quarta-feira, 29 de setembro de 2010

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Risco de 2º turno leva Dilma a acionar Lula

Folha de S. Paulo
Risco de 2º turno leva Dilma a acionar Lula
A ameaça de segundo turno fez a campanha de Dilma Rousseff (PT) reforçar a mobilização nos Estados e acionar o presidente Lula como vacina contra uma onda de boatos que circula entre religiosos católicos e evangélicos. Com essa estratégia, a equipe da petista espera vencer no primeiro turno.

Lula gravou inserções comerciais, que estavam programadas para ser veiculadas a partir de ontem à noite, nas quais "alerta" contra mentiras e boatos que costumam circular na reta final de campanhas. Lula dirá que o alvo desses boatos é a candidatura de Dilma.

Nas últimas duas semanas, a diferença da petista para a soma de todos os seus adversários caiu de 14 pontos para apenas 2, pela contagem de votos válidos -isso significa uma perda de cerca de 6 milhões de votos.

O comando de campanha identificou três motivos para a queda de Dilma: além da onda de boatos entre evangélicos e católicos contra a petista, uma desmobilização nos Estados em razão de um clima de "já ganhou" e o escândalo que derrubou Erenice Guerra da Casa Civil.

"Sangria" de Dilma chega a 6 mi de votos
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, perdeu cerca de 6 milhões de votos nas duas últimas semanas.

Mais da metade dessa "sangria" (cerca de 3,6 milhões de votos) se concentrou exatamente na parcela da população mais beneficiada pelas políticas social e econômica do governo Lula: a chamada nova classe C.
Segundo o Centro de Políticas Sociais (CPS) da FGV-RJ, quase 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe C a partir de 2003.

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, foi a maior beneficiada por essa migração de votos. Ela conquistou cerca de 4 milhões de eleitores no período. Serra ganhou cerca de 2,3 milhões.

Escutas ilegais extinguem processo da Operação Têmis
A Operação Têmis, que investigou a suposta venda de decisões pela Justiça federal de São Paulo, acabou na prática. A juíza Paula Mantovani considerou ilícitas as escutas telefônicas que apontavam que uma liminar poderia ser comprada por R$ 300 mil e encerrou o processo.

A juíza considerou ilegais as provas obtidas por meio de escutas telefônicas por duas razões: 1) o ponto de partida da operação foi uma delação premiada cujo conteúdo não foi previamente investigado pela Polícia Federal, segundo ela; e 2) as prorrogações das escutas telefônicas não foram fundamentadas juridicamente.

Prefeito de Dourados será investigado por dois acusados
A Câmara Municipal de Dourados (MS) constituiu comissão para processar o prefeito afastado Ari Artuzi (sem partido), preso há 27 dias sob suspeita de chefiar suposto esquema de fraudes e desvio de verbas da prefeitura.
A comissão, porém, será chefiada por dois vereadores que também foram presos e denunciados à Justiça por suspeita de participação na mesma trama. Eles foram soltos no início do mês.

São eles o presidente da comissão, José Carlos Cimatti Pereira (PSB), e o relator, Marcelo Barros (DEM). A comissão, que terá 90 dias para decidir se pede a cassação do prefeito, também inclui o suplente Cido Medeiros (DEM).
Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, o processo de cassação está relacionado à apresentação, no dia 13 de setembro, do relatório de uma CPI convocada para investigar denúncias de fraude na área da Saúde.

Governo do Amapá libera pagamento de R$ 7,3 mi após prisão
Mesmo com o governador Pedro Paulo Dias (PP) na prisão, o governo do Amapá autorizou pagamento de R$ 7,3 milhões a uma empresa de segurança no dia 17 passado.

Do total, R$ 300 mil foram liberados de imediato e o resto, parcelado em dez meses. "O acordo foi formalizado às escondidas contrariando parecer de procuradores do Estado", diz o presidente da associação dos procuradores, Julhiano Cesar Avelar.
Há uma ação na Justiça para reduzir o valor cobrado pela empresa Setra Segurança, e outra para deixar de pagar qualquer quantia, disse ele.

Serra reclama de questão sobre sua estratégia de campanha
Ao ser questionado pela Folha sobre qual deveria ser sua estratégia para os últimos dias da campanha, o candidato José Serra (PSDB), em vez de responder a pergunta, criticou reportagem com dados negativos sobre sua gestão no governo de São Paulo, publicada pelo jornal no domingo.

Após receber o título de cidadão soteropolitano na Câmara Municipal de Salvador, Serra concedeu rápida entrevista coletiva, na qual não comentou as pesquisas que indicam chance concreta de segundo turno -assunto sobre o qual só falou mais tarde (leia texto nesta página).

A Folha fez a seguinte questão a Serra: "Candidato, nesses últimos dias de campanha, qual deve ser a [sua] estratégia?".
O tucano respondeu: "Certamente não é perder tempo com matéria mentirosa como a que você fez".

Serra precisa mudar no 2º turno, diz Aécio
"Vou colocar um blaser", diz Aécio Neves, 50, antes de falar ao UOL e à Folha ontem em seu apartamento em Belo Horizonte. De calça jeans, ele transmite tranquilidade. Está com 67% de intenção de votos para o Senado. Seu candidato ao governo de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), lidera as pesquisas.

Animado com o Datafolha indicando possibilidade de haver segundo turno na disputa presidencial, ele sentencia sobre o que fazer após 3 de outubro na campanha de José Serra: "Teremos de dar um freio de arrumação".

Como assim? Para Aécio, é preciso usar mais líderes regionais na campanha -como o paulista Geraldo Alckmin e o mineiro Anastasia. Num segundo turno entre Serra e Dilma Rousseff (PT), Aécio julga essencial atrair o apoio de Marina Silva: "Não é apenas o apoio formal da candidata. É o PSDB se aproximar e incorporar algumas propostas do PV". Leia trechos da entrevista, cujo vídeo pode ser visto no UOL (uol.com/aneves)

Consultor confirma à PF pedido de propina
O consultor Rubnei Quícoli, que denunciou um esquema de lobby na Casa Civil, confirmou ontem em depoimento na Polícia Federal que recebeu um pedido de propina de Marco Antonio Oliveira, ex-diretor dos Correios.

Depois de mais de seis horas de depoimento na Superintendência da PF em São Paulo sobre as acusações envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, Quícoli disse que confirmou as declarações que já havia feito à Folha.
O consultor confirmou a presença de Israel Guerra nas negociações em que buscava levantar um empréstimo de R$ 9 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para um projeto de energia solar no Nordeste.

Tucano diz que teve conta bancária violada
O vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, teve sua conta acessada no Banco do Brasil sem que a instituição financeira tenha apresentado até agora justificativa para pelo menos uma das consultas. O dirigente tucano afirma que seu sigilo bancário foi quebrado.

"Essas informações apenas confirmam que os acessos aos meus sigilos foram uma coisa organizada e orquestrada", disse ele.

Conforme a Folha revelou em junho, a chamada "equipe de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência levantou dados fiscais e financeiros sigilosos do tucano.

O grupo obteve informações de uma série de três depósitos na conta de EJ no BB no valor de R$ 3,9 milhões, além de cópias de cinco declarações completas de seu Imposto de Renda.

Segundo a Polícia Federal e a Receita, que abriram investigação com base nas revelações feitas pela Folha, os dados fiscais de EJ foram violados numa agência do fisco em Mauá (SP).

No mesmo inquérito, o BB informou à PF que a conta de EJ no banco foi acessada cinco vezes entre 2009 e 2010. Uma das consultas ocorreu numa agência em Maricá (RJ), em março passado.

Foi nesse município que EJ vendeu imóveis do espólio de seu sogro, o que justificou os depósitos de R$ 3,9 milhões. O tucano disse que os últimos depósitos do espólio foram feitos nessa agência, em janeiro e abril, para sua conta em Brasília, e que não houve movimentação em março. Ele afirmou que não tem nem nunca teve conta em agência na cidade.
Segundo a Folha apurou, o BB não explicou à PF a razão desse acesso. Prestou informações genéricas, como relatar que a agência onde ocorreu a consulta tem uma grande movimentação de clientes e de funcionários.
Por meio de sua assessoria, o BB afirmou que todas as consultas à conta de EJ foram realizadas por profissionais autorizados para a tarefa. O banco negou que tenha havido violação dos dados.

EJ contesta dois dos acessos. Em relação ao da agência do Rio, ele diz que não há na resposta do BB à PF explicação para a consulta.

Houve também outro acesso em março deste ano na própria agência em que EJ mantém conta em Brasília. Nesse caso, uma funcionária do banco gerou um relatório sobre uma suposta movimentação financeira atípica na conta do tucano.

O relatório teria sido enviado a autoridades competentes, como o Banco Central e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
EJ diz que não há o menor cabimento na explicação do BB. Afirma que não houve em março nenhum tipo de depósito ou saque incomum. "A PF precisa investigar esses acessos à minha conta."

Em relação aos outros três acessos, o tucano diz que foram realizados a seu pedido.

As cópias das declarações de IR de EJ e dados sobre depósitos em sua conta integravam dossiê feito por grupo de espionagem que era montado com o aval de uma ala da pré-campanha de Dilma.
Após a revista "Veja" ter revelado em maio a movimentação desse grupo, a equipe foi desfeita.

Com Alckmin, reprovação aumenta e matrículas caem
Líder nas pesquisas de intenção de voto para o governo de São Paulo, com chance de vencer no primeiro turno, Geraldo Alckmin (PSDB) viu os índices de reprovação aumentarem e o número de matrículas cair no ensino estadual durante sua gestão como governador.

No ensino médio, de responsabilidade exclusiva do governo do Estado, a reprovação cresceu de 11,2% em 2003 para 17,8% em 2006. A diferença percentual equivale a 71 mil estudantes.

No período, o ensino médio "perdeu" mais de 260 mil alunos -de 1,78 milhão em 2003 para 1,52 milhão em 2006. No ensino fundamental também houve queda de matrículas e aumento dos índices de reprovação.

Tiririca vira sensação em Itapipoca e serve como puxador de votos mesmo fora de SP
A popularidade da candidatura de Tiririca (PR) a deputado federal em São Paulo tem empolgado os moradores de sua cidade natal, Itapipoca, no Ceará.
A prefeitura do município, de pouco mais de 100 mil habitantes, já conta com o apoio do palhaço no Congresso Nacional em caso de vitória nas urnas.

"Ele vai nos ajudar nos apresentando para pessoas de influência em Brasília. Eu vejo ele como um representante dos nordestinos", diz o prefeito João Barroso (PSDB).

A origem do palhaço é lembrada na propaganda de deputados estaduais e federais do PR no Ceará.

Na TV, Tiririca aparece pedindo voto para os postulantes de sua legenda com o bordão: "Nesta eleição não erre, vote nos candidatos do PR. Os candidatos lindo [sic]".

O uso de sua imagem pelo candidato a deputado federal Adler Girão (PR), que adotou nas urnas o mesmo número do palhaço, motivou o MPE (Ministério Público Eleitoral) a pedir à Justiça Eleitoral a suspensão das imagens de Tiririca na propaganda do colega cearense.

O argumento é que as imagens podem fazer o eleitor acreditar que, votando em Girão, estará, na verdade, validando a candidatura de Tiririca. (FLÁVIA FOREQUE)

Supremo deve arquivar recurso de Roriz contra Lei da Ficha Limpa
O STF (Supremo Tribunal Federal) deverá arquivar hoje o recurso de Joaquim Roriz (PSC), ex-candidato ao governo do DF, contra a Lei da Ficha Limpa. O tribunal não deve, ao menos por ora, voltar a discutir a aplicação das regras neste ano.

Os ministros se reuniram ontem, a portas fechadas, e ficou praticamente decidido que o debate sobre a legislação será retomado apenas quando o Supremo julgar um outro caso de político barrado pela Lei da Ficha Limpa.
A reunião também serviu para evitar novas discussões que, segundo os ministros, só servem para prejudicar a imagem do tribunal. Praticamente todos os integrantes da corte foram ao encontro.

A prefeitos do MA, Sarney pede apoio para Roseana em "semana nervosa"
Embora diga que acompanha o pleito no Maranhão apenas como espectador, o ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP) mergulhou de cabeça na campanha para reeleger a filha, Roseana, governadora do Estado.

Em almoço fechado com dezenas de prefeitos anteontem, ele disse enfrentar uma das eleições mais importantes de sua vida e atacou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.

"O Fernando Henrique Cardoso não mandou um tostão para o Maranhão", disse Sarney, após alinhar todas as obras que realizou no Estado, ou para as quais viabilizou recursos, em seus mais de 40 anos de vida pública.

São Paulo e outros quatro Estados liberam bebidas no dia da votação
O Estado de São Paulo não terá a chamada "lei seca" eleitoral -proibição de venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos- no próximo dia 3.
A Secretaria de Segurança prometeu, porém, reforçar o policiamento no dia do pleito. Em 2008, a medida também não vigorou.

Outros quatro Estados (RJ, RS, SC e BA), também abandonaram a "lei seca".
Segurança é o foco de rivais contra Jaques Wagner, líder nas pesquisas
O debate entre candidatos ao governo baiano da TV Bahia (afiliada da Rede Globo) foi marcado por críticas ao aumento da violência no Estado e acusações de corrupção na gestão da saúde do governador Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição.

O ex-governador da Bahia Paulo Souto (DEM) disse que o crescimento da violência é um problema "assustador" da gestão de Wagner, com 18 mil homicídios em quatro anos.

Geddel Vieira Lima (PMDB) afirmou que os jovens são "presas fáceis do tráfico de drogas" e cobrou a construção de vilas para policiais militares, promessa não cumprida.
Com chance de vencer no 1º turno, Tarso evita embate com Yeda e Fogaça
Líder na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul, o candidato Tarso Genro (PT) evitou o confronto direto com seus principais adversários, José Fogaça (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB), durante o debate.

Nas duas primeiras oportunidades que teve para perguntar aos adversários, o petista acabou escolhendo candidatos de legendas nanicas -Aroldo Medina (PRP) e Carlos Schneider (PMN)- para responderem sobre Copa do Mundo e sobre tributos.

Segundo o Datafolha, o petista aparece com 46% das intenções de voto. Em segundo lugar, o peemedebista está com 23%, seguido pela governadora tucana com 15%.
No 1º debate, mulher de Roriz não responde perguntas
Quatro dias depois de assumir o lugar do marido na corrida pelo governo do Distrito Federal, Weslian Roriz (PSC) esteve pouco à vontade no último debate entre os candidatos que disputam o comando do DF, realizado ontem pela TV Globo.

Esqueceu o assunto de uma pergunta, não respondeu a questionamentos -"tudo vai ter seu tempo e sua hora"- e perdeu quase todos os minutos de um bloco ao procurar uma "cola" sobre gestão pública.

Em seu primeiro debate, Weslian, a mulher do ex-candidato Joaquim Roriz (PSC), fez ataques a Agnelo Queiroz (PT), líder nas pesquisas de intenções de votos.

Ao ser questionada por Agnelo sobre suas propostas para a área de t
transportes, Weslian preferiu acusar o petista de ser a favor do aborto.
"O senhor foi do partido comunista, que não acredita em Deus, e agora está no PT. O PT expulsou quem é contra o aborto." Agnelo reagiu e disse que, além de ser contra aborto, é "cristão".

Em vários momentos, Weslian citou programas implantados por Roriz nas suas quatro gestões no governo do DF. Ao responder sobre corrupção, a candidata se confundiu e chegou a dizer que iria defender "aquela corrupção". Depois falou que é uma "mulher de princípios".

Roriz renunciou à sua candidatura na semana passada, depois que o Supremo Tribunal Federal suspendeu o julgamento da Lei da Ficha Limpa. Diante do impasse da corte, que ficou empatado em 5 a 5 sobre a aplicação da lei neste ano, o candidato colocou a mulher em seu lugar.

O Ministério Público Eleitoral emitiu parecer contrário ao registro da candidatura de Weslian. Para os procuradores, a candidatura é "escárnio e fraude". Além de Weslian e Agnelo, participaram do debate Eduardo Brandão (PV) e Toninho (PSOL).
O debate foi marcado pelo confronto entre militantes aliados da família Roriz e de Agnelo. Cerca de 200 pessoas entraram em confronto logo após a chegada de Weslian aos estúdios da TV Globo, segundo a Polícia Militar.
Os manifestantes jogaram pedras, bandeiras e cabos de madeiras contra os adversários. A PM, que contava com 16 homens, só controlou a confusão após aumentar o efetivo para 30 homens.

Em meio às agressões, o repórter-fotográfico da Folha Alan Marques foi atingido por uma pedra na cabeça e levou sete pontos. Um cinegrafista, um auxiliar de câmera da TV Globo e um policial também ficaram feridos -assim como ao menos três manifestantes de PT e PSC.

Do alto do carro de som, um aliado de Roriz incitava os petistas. "Isso vai acabar quando o PT sair de Brasília."

Em outro carro de som, aliados de Agnelo reagiam. "São provocadores, jogaram bandeiras e cabos. Polícia Militar, peça reforço."

Ninguém foi preso. O capitão Isângelo Senna, da PM, justificou o baixo número de policiais ao afirmar que havia "clima de respeito".
Alvo em outros debates, Cabral vai ao ataque
Alvo nos debates anteriores, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), candidato à reeleição, partiu para o ataque no debate de ontem da TV Globo. Teve, porém, que responder a acusações.

Ele e Fernando Peregrino (PR) trocaram farpas nos três primeiros blocos. O deputado Fernando Gabeira (PV) centrou o discurso em propostas, mas não se furtou a provocar o governador.

Logo no primeiro bloco, Peregrino questionou Cabral sobre a contratação pela Supervia e do Metrô, concessionárias do Estado, do escritório de advocacia da primeira-dama, Adriana Ancelmo.

Em Minas Gerais, Anastasia e Costa partem para o ataque
Os candidatos ao governo de Minas Antonio Anastasia (PSDB) e Hélio Costa (PMDB) partiram para o ataque um contra o outro, ontem, no debate da TV Globo.

Atrás nas pesquisas, Costa acusou o governo tucano, até março ocupado por Aécio Neves (PSDB) e hoje sob Anastasia, de priorizar gastos em propaganda e na construção do Centro Administrativo, nova sede do governo mineiro, em detrimento da área social.

O peemedebista disse que, no Senado, sempre destinou recursos para a saúde do Estado, mas que estes não chegaram aos municípios.

Collor nega que tenha manipulado pesquisa; Vilela diz ter criado vagas
O último debate para o governo de Alagoas no primeiro turno teve troca de farpas, mas os três principais candidatos, Fernando Collor (PTB), Ronaldo Lessa (PDT) e Teotonio Vilela Filho (PSDB) evitaram bater de frente e enalteceram suas gestões.

O candidato Mário Agra (PSOL) perguntou ao senador Fernando Collor (PTB) se o instituto Gape, que pertence ao grupo de comunicação da família de Collor, manipulou ou não o resultado da pesquisa divulgada no final de agosto.

Correio Braziliense
Maioria dos fichas sujas com Dilma
A ampla coligação que deu um clima acolhedor à candidata Dilma Rousseff (PT) nos estados também tem rendido maus frutos. Estão no grupo de apoio da petista mais da metade dos políticos barrados pela Justiça Eleitoral com base nos critérios de conduta estabelecidos pela Lei da Ficha Limpa. São candidatos aliados da governista, cuja maioria conta não apenas com fotos em banners ao lado de Dilma e do presidente Lula, mas com aparições diárias da dupla em seus programas eleitorais declarando apoio e pedindo votos. Segundo levantamento realizado pelo Correio, a nova regra negou o registro de 242 pleiteantes a cargos públicos. Desses, 100 estão em partidos oficialmente coligados a Dilma e outros 24 são do PP, que apoia informalmente a candidata. Números que representam 51,2% do total de candidatos barrados em todo o país.
O maior peso nas costas da coligação dilmista é resultado das 30 impugnações do PMDB, principal aliado e legenda à qual pertence o vice da chapa, Michel Temer (SP). Estão entre os peemedebistas casos emblemáticos como o de Jader Barbalho (PA), que renunciou ao mandato de senador em 2001 para não ser cassado por corrupção. Barbalho promete não desistir da disputa e garante que será o senador mais bem votado do Pará. É do PMDB também o candidato a senador por Goiás Adib Elias. Em seu programa, ele aparece de mãos dadas com a candidata do PT e constantemente mostra trechos do comício realizado no mês passado em que Lula e Dilma pediram votos para ele.


Entre a gaveta e a validade
O Supremo Tribunal Federal (STF) terá mais uma chance, na sessão plenária de hoje à tarde, de colocar um ponto final na polêmica que se construiu em torno da possibilidade ou não da aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano. Em pauta, a desistência apresentada pelo ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) do recurso em que ele tentava reverter sua inelegibilidade.
Os cenários para a análise de hoje são inúmeros (veja quadro). Os ministros podem decidir desempatar o julgamento iniciado na semana passada, mas também podem apenas arquivar o caso e deixar para depois das eleições uma resposta definitiva sobre a aplicação da lei, o que deixará as possíveis vitórias nas urnas de importantes figuras políticas do país pendentes de uma decisão judicial.

Discurso otimista, mas tempo restrito
“Tentaram me ignorar, mas agora não dá mais.” Com esse tom e apostando na chance de chegar ao segundo turno no domingo, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, tentou disseminar no eleitorado ontem, tanto em Belém quanto em Juiz de Fora (MG), a aura de otimismo que considera essencial para consolidar a “onda verde” na reta final da corrida presidencial. “Eu acredito na confiança dos cidadãos e cidadãs e na capacidade de cada um de querer um Brasil melhor”, disse “O Brasil vai decidir no segundo turno se quer a Silva ou uma Rousseff”, afirmou.
Marina atribuiu seu crescimento nas pesquisas ao posicionamento propositivo adotado na campanha, longe do vale-tudo eleitoral. A ex-ministra confia que pode vencer as eleições se passar da primeira rodada, por meio do horário eleitoral, que será o mesmo entre os dois concorrentes. “Com um minuto e vinte nós conseguimos mobilizar as pessoas e, com certeza, com o mesmo tempo, as pessoas vão poder tomar uma decisão com mais clareza, de forma mais confiante”, completou.

O salto alto está quebrado
A euforia que tomou conta da equipe de campanha da candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, há algumas semanas — após resultados favoráveis em pesquisas de intenção de votos — não é mais a mesma. Os escândalos envolvendo a ex-ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra e, especialmente, o crescimento da presidenciável do PV, Marina Silva, torna a possibilidade de um segundo turno entre a petista e o tucano José Serra cada vez mais palpável.
Se a corrida pelo Palácio do Planalto não terminar no próximo domingo, como esperava o PT, o planejamento do partido terá que mudar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretendia liquidar a fatura logo e, assim, concentrar esforços para garantir o maior número de aliados na esfera estadual — é possível que haja segundo turno para governador em até 11 unidades da Federação.

A fé que cobra votos
A subida da presidenciável Marina Silva (PV-AC) nas pesquisas de intenção de voto fez com que a campanha da petista Dilma Rousseff organizasse nova ofensiva sobre o eleitorado evangélico para tentar liquidar a eleição no primeiro turno. De olho no segmento religioso, que representa cerca de 34 milhões de votos, os petistas marcaram para a sexta-feira, às 10h, uma reunião em Brasília de lideranças de igrejas como a Universal do Reino de Deus, a do Evangelho Quadrangular, a Batista e a Assembleia de Deus. A intenção é unificar os discursos dos pastores, para que peçam votos dos fiéis nos cultos marcados para a véspera do pleito. A tarefa, no entanto, promete ser difícil. O apoio à petista coloca várias instituições evangélicas em cantos opostos da mesa.
O encontro, organizado pelo deputado federal e bispo da Assembleia de Deus Manoel Ferreira (PR-RJ), terá protestos de fiéis. Eles estão descontentes(1) com a decisão do religioso de anunciar o apoio do Ministério Madureira — ramo importante da Assembleia controlado por Ferreira —, à candidatura petista. “O que estamos querendo denunciar é a questão do voto de cabresto. Querem criar um curral eleitoral, estão vendendo algo (os votos dos fiéis) que não será entregue”, critica o servidor público Ismael Almeida, membro da igreja.

Palanque eletrônico
Última semana de propaganda política para presidente. Serra fala das benesses de sua gestão como ministro, governador e prefeito para a saúde do cidadão; Dilma contabiliza as vantagens do governo Lula e mostra um país que só cresce. O horário gratuito na tevê poderia ser representado pela imagem de um cachorro correndo atrás do próprio rabo. Pelo menos para os dois candidatos mais bem posicionados nas pesquisas até então, o palanque eletrônico termina como começou: completamente alienado.
Os candidatos entregaram o conteúdo dos programas aos marqueteiros e o resultado é esse Brasil cor-de-rosa, excessivamente feliz. Na tevê, surge uma supermegaultrapowernação onde não há mais filas no INSS, boa parte tem casa própria, voa de avião e tem, sobretudo, auto-estima. Um país que tem orgulho de si foi o que se ergueu nos programas desses candidatos. Tudo estava blindado. Parece que ficou chato mostrar o que não deu certo, o que pode ser aprimorado. E os ventos de fora não sopraram nos estúdios de gravação.


Haja cifra por um gabinete
Os valores das doações registradas na Justiça Eleitoral mostram que custa muito caro eleger um deputado federal. As chances são maiores para quem tem um bom caixa de campanha. O total da contribuições dos 6 mil candidatos a uma vaga na Câmara chega a R$ 303 milhões. Mas as 513 campanhas mais caras somam R$ 244 milhões, uma média de R$ 477 mil por candidato, o que mostra a concentração dos recursos em uma minoria. A arrecadação de 43 candidatos já superou R$ 1 milhão. O dinheiro necessário para fazer uma campanha bem estruturada varia de estado para estado. Proporcionalmente, é mais caro fazer política em Goiás. Ali, o custo médio das 17 campanhas mais caras (corresponde ao número de vagas na Câmara) fica em R$ 787 mil.
O Correio fez um levantamento nos 26 estados e no Distrito Federal a partir da base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sempre considerando o número de vagas da cada estado na Câmara. Em São Paulo, o valor médio das 70 campanhas mais caras ficou em R$ 734 mil. Surpreendem os estados do Centro-Oeste. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás ficam entre os cinco colégios de campanhas mais caros. Minas é o terceiro, com média de R$ 572 mil. Nos estados mais pobres do Norte e do Nordeste, a média das campanhas mais elevadas fica em torno de R$ 200 mil.

Renegadas nas urnas e no PT
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cuidou tanto da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República que esqueceu as outras petistas que concorrem aos governos estaduais. Para essas mulheres, a onda vermelha falhou. Pelo menos, até agora. A cinco dias da votação, a governadora Ana Júlia Carepa, que concorre à reeleição no Pará, e a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), de olho no governo de Santa Catarina, correm o risco da derrota já em 3 de outubro. E, para evitar o fiasco, colaram suas imagens à de Lula para exibi-las hoje na TV, o último dia de horário eleitoral para os governos estaduais.
Além de estarem prontas para atribuir eventuais fracassos ao que consideram pouco apoio do governo federal, as duas têm ainda outra semelhança no que se refere aos aliados: nem Ana Júlia nem Ideli contam com o PMDB em seus palanques regionais. No Pará, o PMDB lançou candidato próprio ao governo. Em Santa Catarina, o ex-governador Luiz Henrique da Silveira concorre ao Senado como adversário da candidata petista. “Hoje, ao fim da campanha, temos a certeza de que esse apoio seria fundamental”, diz o cientista político Paulo Kramer, que acompanha os cenários estaduais.

PF reforça ação contra crimes
O crescimento assustador dos crimes eleitorais obrigou a Polícia Federal (PF) a enviar um grande efetivo para o Rio Grande do Norte. Cerca de 100 agentes do Distrito Federal (DF) e de outros estados vão fiscalizar várias cidades potiguares, consideradas áreas com histórico de compra de votos. Além de homens, a PF poderá deslocar um helicóptero de Brasília para Natal a fim de ajudar no deslocamento rápido dos policiais. Ontem, alguns estados começaram a proibir saques superiores a R$ 10 mil para evitar o uso indevido do dinheiro durante a eleição do próximo domingo.
Segundo a PF, em número de crimes eleitorais, o Rio Grande do Norte ocupa hoje a quarta colocação entre todos os estados brasileiros e o DF, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais. De acordo com o superintendente da corporação em Natal, Marcelo Morese, além do aumento do efetivo, que foi pedido pelo procurador regional eleitoral Ronaldo Pinheiro, a própria PF viu a necessidade de requisitar mais policiais. “Não está descartada a hipótese de emprego de um helicóptero para dar maior mobilidade de atuação”, afirmou Morese.

O Globo
O tom do recado
A pergunta feita a um empresário, numa conversa com várias pessoas, foi: "É verdade que emissários do PT telefonam para empresas avisando que sabem quem não está fazendo doações para a campanha?"
O empresário respondeu: "Para mim, telefonaram e foram pessoalmente dizer que notaram que eu não tinha feito doação na última eleição nem tinha feito ainda nesta."
Eu ouvi essa conversa estarrecedora. Esse tipo de encaminhamento do pedido de doação, se estiver generalizado, é uma forma de ameaça.
A frase: "Notamos que você não fez doação na última eleição e ainda não fez nesta" pode ser entendida pelo que está embutido: estamos de olho em você.
O Estado, hoje, é quem concede a maioria do crédito; o BNDES aumentou de forma extravagante suas concessões de empréstimo subsidiado e a arbitrariedade de suas escolhas dos "campeões", que o faz negar créditos a alguns e conceder em excesso a outros que, na visão do banco, estão mais aptos a vencer a competição global.

Para especialistas, segundo turno mais próximo
A queda no índice de intenções de voto da presidenciável Dilma Rousseff (PT) e a subida de Marina Silva (PV), conforme divulgado ontem pelo Instituto Datafolha, pode levar ao segundo turno, de acordo com a análise de especialistas.
— A tendência que as pesquisas mostram é o crescimento de Marina. Ela está convencendo mais a classe média, eleitores de mais escolaridade e renda, e está tirando votos de Serra e de Dilma. Isso depois das denúncias do caso Erenice — analisou Mauro Paulino, diretor do Datafolha, que acredita ser o segundo turno ainda é uma "incógnita".
— A grande incógnita é se vai ter segundo turno e quem vai disputar com Dilma. Muito provavelmente será Serra, mas nada ainda está decidido.
A tendência mostrada pelo Datafolha faz com que o professor Emmanuel Publio Dias, diretor da ESPM e especialista em marketing político, tenha certeza de que haverá segundo turno.

Na campanha de Dilma, ordem para não atacar Marina
Após a pesquisa Datafolha, a ordem no comando da campanha presidencial governista ontem foi a de tentar uma grande mobilização da militância petista até domingo, e, ao mesmo tempo, redobrar os cuidados e a cautela da candidata Dilma Rousseff, para que ela não vá para o confronto com a adversária Marina Silva, do PV.
O comando da campanha já havia identificado que Dilma errou ao atacar Marina no debate de domingo à noite na TV Record.
Ex-petista, a candidata do PV e seus eleitores serão cortejados num eventual segundo turno entre Dilma e o tucano José Serra.
O fato é que a campanha do PT entrou em estado de alerta.

Marina fala em ‘Silva contra a Rousseff’
Animada com as pesquisas que demonstram seu crescimento na conquista de eleitores, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, acentuou as críticas contra petistas e tucanos — postura recente que deverá manter no debate na Rede Globo, amanhã — e elegeu uma nova palavra de ordem, pedindo o confronto "Silva contra a Rousseff" no segundo turno.
E voltou a afirmar que já conquistou a preferência de mais eleitores do que mostram as pesquisas.
Em encontro com evangélicos do Conselho de Pastores de Juiz de Fora (MG), no início da noite de ontem, ela disse que as pesquisas subestimam seu crescimento e disse não ter dúvidas de que estará no segundo turno:
— As pesquisas estão indicando tendência de alta, mas o que eu encontro nas ruas é muito maior do que aparece nas pesquisas. Elas não estão conseguindo alcançar a mobilização que existe nas ruas do país. No dia 3 de outubro, o Brasil vai ter uma grande surpresa, porque aí não será mais possível não alcançar aquilo que os brasileiros democraticamente depositaram na urna — afirmou a candidata, para em seguida listar três capitais e um estado em que, segundo ela, a ultrapassagem sobre o tucano José Serra (PSDB) já se confirmaria em números.

Guerra diz que no 2º turno ‘será outra campanha’
Apesar do otimismo com os dados do Datafolha, a incógnita, tanto para aliados do tucano José Serra como da verde Marina Silva, é saber se o ritmo de queda da petista Dilma Rousseff, a menos de uma semana da eleição, será suficiente para queimar toda a "gordura" que ela tem de vantagem.
Os tucanos mais realistas gostariam que Serra tivesse acelerado seu crescimento — ele precisaria chegar a 35% dos votos válidos, para não contar apenas com o avanço de Marina. Na pesquisa Datafolha, ele oscilou de 31% para 32%.
— O movimento de queda de Dilma tende a se acentuar. No primeiro momento, a Marina é a favorecida, mas o fato é que o Serra não está perdendo votos, está até ganhando — disse o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). — No segundo turno, será outra campanha.

‘FT’: rumo da economia com Dilma não é claro
Ainda não está clara a direção que a economia brasileira tomaria caso Dilma Rousseff (PT) seja eleita.
A afirmação é de uma reportagem publicada na edição de ontem do jornal britânico "Financial Times".
Sob o título "Lula se revela um político difícil de suceder", o texto diz que, apesar de a presidenciável petista se comprometer a continuar as políticas da administração Lula, o governo estaria enviando sinais ambíguos quanto à manutenção da atual política macroeconômica e de ações como redução gradual do déficit público.

Para o "FT", "essa ambiguidade tornaria difícil prever que rumo será dado à economia sob o governo Dilma Rousseff".
Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Cassação do Prefeito Manuel Santana e a Luz que mais alumeia"


  “Bendito e louvado seja/ a luz que mais alumeia/    Me valha, meu padrinho Cícero/                           E a mãe de Deus das Candeias.”

Por: Hildegardis Ferreira

Às 15:00 horas desse dia 28 de setembro a Câmara Municipal de J. do Norte(CE), teve iniciou o processo de cassação de Manuel Santana prefeito daquela cidade.
Sem que houvesse nenhuma representação do Poder Executivo com indicação para defesa, o Pres. da Câmara Sr. Zé de Amélia Jr inicia o processo de votação "fechada", sem que ouvisse os apelos e desespero de um "Edil" sobre a chegada de uma Liminar Judicial.

Após a votação do 9º vereador, numa bancada de 14 vereadores, chega a Liminar às mãos do Pres. da Câmara, que recebe o "De Acordo" do Deptº Jurídico da Casa, quanto a legalidade do documento. 
Era coisa de "45 do segundo tempo" ou quem sabe, se não está relacionado aos ensinamentos do Povo da Mãe de Deus que diz: que nos caminhos do Juazeiro ninguém se perderá por causa da "lumiúria" da Mãe de Deus.
Na continuidade, ouvimos alguns questionamentos focados na língua culta sobre o termo "SOBRESTAR", onde o vereador Magno dizia "não poder sobrestar o que já estava em andamento", mas prevaleceu a coerência e o respeito entre os Poderes Legislativo e Judiciário ou melhor : "o burro amarrado na orelha do dono", com a suspensão da sessão que tinha como destino o impeachment do prefeito Manuel Santana da terra do meu "Padim Ciço".
Hoje só o Padre Cícero é capaz de unir a todos sobre um mesmo teto na cidade de Juazeiro do Norte, pois a sociedade encontra-se com suas Correntes de Orações divididas em consequência do debate das Correntes Políticas.
Urna lacrada com 09 solitários votos que para uns poderia ser enterrada, para outros, aberta e escrutinada, enquanto outros 05 votos continuam sendo lastimados ou  alegremente guardados ou aguardados, quem sabe!
Até quando durará o novo segredo da Urna de Juazeiro!








domingo, 26 de setembro de 2010

Cola Socialista Eleitoral Cearense - Pode Copiar!!!


Por: Hildegardis Ferreira
Terra dos Kariris
“Lugar onde nasce o dia!”

http://universitarioskariri.blogspot.com/
Deputado Estadual
João Alfredo
5 0 0 5 0

Deputado Federal
Renato Roseno
5 0 5 0

Senadora 01
Marilene Torres
5 0 0

Governadora
Soraya Tubinambá
5 0 

Presidente
Plínio Sampaio
5 0

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Leia o "Manifesto em Defesa da Democracia"



Veja o manifesto na íntegra:

"SE LIGA BRASIL"
"MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA
"Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.
"Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.
"Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.
"É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.
"É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.
"É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.
"É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.
"É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há "depois do expediente" para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no "outro" um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.
"É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.
"É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
"É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.
"Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.
"Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.
"Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos."

22 de Setembro de 2010
O lançamento do manifesto foi ao meio-dia, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo. O texto salienta que atualmente, no Brasil, "os inconformados com a democracia representativa se organizam para solapar o regime democrático". Logo na abertura o documento lembra que "em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano".
O documento tem a assinatura de 59 pessoas, entre as quais figuram o jurista Hélio Bicudo; o bispo dom Paulo Evaristo Arns; o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sidnei Sanches; o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega; o poeta Ferreira Gullar; a atriz Rosamaria Murtinho e os cientistas políticos Leôncio Martins Rodrigues, José Arthur Gianotti, José Álvaro Moisés e Lourdes Sola.
Fonte: http://www.adjorisc.com.br  Por: Geferson Schreiner

Nassif agora é Federal

Blogueiro que critica a mídia é contratado da EBC

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil.

O contrato terá vigência de seis meses. Foi assinado pela presidente da estatal, Tereza Cruvinel, no dia 16 e publicado na segunda-feira no Diário Oficial da União.

Nassif foi contratado, segundo a EBC, para prestar serviços de "entrevistador e comentarista" para o telejornal Repórter Brasil e o Programa 3 a 1.

Desde terça-feira, o jornalista tem destacado em seu blog informações em defesa do protesto contra a imprensa marcado para hoje a partir das 19 horas no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

Fonte: Congresso em Foco

Francamente Franklin!!!


Manchetes dos jornais: Dois novos casos com parentes atingem o Palácio do Planalto

O GLOBO
Dois novos casos com parentes atingem o Palácio do PlanaltoA coleção de casos ligando parentes de altos funcionários do governo a contratos e a cargos públicos chegou à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e abriu um novo capítulo na atual crise política. Subordinada ao ministro Franklin Martins, a EBC - que administra a TV Brasil - admitiu ontem saber que Cláudio Martins, filho do ministro, era funcionário da Tecnet Comércio e Serviços antes de contratá-la por R$6,2 milhões. O ministro nega haver irregularidade no processo. Num exemplo clássico de nepotismo cruzado, a ex-chefe da Casa Civil Erenice Guerra e o presidente dos Correios, David José de Matos, fizeram uma dobradinha que coroou 30 anos de amizade: puseram os respectivos parentes na folha de pagamentos dos órgãos sob seu comando.
Contratada em dezembro de 2009, após licitação em tempo recorde (15 dias), a Tecnet faturará R$6,2 milhões para gerir os arquivos digitais da EBC, possibilitando à estatal replicar a tecnologia para TVs públicas. O projeto é uma das prioridades da empresa, cuja política de investimentos é avalizada por Franklin Martins. Há dois anos, Cláudio está na Tecnet, ligada à Rede TV, representando a empresa em negócios de software e tecnologia, segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo".
Questionado ontem, o secretário-executivo da EBC, Ricardo Collar, disse que, durante o processo de concorrência, os representantes da estatal sabiam da presença de Cláudio Martins na Tecnet, mas não viram conflito de interesse e não fizeram consulta à Comissão de Ética Pública da Presidência:
- Tinha notícias (da presença de Cláudio), mas não é informação relevante, porque era uma licitação. Podia ser qualquer pessoa que estivesse do lado de lá (na Tecnet). Se participasse da licitação e perdesse, perdeu (sic). Não houve ingerência administrativa e política.

EBC usou brecha para acelerar licitaçãoAs informações disponíveis até o momento indicam que a Empresa Brasileira de Comunicações (EBC) buscou uma brecha na legislação para viabilizar, em tempo recorde, a licitação que resultou na contratação da Tecnet Comércio e Serviços Ltda, empresa que emprega o filho do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, por R$6,2 milhões, mesmo sem dispor de recursos no orçamento. A EBC optou pela modalidade de pregão presencial e pelo sistema de registro de preços. Neste caso, a comprovação da disponibilidade orçamentária é exigida somente antes da assinatura do contrato.
Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", a EBC contratou a Tecnet num processo nebuloso, concluído no apagar das luzes de 2009. A lei 8.666, que regula a contratação de obras e serviço no setor público, determina que obras ou serviços só poderão ser licitados quando houver previsão de recursos orçamentários. Documentos liberados pela EBC mostram que não havia recursos no orçamento e a suplementação só foi feita no dia 29 de dezembro, um dia antes do pregão.

Erenice empregou filha de dirigente da ECTAntes de indicar David de Matos à presidência dos Correios, a ex-ministra Erenice Guerra, que deixou a Casa Civil sob suspeita de tráfico de influência, empregou a filha dele para trabalhar na pasta.
Nomeada assessora do gabinete da Casa Civil em 24 de junho com um salário de R$ 6.843,76, Paula Damas de Matos foi exonerada "a pedido", segundo portaria do "Diário Oficial" desta terça.
Um mês após Paula começar a trabalhar com Erenice, a então ministra avalizou a saída de Matos da secretaria-geral da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital) do Distrito Federal para assumir o comando da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos).

Saiba mais -  Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/

Manifesto em Defesa da Democracia

Após ataques de Lula, juristas lançam 'Manifesto em Defesa da Democracia'

Durante ato público no Largo de São Francisco, presidente é comparado ao ditador Benito Mussolini pelas suas declarações hostis à imprensa

Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo

23 de setembro de 2010 | 0h 00
 
Epitacio Pessoa/AE
Manifestação. Hélio Bicudo discursa de púlpito diante das Arcadas; participantes do ato cantaram o 'Hino Nacional'
 
Juristas que marcaram sua trajetória na luta pela preservação dos valores fundamentais lançaram ontem nas Arcadas do Largo de São Francisco, em São Paulo, o Manifesto em Defesa da Democracia, com críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O palco para o ato público foi o mesmo onde, há 33 anos, o jurista Goffredo da Silva Telles leu a Carta aos Brasileiros, contra a tirania dos generais.
O agravo em 43 linhas condena o presidente Lula, que, na reta final da campanha à sua sucessão, distribui hostilidades à imprensa e faz ameaças à liberdade de expressão e à oposição.
Uma parte do pensamento jurídico e acadêmico do País que endossou o protesto chamou Lula de fascista, caudilho, autoritário, opressor e violador da Constituição. O presidente foi comparado a Benito Mussolini, ditador da Itália nos anos 30. "Na certeza da impunidade (Lula), já não se preocupa mais nem mesmo em valorizar a honestidade. É constrangedor que o presidente não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas 24 horas do dia", disse Hélio Bicudo, fundador do PT, do alto do púlpito da praça, ornada com duas bandeiras do Brasil.
Sob o sol forte do meio-dia, professores, sociólogos, economistas, intelectuais, escritores, poetas, artistas, advogados e também políticos tucanos cantaram o Hino Nacional. Muitos dos presentes ao ato público de ontem estavam no mesmo local em agosto de 1977 para subscrever a Carta aos Brasileiros.
   
Veja Também:
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linkEvento no Rio defende a liberdade de imprensa
blogPT convoca ato contra ‘golpismo da mídia’; Força Sindical nega participação
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Aquela declaração, como essa, segue uma mesma linha de reflexão. "A ordem social justa não pode ser gerada pela pretensão de governantes prepotentes", dizia Goffredo a um País mergulhado na sombra da exceção havia mais de uma década. "Estamos em um momento perigoso, à beira de uma ditadura populista", afirma Miguel Reale Júnior, um dos quatro ex-ministros da Justiça que emprestaram o peso de sua história ao manifesto lido ontem.
"Reconhecemos que o chefe do governo é o mais alto funcionário nos quadros administrativos da Nação, mas negamos que ele seja o mais alto Poder de um País. Acima dele reina o senso grave da ordem, que se acha definido na Constituição", advertia Goffredo em seu libelo. "É um insulto à República que o Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, é deplorável que o presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Judiciário", adverte o manifesto de 2010, do qual d. Evaristo Arns é o primeiro subscritor.
Inadmissível. "O País vive um processo de autoritarismo crescente, um caudilhismo que se impõe assustadoramente", declarou José Carlos Dias, aos pés da estátua de José Bonifácio, o Moço, à entrada do território livre do Direito. "A imprensa está sendo atacada de forma inadmissível como se partido fosse. O presidente ofende a democracia quando ofende a imprensa por exercer missão que o Estado deveria exercer: investigar e combater a corrupção."
"Lula age como um fascista", compara Reale. "O que ele fará lá na frente se agora quer jogar para debaixo do tapete toda a corrupção em seu governo para ganhar a eleição? A imprensa não pode mais revelar a verdade? Há uma campanha indiscriminada contra todos os órgãos de imprensa. O presidente não pode insuflar o País, "quem é a favor do PT é a favor do povo". Descumpre ordem da harmonia social, divide o País. É uma grande irresponsabilidade, algo muito grave."
Mobilização. O advogado disse que o manifesto é mobilização da sociedade civil, não um evento político. "É um alerta sobre os riscos de um confronto social. Transformar a imprensa em golpista é caminho perigoso para o autoritarismo. Quando o presidente diz que "formadores de opinião somos nós" é uma ideia substancialmente fascista, posição populista. É o peso da Presidência contra a liberdade de imprensa."
Bicudo, ainda antes de subir ao púlpito onde nos anos 70 lideranças estudantis desafiavam a repressão, afirmou que "Lula tenta desmoralizar todos os que se opõem ao seu poder pessoal".
Presidente do PPS, Roberto Freire avalia que Lula "se despiu do caráter republicano ao debochar das instituições e se transformar em cabo eleitoral". José Gregori, ex-ministro da Justiça, disse que a ordem dos juristas deu início à reação há 12 dias, "quando o presidente desferiu as primeiras agressões à democracia". "Ele não pode fazer papel de estafeta de um partido."

SIGNATÁRIOS
O Manifesto em Defesa da Democracia, redigido em 43 linhas e divulgado ontem, tem entre seus signatários juristas, cientistas políticos, historiadores, embaixadores e membros da classe artística.
O jurista Hélio Bicudo, que leu o documento no centro da capital paulista, encabeça a lista, ao lado do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso e do arcebispo emérito de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns.
Os ex-ministros da Justiça José Gregori, Paulo Brossard, Miguel Reale Júnior, José Carlos Dias, além do embaixador Celso Lafer, também subscrevem o documento.
A academia, por sua vez, aparece em peso com os cientistas políticos Leôncio Martins Rodrigues, José Arthur Gianotti, José Álvaro Moisés e Lourdes Sola, bem como os historiadores Marco Antonio Villa e Boris Fausto.

ARTICULAÇÕES
José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça
"As atitudes de Lula são de um fascista, do verdadeiro autoritarismo. É preciso defender a democracia a qualquer preço"
Roberto Freire, presidente do PPS
"Lula perdeu a compostura ao propor que extirpem partido de oposição e ao atacar a imprensa. Mussolini e os camisas negras agiram assim"
Hélio Bicudo, fundador do PT
"Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos. Ele pode ter opinião, mas não pode fazer uso da máquina"
Miguel Reale Jr., ex-ministro da Justiça
"Lula age como um fascista. Golpismo é tentar calar a imprensa. Temos de nos arregimentar pela preservação dos princípios democráticos"

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O CHEFE - Livro de Ivo Patarra

O CHEFE no livro de Ivo Patarra

O CHEFE
 
Nos dois governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diversos casos de corrupção sacudiram o País. O mais grave ficou conhecido como escândalo do mensalão. Dirigentes do PT foram denunciados por montar uma organização criminosa. Lula tratou de  abafar investigações e proteger  correligionários  e aliados.
 

URGENTE - Novo Mensalão - A Grande Mídia calou!

Vídeo indica "mensalão" em Mato Grosso do Sul 
Fonte Matéria: http://congressoemfoco.uol.com.br/ 
Fonte Vídeo:  http://www.youtube.com/watch?v=fZOAgm9V5Iw
 
O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Ary Rigo (PSDB), aparece em um vídeo revelando detalhes de um suposto esquema ilegal de pagamentos, com o dinheiro da Casa, para o governador André Puccinelli (PMDB), aos deputados e às autoridades do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Estado.

O vídeo foi gravado com uma câmera escondida pelo secretário de governo de Dourados, Eleandro Passaia, sem o deputado saber. O encontro ocorreu em 12 de junho, num hotel em Maracaju (162 km de Campo Grande).

A reportagem teve acesso a 32 minutos da conversa. Os vídeos em questão vazaram ontem no Youtube.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Polícia Federal coloca Ronda no Quarteirão Ferreira Gomes

Polícia Federal investiga escândalo que envolve os irmãos Ciro e Cid Gomes

Documentos apreendidos apontam o desvio de 300 milhões de reais das prefeituras do estado entre 2003 e o fim do ano passado

Com o segundo mandato praticamente assegurado, o governador cearense Cid Gomes não vai poder concentrar-se na festa da vitória. Reportagem de VEJA desta semana revela os detalhes de uma investigação da Polícia Federal sobre um esquema de corrupção que, envolvendo os irmãos Cid e Ciro Gomes, desviou 300 milhões de reais de prefeituras do Ceará entre 2003 e 2009.
A enorme teia de ilegalidades ─ descobertas casualmente pela PF em 2009, durante a investigação de fraudes cometidas pelo empresário Raimundo Morais Filho ─ foi batizada pelos próprios envolvidos de “Integração Cearense”, uma alusão ao Ministério da Integração Nacional, ocupado por Ciro de 2003 a 2006. A operação começava com o repasse de recursos do ministério a prefeituras cearenses.
 

Tiririca e a "Florentina Eleitoral Paulista"


Nas revistas: "Foi uma traição", diz Erenice
Fonte: Congresso em Foco

Istoé
"Meus filhos vão ter que viver todos à minha custa?"
Na quinta-feira 16, a equipe de ISTOÉ tinha encontro marcado com a ministra Erenice Guerra às oito horas da manhã, na residência oficial da Casa Civil. Mas, depois de uma rápida visita do ministro Franklin Martins, ela foi convocada às pressas pelo presidente Lula. Erenice pediu que a reportagem aguardasse até o meio-dia, pois iria ao Palácio do Planalto para entregar seu pedido de demissão. Assim que deixou o cargo, voltou à luxuosa casa na Península dos Ministros e ali deu uma entrevista exclusiva à ISTOÉ sobre seus últimos momentos no governo Lula.
ISTOÉ – O que mais pesou em sua decisão de pedir exoneração?
Erenice Guerra – Fundamentalmente, foi a campanha de desconstrução da minha imagem, sórdida e implacável, atingindo, sobretudo, a minha família. Esses valores colocados em questão são caros para mim. Sou uma pessoa de origem simples e a família é o núcleo central que estabiliza a gente. Nesse episódio, não escaparam filhos, filha, marido, irmãos. Quando eu percebi que não haveria limite nenhum, nem ético nem de profissionalismo, para essa campanha difamatória, entendi que era o momento de fazer uma opção.

ISTOÉ – A sra. chegou a se encontrar com um representante da EDRB do Brasil, que teria tentado obter empréstimo no BNDES com a ajuda de seu filho?
Erenice – Eu nunca recebi. Ele foi recebido na Casa Civil pelo meu assessor, o chefe de gabinete à época. Foi lá apenas para fazer a demonstração de um projeto de energia alternativa. É tudo o que eu sei sobre esse assunto. Mas efetivamente a Casa Civil está investigando a conduta do ex-servidor Vinícius Castro e a possibilidade de ele ter praticado algum tráfico de influência nesse caso.
ISTOÉ – Esse servidor poderia se passar por um funcionário capaz de influir nas suas decisões?
Erenice – É. Poderia dizer “trabalho na Casa Civil, posso conseguir isso e aquilo...” Isso não é desarrazoado não. E, exatamente por isso, a Casa Civil está, a partir de hoje, investigando esse caso com bastante rigor.
ISTOÉ – Significou uma traição à sra.? Afinal, Vinícius era um funcionário muito próximo, além de ser sócio de seu filho.
Erenice – Foi uma traição. Uma completa traição.

Leia a íntegra da entrevista aqui

O governo limpa a área
"Se eu sair, eu vou te pre­judicar? Então, eu saio. Não aguento mais”, anun­ciou a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, em conversa telefônica com a candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff. Horas depois, ainda na manhã da quinta-feira 16, Erenice entregava sua carta de exoneração ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Era o desfecho de um enredo repleto de contradições que vinha colocando um dos cargos mais importantes da República no centro de uma crise política. Alvo de uma enxurrada de denúncias, Erenice não resistiu.
A demissão da ministra foi uma solução combinada com Lula. O presidente vinha monitorando de perto o caso desde a primeira denúncia, em que o filho de Erenice, Israel Guerra, foi acusado de prestar consultoria para uma empresa, a Master Top Linhas Aéreas (MTA), vencedora de uma concorrência milionária nos Correios. Num encontro na noite do domingo 12 com Erenice no Palácio da Alvorada, Lula recomendou que as respostas da ministra tinham de ser “rápidas e esclarecedoras” e que ela teria oportunidade de se defender.

Sem sinal de diplomacia
A vida diplomática é afamada pelo luxo e pela ostentação. Mas todo este glamour pode servir também para escamotear comezinhos pecados. Exploração de mão de obra, por exemplo. Eis aí uma típica mesquinharia que parece não combinar com os princípios da diplomacia. No entanto, é exatamente isso que vem ocorrendo por aqui. Várias embaixadas e consulados instalados no país têm negado a seus funcionários brasileiros direitos trabalhistas básicos. Empregados de representações estrangeiras são submetidos a situações constrangedoras, que, não raro, deságuam no assédio moral, sexual e até mesmo em regimes que poderiam ser considerados análogos à escravidão. Os casos de processos trabalhistas contra embaixadas e consulados estrangeiros no Brasil acumulam-se na Justiça há anos. A estimativa é de que cerca de 1,5 mil deles estejam em tramitação nesse momento.
Reclamações trabalhistas como essas são cada vez mais comuns. O aperto fiscal de muitos países fez com que representações diplomáticas acabassem sendo obrigadas a reduzir gastos. Muitas estão aproveitando a imunidade diplomática a que têm direito para desrespeitar as complexas leis trabalhistas brasileiras. Para completar o quadro, o Itamaraty prefere não atuar de forma mais incisiva para evitar constrangimentos. A chancelaria brasileira apenas orienta as embaixadas a “observarem as leis trabalhistas do País e os trabalhadores a procurarem a Justiça”, informa a assessoria de imprensa do ministério. “Essas embaixadas querem se livrar do problema, não estão preocupadas em cumprir a lei”, diz o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Embaixadas, Consulados, Organismos Internacionais (Sindnações), Raimundo de Oliveira.

Palhaço em tempo integral
O palhaço da foto ao lado não tira a peruca de jeito nenhum. Candidato do Partido da República (PR) a deputado federal por São Paulo, o sujeito, que atende pelo apelido de Tiririca, recusou-se a atender a reportagem de ISTOÉ na condição de Francisco Everardo Oliveira Silva, seu nome de batismo. Alegou falta de tempo, mas a verdade é que, na reta final de campanha, não quer correr o risco de expor o seu verdadeiro eu. Segundo o Ibope, Tiririca deve amealhar um milhão de votos, o que vai transformá-lo num dos maiores fenômenos eleitorais da história do Brasil. Personagem criado pelo cearense Francisco, Tiririca fez certo sucesso em um programa humorístico da tevê e vendeu milhares de cópias de um CD graças à música burlesca “Florentina”. Por que resolveu ser candidato? “Minha mãe disse que era uma boa.”

A arte de não se eleger
A continuidade tem tu­do para ser a marca des­tas eleições, independentemente de partidos. Dos 20 governadores candidatos à reeleição, 15 apareceram nas pesquisas como líderes da disputa. A exceção mais gritante ao desejo do eleitor de manter o governante é o Rio Grande do Sul, onde a governadora Yeda Crusius (PSDB) convive com um índice de rejeição superior a 40%. Eleita em 2006, Yeda assumiu o Palácio Piratini pregando “um novo jeito de governar” após mais de uma década de alternância do poder entre o PT e o PMDB. Na prática, passou a maior parte do tempo defendendo-se da sucessão de denúncias que estremeceram seu governo.

Época
Na reta final, o fator Erenice
Na mesma semana em que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, teve a confirmação de que o caso das quebras ilegais de sigilo fiscal dentro da Receita não seria suficiente para levá-lo ao segundo turno, um novo escândalo atingiu a campanha de sua principal adversária, a candidata do PT e ex-ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Novamente, a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a vislumbrar uma chance de arrastar a disputa para além de 3 de outubro.
Dentro do governo e também dos partidos de oposição, tornou-se consenso que, se os episódios das quebras de sigilo eram complicados demais para a compreensão do eleitor, a acusação de tráfico de influência pode ser mais facilmente traduzida para a linguagem das campanhas de rádio e televisão. Além disso, as novas denúncias incluem supostas contribuições para o caixa da campanha de Dilma, enquanto o envolvimento de líderes e da candidata do PT nas ilegalidades praticadas na Receita não foi comprovado, contrariando as acusações de Serra. Na semana passada, a funcionária do Serpro Adeildda dos Santos afirmou à Polícia Federal que acessou indevidamente os dados fiscais de Eduardo Jorge Pereira e de outros tucanos na agência da Receita em Mauá, Grande São Paulo, mediante propina.

Ele reinventou a tradição
“A senhora vai esquecer a santa, mãe?” Essa foi a pergunta de Maria Aparecida Marques, filha de Tereza Santina do Carmo, quando viu a mãe de 67 anos se desgarrar de uma procissão religiosa para seguir o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que está em campanha pela reeleição. Distribuindo beijos e abraços, Campos guiou a primeira metade da procissão em homenagem a Frei Damião, no município de São Joaquim do Monte, interior do Estado. Ao passar por uma estrada, o governador saiu em direção a seu carro, o que gerou uma pequena confusão. Muitos não sabiam se deveriam seguir o político ou a procissão. Tereza ignorou a filha, driblou os seguranças e bateu no vidro do carro do governador. Campos abriu a porta e pegou sua mão. “Eu rezo todo dia por vocês”, disse Tereza, entre lágrimas e soluços. “Que Deus abençoe você e doutor Arraes.”

Quanto vale a natureza?
Não é nenhuma novidade que a natureza é a base da economia. Sempre foi – até porque não há vida fora da natureza. Mas a abundância de recursos era tamanha que eles podiam ser considerados inesgotáveis, e portanto gratuitos. Em alguns casos, essa premissa se revelou ilusória, como na civilização da Ilha de Páscoa, no Pacífico, que ruiu quando a madeira acabou. Há um temor similar para alguns recursos de nossa civilização, como o petróleo, os peixes e até a água potável.
O grande desafio é encontrar fórmulas para que quem explora os recursos naturais ajude a pagar a conta de sua manutenção, diz o economista americano Robert Costanza, da Universidade de Portland. É algo que alguns economistas visionários pregam há décadas. O professor americano Herman Daly é um dos pais dessa economia ecológica. Colocou o desenvolvimento sustentável em pauta nos anos 80 quando foi economista sênior do Banco Mundial. Hoje, como professor da Universidade de Maryland, diz acreditar que o crescimento da população demanda uma mudança na teoria econômica. Daly questiona o conceito do Produto Interno Bruto (PIB), que inclui apenas as riquezas materiais geradas. Acha que é necessário descontar desses ganhos os gastos com a poluição do ar, os resíduos, a destruição da floresta.

Carta Capital
Aécio deixará o PSDB
Não é por estar envolvido de corpo e alma na campanha para eleger seu substituto, Antonio Anastasia, ao governo de Minas Gerais, e muito menos por distração política, que Aécio Neves deixou de se manifestar sobre as recentes denúncias, encampadas por José Serra, para tentar desestabilizar Dilma Rousseff. É um silêncio significativo. Expressivo como um risco de giz. A metáfora, possível de ser imaginada, que separa o território de atuação da oposição mineira e da oposição paulista. Ambas adversárias do governo Lula. Só que a primeira é democrática e a segunda é golpista. As duas convivem, no PSDB, por um tempo longo demais, considerando as divergências políticas que emergiram mais claramente quando os paulistas cortaram as asas de Aécio pretendente à candidatura à Presidência pelo partido. Foi a gota d’água para um tucano disposto a voar. José Serra, ainda governador, bloqueou as prévias internas que Aécio propunha e forçou o mineiro a abrir espaço para mais uma candidatura paulista. Aos 68 anos, Serra não tem mais tempo para esperar, porque, conforme anunciou no palanque que a revista Veja lhe ofereceu, preparou-se a vida inteira para ser presidente. E, tudo indica, fracassou. Há duas semanas, em jantar no Rio de Janeiro, o ex-governador Aécio Neves empolgou-se ao falar da necessidade de reformas políticas no Brasil e, para sustentar os argumentos que desenvolvia junto a um grupo restrito de amigos, ele anunciou: “Eu vou sair do PSDB”, na casa de um empresário, em Copacabana, cercado de convidados importantes.

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Espanto e pavor. Em Marte

Estão na ribalta um candidato a Mussolini, ou a Hitler, ou a ambos, e uma assassina de criancinhas. Ou seja, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Palavras de Fernando Henrique Cardoso, Rodrigo Maia e Mônica Serra. Um alienígena que baixasse à Terra ficaria entre o espanto e o pavor. Quanto a nós, brasileiros, não é o caso de maiores preocupações. No caso de Lula, cujo estilo mussoliniano o príncipe dos sociólogos aponta, vale admitir que outra citação possível seria a de Luís XIV, personificava o poder todo. “O Estado sou eu”, dizia o monarca por direito divino. Pois segundo FHC, o presidente afirma, nas entrelinhas da sua atuação, “eu sou tudo e quero o poder total”. E isto “não pode”, proclama o ex, com aquela riqueza vocabular que o caracteriza.

Os jornalistas tucanos, por Marcos Coimbra
Quando, no futuro, for escrita a crônica das eleições de 2010, procurando entender o desfecho que hoje parece mais provável, um capítulo terá de ser dedicado ao papel que nelas tiveram os jornalistas tucanos. Foram muitas as causas que concorreram para provocar o resultado destas eleições. Algumas são internas aos partidos oposicionistas, suas lideranças, seu estilo de fazer política. É bem possível que se saíssem melhor se tivessem se renovado, mudado de comportamento. Se tivessem permitido que novos quadros assumissem o lugar dos antigos.

A próxima geração
Após um longo período sem renovação, a fornada de políticos que sairá das urnas em 2010 consolida a influência que a geração pós-1964 terá na vida brasileira. Na casa dos 50 anos ou menos, não viveram diretamente as agruras da ditadura. São, em geral, conciliadores e demonstram enorme capacidade de estabelecer apoios quase unânimes. Nos estados, estão desacostumados a enfrentar oposições tinhosas. São ao menos quatro, todos com inigualáveis chances de ser eleitos ou reeleitos no primeiro turno ou de emplacar afilhados em governados estaduais. Entre os reeleitos certos, Eduardo Campos, de Pernambuco, e Sérgio Cabral Filho, do Rio de Janeiro. Na lista dos padrinhos, Aécio Neves, que luta para entronizar Antonio Anastasia em Minas Gerais, e Paulo Hartung, que transferiu toda a sua popularidade a Renato Casagrande do PSB. Casagrande deve ser eleito governador do Espírito Santo no primeiro turno com quase 70% dos votos válidos.

Os filhos de Erenice
A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, resistiu por cinco dias às denúncias. Na quinta-feira 16, uma reportagem da Folha de S.Paulo a envolver seu filho Israel em mais um enredo de tráfico de influência representou o tiro de misericórdia. Após uma reunião no Palácio do Planalto, a ministra redigiu uma  nota, lida pelo porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, na  qual anuncia sua saída do governo, se declara vítima de uma “campanha de  desqualificação” e reclama de “toda sorte de afirmações, ilações e mentiras”. Ainda que a ministra demissionária, o governo, o PT e a campanha de Dilma Rousseff ressaltem o caráter eleitoral da avidez da mídia na cobertura do caso e rejeitem a tentativa de ligar as denúncias à candidatura petista à Presidência, a situação de Erenice Guerra ficou insustentável ante a profusão de indícios de que Israel e seu irmão Saulo conduziam sem pudor atividades de lobby e tráfico de influência – e usavam com desenvoltura o nome da mãe para tentar auferir lucros.
Veja
'Caraca! Que dinheiro é esse?'
Numa manhã de julho do ano passado, o jovem advogado Vinícius de Oliveira Castro chegou à Presidência da República para mais um dia de trabalho. Entrou em sua sala, onde despachava a poucos metros do gabinete da então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e de sua principal assessora, Erenice Guerra Vinícius se sentou, acomodou sua pasta preta em cima da mesa e abriu a gaveta.
O advogado tomou um susto: havia ali um envelope pardo. Dentro, 200 mil reais em dinheiro vivo – um “presentinho” da turma responsável pela usina de corrupção que operava no coração do governo Lula.
Vinícius, que flanava na Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, começara a dar expediente na Casa Civil semanas antes, apadrinhado por Erenice Guerra e o filho-lobista dela, Israel Guerra, de quem logo virou compadre.
Apavorado com o pacotaço de propina, o assessor neófito, coitado, resolveu interpelar um colega: “Caraca! Que dinheiro é esse? Isso aqui é meu mesmo?”. O colega tratou de tranquilizá-lo: “É a ‘PP’ do Tamiflu, é a sua cota. Chegou para todo mundo”.
PP, no caso, era um recado – falado em português, mas dito em cifrão. Trata-se da sigla para os pagamentos oficiais do governo. Consta de qualquer despacho público envolvendo contratos ou ordens bancárias. Adaptada ao linguajar da cleptocracia, significa propina. Tamiflu, por sua vez, é o nome do remédio usado para tratar pacientes com a gripe H1N1, conhecida popularmente como gripe suína.

A mais nova edição da revista ainda não está disponível na internet.

Homenagem a Luiz Gonzaga