quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Caldas Fest e a "baladeira sonora'

por: Hildegardis Ferreira(*)

Quero dizer da alegria de todos nós Karirienses em receber o Caldas Fest com a qualidade de seus concorrentes e convidados. Aproveito essa oportunidade para  levar a todos, que participarão do evento, a nossa preocupação com a o impacto ambiental dessa festa, pois já estima-se um grande número de visitantes e admiradores, vindos em caravanas de outros estados nordestinos, devido a qualidade musical, como também, pela facilitação de evento GRÁTIS, gerando uma volumosa plateia.

Recebemos a informação do Instituto Chico Mendes - ICMBio, que o Balneário do Caldas (local do evento) encontra-se com a Licença Ambiental vencida e que por isso foi multado no início desse ano, pelo desrespeitoso ato administrativo e ambiental.

Temos que exigir o estudo de impacto ambiental, pois precisamos evitar a provocação do voo noturno de nossas aves, nunca praticado, podendo gerar acidentes, como também a fuga dos nossos pássaros para outras áreas, assim como já aconteceu no Festival da Chapada no Crato(Ce), lembrando que estamos falando do habitat do Soldadinho do Araripe, nossa ave em extinção que pode ser vítima dessa "baladeira sonora"..

Apesar da alegria desse festival em vir contemplar a nescessidade, de todos nós Kaririense, em aplaudir uma boa música, a minha postura ambientalista flora mais forte do que os meus versos.

Conclamo a todos, que nos ajude a exigir do Balneário do Caldas a regularização da Licença Ambiental  e que a promotora do evento busque a orientação do ICMBio sobre o estudo e projeto do "impacto ambiental" do evento, pois acontecerá na área da APA - Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe sob a administração do ICMBio. 

É verdade que o local é maravilhoso e aconchegante, local que levamos sempre os nossos visitantes, mas diante de toda essa preocupação, poderíamos sugerir o Centro Histórico ou Parque da Cidade que são locais estruturados para receber nossos visitantes e evintando a "elitização" de um projeto com dinheiro público.

Queremos o Festival, desde que seja pedagógico,  ético e ecologicamente correto, até porque como já disse o Mestre Geraldo Vandré: "A vida não se resume em festivais".

(*) Poeta, Compositor, Ambientalista e defensor da permanência da Escola de Artes Violeta Arraes em Barbalha

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