| Nota do PSOL Ceará sobre a greve dos professores e professoras do Estado |
| Escrito por Administrator |
| Seg, 03 de Outubro de 2011 11:09 |
Todo Apoio ao Movimento dos Professores e Professoras! 60 dias de greve. Passeatas, manifestações, tentativas insistentes de negociação. Nada fez com que o governo recuasse ou se sensibilizasse. Cid é inimigo de primeira hora da idéia do Piso para os Professores/as. Insurgiu-se contra a lei, tentando, com outros governadores, impedir que a mesma fosse implantada. Continua agindo de maneira coerente com um governo que, em última instância, aposta no desmonte completo da educação pública. A lógica por trás do discurso do governo Cid é perversa. Para que filhos de trabalhadores sendo educados por mestres e doutores? Para que professores/as minimamente bem remunerados, com tempo para preparar aulas e se capacitar, com um plano de carreira que lhes incentive a continuar crescendo? A aposta de Cid, como de todos os governos das classes dominantes, é, no fundo, o da elitização do ensino e do conhecimento. O projeto burguês deste grande arco de aliança (PT, PSB, PMDB, PC do B e demais) é "escola pobre" para @s filh@s dos pobres. Não importa a estrutura física, a formação dos professores/as, as condições reais de trabalho de quem faz a educação pública. Como leal representante deste projeto, Cid Gomes (e seus asseclas) negam-se a criar um plano de cargos e carreira que valorize o trabalho e o papel social de professores/as do Ceará. Cid Gomes, com sua já conhecida arrogância e contando com a subserviência cúmplice de seus apoiadores/as na Assembléia Legislativa (do PSDB ao PT), tais como o seu Presidente, Dep. Roberto Cláudio, e seu líder de Governo, Dep. Antonio Carlos, aprova uma mensagem inconstitucional. A proposta de governo destruiu a carreira docente e contradiz inteiramente a lógica da Lei Nacional do Piso. Fizeram isto em caráter de urgência!!! Em menos de 12h, a mensagem foi discutida nas comissões temáticas e votada em plenário. É esta mesma Assembléia Legislativa que se nega a apreciar o escândalo dos banheiros (que envolve a Secretaria das Cidades, hoje capitaneada por Camilo Santana (PT)) e o esquema de tráfico de influência e enriquecimento ilícito nos empréstimos consignados para servidores, em que estaria envolvido o genro do Chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho. A Assembleia virou um lugar de encenação. Mero apêndice governamental. Foi nas suas dependências que os educadores/as foram humilhados sob cacetetes e gás de pimenta. A truculência da repressão policial sobre os professores/as não pode ficar impune. A sociedade, que sempre apoiou a justeza das reivindicações dos docentes, não ficará calada e não deixará passar em brancas nuvens as agressões brutais por eles sofridas. A violência deles aumenta a nossa indignação. Não nos intimidamos. Neste ano, a força das ruas derrubou ditadores, marchou sobre cidades. Do Chile à Grẽcia. Da Espanha aos Estados Unidos. Da Bolívia ao Brasil. O mundo levanta-se contra as opressões de todas as formas. Onde houver luta por justiça e liberdade, lá estaremos. O PSOL desde sempre materializa seu apoio irrestrito e incondicional à luta justa e heróica dos professores do Ceará. Estaremos lado a lado e fazendo a história. Neste momento, somos todos chilenos, gregos, espanhóis. Hoje somos todos professores e professoras! Lutar pela própria dignidade é a maior lição que podemos viver. PSOL Ceará Postagem indicada por:  Renato Roseno |
BC - Você tem uma trajetória política muito ligada ao movimento sindical. Como avalia a condução da greve dos professores e o confronto ocorrido na Assembleia Legislativa?
