA, onde, durante mais de um ano, com bolsa concedida pela Fundação Ford, estudou economia política na Universidade de Harvard,(...)"
 

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CE abaixo da média nacional

Colaboração: Sindurca/Prof. Augusto Nobre

No ranking do Nordeste, o Estado ocupa o quarto lugar, ficando atrás da Paraíba, Bahia e Pernambuco
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Alunos do Ceará ficaram abaixo da média nacional entre os 20 mil brasileiros que participaram do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) em 2009. Os cearenses atingiram 376 pontos. Já a média nacional foi de 401 pontos. Os resultados foram divulgados, ontem, pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No ranking brasileiro, o Estado não se encontra em situação confortável, tendo ficado em 18º lugar.

Ao levar em consideração a região Nordeste, o Ceará ocupa o quarto lugar, atrás de estados como Paraíba, Bahia e Pernambuco. Norte e Nordeste obtiveram resultados inferiores que Sul e Sudeste. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, as desigualdades entre os Estados são reflexos do baixo investimento em educação realizado pelos governos nortistas e nordestinos. Muito recentemente é que condições estão sendo dadas para que os Estados possam formular políticas educacionais consistentes.

Apesar de o Brasil está entre os três países que alcançaram a maior evolução no setor educacional na última década, segundo o Pisa, ainda ocupa os últimos lugares no ranking internacional. Do total de 65 países que participaram do programa, os alunos brasileiros ficaram em 53º em Ciências e Português e em 57º em Matemática.

Especialista critica modelo de ensino
O mestre em Educação Marco Aurélio de Patrício Ribeiro acredita que os resultados do Pisa 2009 em relação ao Ceará se devem aos problemas no processo educativo. “O Ceará fez opções erradas, a exemplo do programa de ensino por meio televisivo, que desqualificou o professor e colocou a perder toda uma geração. Passamos de dez a 20 anos para recuperar a educação no Estado, mas hoje já se vê investimentos nos professores”, revela.

Ele ressalta que o processo tem funcionado a nível estadual, mas a educação básica, gerida pela Prefeitura Municipal, está aquém. “As Prefeituras não investem. Diretores de escolas são indicados por ingerência política. A lentidão na evolução do processo educacional se deve muito mais à má gestão municipal”, diz.

O mestre em Educação afirma, ainda, que os dados são reais ao indicarem que o Brasil tem evoluído. “Isso já era esperado”, destaca Ribeiro acrescenta que os avanços no País são lentos porque o Brasil optou por reformas e não por uma ruptura total do sistema utilizado.

Ribeiro salienta que para saber o que precisa ser feito no Ceará e no Brasil para atingir resultados mais satisfatórios basta ouvir os professores. Ribeiro aponta como ações necessárias a aproximação entre gestores e o corpo docente, melhoria salarial e introdução de projetos educacionais. “Tudo depende de vontade política”, pontua.

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